UNREAL • justin bieber

-:- challenge -:-

- Eu quero te ajudar - falei tentando passar tranquilidade. Ela mordeu o lábio enquanto fazia uma cara de choro. - fica calma.

- Eu sou uma idiota - ela falou já chorando. Colocou as mãos no rosto enquanto eu percebia seus ombros mexerem. - Eu... - ela tentava falar mas sua boca apenas abria e fechava a todo momento e nada saia - Caramba - ela respirou fundo se livrando das lágrimas e fixando o olhar para o painel do carro - eu vivo no mundo de Alice só isso

- Ei, você não é idiota - a olhei confuso - o que exatamente aconteceu pra você ficar assim?

- Tem um membro da equipe chamado Dylan, um que é loiro, alto... - me lembrava vagamente do rosto desse cara. Assenti para que ela continuasse - a gente namorava.

- Agora faz sentido o fora que eu tomei hoje mais cedo - ri disso e seu semblante pareceu mais triste.

- Ele me traiu e eu descobri isso da pior forma. 

- Pegou no flagra? 

Ela desbloqueou o celular e levantou para mim.

- Fiquei tão bonito assim? - ri não entendendo o porque de ela ter essa minha foto salva no celular. Ela deu dois toques na tela e o zoom foi no casal que estava se beijando no fundo da foto. - é ele? 

- Sim. - disse triste - hoje de manhã nós conversamos e ele olhou nos meus olhos e disse que nunca se envolveu com ela - ela deu de ombros - perguntei pois já estava desconfiada - deu uma pausa - enfim... Depois ele me falou varias coisas fofas, e eu decidi confiar nele novamente pois achei que eu fosse a louca da historia, e no fim - ela bloqueou o celular com raiva - eu estava certa.

Cá estou olhando para a garota chorando ao meu lado e não tenho a mínima ideia do que fazer, pois a merda já esta feita, nada que eu faça vai fazer com que volte no tempo e o imbecil do namorado dela - ou melhor, ex - não cometa aquela bosta. Tirei meu cinto e abri meus braços, não tinha muita coisa a ser feita mas no momento é o melhor que posso oferecer, minha segurança.

Eduarda Point Of Views.

- Me dê um abraço - Justin estava com os braços abertos me olhando. Eu não pensei duas vezes e o abracei na hora. Coloquei meu rosto no vão do seu pescoço e pude sentir o cheiro gostoso que sempre quis ter o prazer de sentir. O apertei mais forte que eu devia, mas eu sonhava com isso, sonhava com o dia em que eu pudesse dar um abraço nele. Voltei a chorar. Mas agora eu chorava de felicidade. Felicidade pois eu estou aqui, eu estou no carro de Justin Bieber e ele está me consolando. Muitas noites eu estava no meu quarto ouvindo sua música e me torturando com vídeos dele e por fim começava a chorar de desilusão. Eu nunca vou conhecer ele. Essa era a frase mais repetida por mim. Eu nunca vou sentir o abraço dele. Ele nunca vai saber o meu nome. Ele não sabe que eu existo. E hoje eu estou aqui, por mais que triste, estou em seus braços e apesar de tudo estar desmoronando, ele com apenas esse gesto consegue juntar todos os cacos novamente. Eu o amo mais do que um ser humano consegue imaginar. Eu o amo incondicionalmente, infinitamente. Tenho vontade de dizer que eu amo ele pra caralho, e que "Eu te amo" é muito fraco para expressar o meu amor por ele, tenho vontade de pegar um megafone subir no topo da muralha da china, do empire state, do cristo redentor, da estatua da liberdade, do monte everest e da torre Eiffel e gritar em todos os idiomas existentes no mundo inteiro o quanto eu o amo. Para mim ainda não é suficiente. Minhas lágrimas molharam sua camiseta e ele parecia não se importar, eu despejei tudo o que eu estava guardando desde o primeiro dia que ele passou por aquela porta no dia da audição.

Aos poucos fui me acalmando, mas eu não queria sair do conforto que seus braços estavam dando, eu não queria que esse contato que eu tanto sonhei ter acabasse, eu preciso dele mais do que eu imaginei. Antes o Dylan era o mais perto da realidade que eu tinha, pois eu o olhava todo dia e lembrava que nós conseguimos, porque toda vez que eu via o Justin, tinha impressão de que eu poderia acordar a qualquer momento, e agora o meu sonho tornou realidade, e a minha realidade tornou meu pesadelo.