UNREAL • justin bieber

-:- challenge -:-

Estou cerca de 5 minutos paralisada olhando para a maldita foto. O que fazer agora? Meus olhos estão parecendo duas cachoeiras, eu tento controlar as lágrimas mas simplesmente não consigo. Não sei se estou chorando de tristeza por ter sido traída, ou de raiva por ter recusado o beijo do meu ídolo, do ser humano que eu amo desde meus 11 anos por causa de um embuste traidor! Respirei fundo, salvei a foto e bloqueei o celular. Caminhei até o banheiro e joguei água no rosto, ouvi um barulho vindo do quarto.

- Ian disse que vai levar a gente lá - reconheci a voz de Karin. Respirei fundo para não ir lá e arrebentar a cara dela, mas ela não é digna de eu perder meu emprego por sua causa.

- Eu acho ele uma graça - Bey respondia.

Fui tranquilamente para o quarto e já dei de cara com as duas, minha vontade é de gritar com elas, uma por ser uma traidora falsa e a outra por acobertar.

- Está tudo bem Duda? - a vaca dizia com uma falsa preocupação, não acredito em nada que essa menina fale pra mim agora.

- Está sim - sorri sem mostrar os dentes - vou dar uma volta.

- Não quer ir com a gente? - ela rebateu

- Não. Obrigada pelo convite. - virei as costas, saindo de lá plena.
Cheguei no corredor e comecei a desabar novamente. Aconteceu de novo. O que eu tenho de errado? Por que merda sempre fazem isso comigo? Suspirei. Eu só preciso sair daqui. Andei até o elevador, desci até o térreo e fui para a rua. Virei a esquina do hotel e comecei a andar sem rumo algum, eu preciso esfriar a cabeça.

Justin Bieber Point Of Views

Quatro dias para ficar tranquilo. Levantei da cama do meu quarto na imensa cobertura em que estou hospedado. 18h30. Vou procurar algum restaurante por aí, algo mais sofisticado que o restaurante do hotel que estou. Peguei as chaves do carro que aluguei e sai já colocando celular e cartão no bolso.
Desci para a garagem e já sentia olhares em mim, nada novo por aqui. Abaixei meus óculos escuros e fui até "meu" carro. Arrumei o retrovisor de uma forma confortável para mim, e regulei o banco. Dei uma olhada em meu cabelo e liguei o carro, saindo agora do hotel.
Conectei meu celular no bluetooth do rádio e coloquei umas musicas antigas de R&B. Fui no sentido do centro da cidade, enquanto cantarolava. Comecei a olhar os estabelecimentos enquanto diminuía a velocidade. Olhei uma garota de costas olhando para todos os lados como se estivesse perdida. Passei lentamente do lado dela e me surpreendi ao ver que era Eduarda. Caralho parece que essa garota me segue. Dei duas buzinadas e ela olhou para o carro. Ela tá chorando? Continuei andando do seu lado e abaixei os vidros. Assim que olhou para mim ela secou rapidamente seu rosto e mudou a postura na hora. Ela acha que vou fazer o que? Brigar com ela por estar chorando?

- Entra aí - destravei o carro

- Eu já estou voltando pro hotel - se defendeu firmando a voz.

- Eu te levo lá - insisti - você não vai ficar andando por aí nesse estado - dei uma medida nela o que a fez respirar fundo e entrar no carro.

- Obrigada - ela falava enquanto colocava o cinto - me desculpa.

- Tá pedindo desculpa por estar chorando? - ri e a olhei de relance e pude ver um sorriso fraco nascer no seu rosto. - O que aconteceu?

- Nada demais - a voz dela falhou.

Entrei em uma rua pouco movimentada e encostei o carro o desligando. Fiquei de lado agora a encarando. Eu em todas as minhas turnês sempre tive relacionamento amigável com todos que faziam aquilo acontecer, eu de fato me preocupo com todos eles. Pelo momento a Eduarda é a que eu consegui maior contato, com o decorrer na tour eu vou pegar mais intimidade com o restante, como sempre acontece.