ATENÇÃO: este é um TEXTÃO que expõe todo o meu lado super nerd. Leia se tiver coragem.
Vocês já podem imaginar que sou fascinado pela maneira como as pessoas contam histórias e os processos que levam a isso. A Liga da Justiça, o primeiro filme da esquipe da DC Comics, teve os bastidores da sua criação bastante conturbados.
Quando saiu o filme Batman v Superman, o diretor e roteirista Zac Snyder tinha uma visão muito clara sobre como os próximos filmes seriam, mas deu de cara com um problemão – ninguém gostou de Batman v Superman. Com isso, todos os planos para a Liga da Justiça precisaram ser revistos com todos os executivos da Warner Bros no seu cangote tentando garantir que o fiasco não iria se repetir.
Imagina ter que gravar um filme com um monte de gente dando pitaco. Foi isso que aconteceu. O dono da Warner exigiu que o longa não poderia passar de duas horas, os executivos disseram que faltou humor e leveza em Batman v Superman e que A Liga teria que ter isso e os fãs mandavam mensagens diários para o twitter do diretor.
(este é o Zack)
A primeira versão foi gravada e exibida para uma plateia teste (pessoas aleatórias chamadas para assistir antes de todo mundo e dizer se gostaram ou não) e a galera reprovou. Um péssimo sinal. Precisaram colocar a mão na massa novamente.
Para isso, chamaram Joss Whedon, um cara que realmente entende de super-heróis. Ele escreveu e dirigiu os dois Vingadores, prestou consultoria em vários filmes da Marvel e até já roteirizou os quadrinhos do X-men! A vantagem de Joss é saber construir diálogos interessantes e fazer você se importar com os personagens, pontos fracos do Snyder.
(e este é o Joss)
Inicialmente, Joss iria só reescrever algumas cenas, mas, depois de uma tragédia familiar na vida do Snyder, ele precisou dirigir a etapa final do projeto. Não dá para saber exatamente o quanto ele mexeu no filme (o produtor disse que foi cerca de 20%, mas parece bem mais do que isso), mas a assinatura dele está lá, é inegável.
O filme é bem legal, eu me diverti assistindo. Aparentemente, ele foi salvo de um desastre no último minuto, mas isso é até bonito, não é? Histórias podem ser salvas.
O único problema é justamente esse que você pode imaginar: o filme tem dois pais. E dois pais muito diferentes.
O longa parece se perder sobre o que ele precisa contar e estão cheio de momentos que não vão a lugar algum (repare no comissário Gordon). A abertura do filme, por exemplo, é linda. Mas o clima de melancolia combinava com a ideia inicial (a de que a morte do Super-Homem causou desesperança no mundo) e não com o que é mostrado logo em seguida, com todas as piadinhas do Flash e a Mulher-Maravilha sendo sensacional ao proteger a humanidade.
Por falar nela, não há nem o que discutir, Mulher-Maravilha é a personagem mais legal do filme, de longe. Em parte isso é culpa do carisma sem fim da Gal Gadot, em parte porque a Mulher-Maravilha sempre foi legal, mesmo.
O Flash, interpretado pelo Ezra Miller, também tem grandes momentos. Ele é tão legal que no seu esconderijo toca K-pop.
O ponto alto é o retorno do Super-Homem (não é spoiler). Foi o momento em que fiquei vidrado na tela atento ao que iria acontecer e ouso dizer que a explicação para a sua ressureição foi mais interessante do que a dos quadrinhos.
Liga da Justiça mostra que a DC ainda não encontrou a sua identidade e ainda tem muito a crescer para fazer jus aos super-heróis mais fortes do universo (Super-Homem daria um pau numa briga com o Hulk), mas vale a pena assistir, você vai gostar.
Agora, Batman fazendo piadinha não dá...
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CADERNO DO SALI
RandomUm blog dentro do Wattpad. Eu sou só um rapaz que gosta de escrever. Trabalho na revista Mundo Estranho, sou embaixador do Wattpad, escrevo livros e gostaria de conversar com você neste espaço. Você aceita?