Park Chanyeol, um homem que espanejava todo o seu charme, sedução e luxúria. Era rico , bonito, bem sucedido. Ele era egoísta, apenas se importava com sigo mesmo e seus desejos, ele era frio.
Do Kyungsoo, um rapaz que se importava com as coisas simp...
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P.O.V - Chanyeol
Mais uma manhã em casa, acordado pelo despertador que marcava exatas 6AM, batidas todos os dias na porta. Eu tinha tantos compromissos e não tinha ido resolver nenhum deles, inventei que estava doente pra não ter que sair de casa e sobre as batidas na porta.. era Baekhyun.
Eu não queria vê-lo, meus pensamentos não paravam de focar em Kyungsoo e no quanto eu queria estar com o baixinho de novo. Mas para isso eu teria que conversar com Baekhyun e esclarecer as coisas para ele também, eu não era mais aquele homem vazio que só menosprezava as pessoas, Kyungsoo me fez enxergar com o seu jeitinho simples de ser que a vida não é ter uma mansão, não é ter dinheiro.. não que isso não fosse importante.. mas o principal da vida é ser feliz, não adianta ser podre de rico mas não ser feliz e eu não enxergava isso até o momento.
Suspirei levantando da cama indo ao banheiro fazer minha higiene matinal.
Decidi que ia para a empresa hoje, estava decidido que ia conversar com Kyungsoo, ele estava me evitando esse tempo todo e eu sentia falta do seu cheiro de girassol.. era uma das coisas que eu mais amava no pequeno.
Me olhei no espelho vendo meu novo cabelo, ele não era mais dourado, estava castanho com cachinhos. Sorri ao ver que eu parecia mais jovem ainda, esse meu amor próprio era algo que nunca ia morrer.
***
Assim que adentrei a empresa, recebi alguns olhares curiosos.
- Bom dia a todos.. espero que tenham um bom trabalho, fighting!. ~ disse sorrindo enquanto passava por eles, ri baixo com alguns olhares surpresos.
Eu nunca fiz isso, geralmente eu ignorava todos ali como se nenhum deles existissem. Mas agora eu era um novo homem, uma pessoa melhor
Quando virei o corredor, vi um baixinho de costas mexendo na cafeteira, ele colocava café em um copo de plástico. Impossível não reconhecer aquela silhueta, aqueles lindos cabelos negros. Uma paz grande veio tomando conta de mim apenas em vê-lo de longe, era essa sensação que ele me trazia sempre e não tinha nada melhor.
Estava com receio em me aproximar mas eu precisava falar com ele, precisava tirar todo aquele peso das minhas costas. Então criei coragem e caminhei até o pequeno, parando atrás dele.
- Bom dia.. ~ assim que eu disse ele deu um pulo que o café pulou do copo indo tudo em seu terno e no chão.
O menor se virou me olhando com aqueles olhos tão lindos arregalados de um jeito tão fofo que só ele tinha.
- Me desculpe, Kyungsoo.. eu não queria assusta-lo.. ~ tirei um lenço de dentro do terno e entreguei ao mesmo que pegou sem dizer uma palavra sequer, eu não estava gostando, eu queria ouvir sua voz.
Kyungsoo terminou de se limpar e me entregou o lenço, fez uma reverência e já ia saindo quando eu segurei em seu braço discretamente.
- Precisamos conversar.. ~ olhava nos olhos dele.
- É verdade.. precisamos.. ~ finalmente pude ouvir sua voz, mas estava tão fria que quase me arrependi de querer ouvi-la.
Nós caminhamos até o meu escritório, Yoora olhou para nós meio sem reação por eu ter aparecido sem avisar mas entendeu o que estava acontecendo então apenas se levantou de minha poltrona e se retirou da sala.
- Então, Park.. eu vou direto ao ponto, estou pedindo demissão.. ~ Kyungsoo começou falando e eu não acreditei no que ouvira.
- Como assim? ~ estava em choque.
- Eu disse que quero demissão, sei que o contrato acaba daqui 3 anos mas eu não quero saber.. só quero pegar minhas coisas e ir embora..
- Espera, Kyungsoo.. nós precisamos conversar direito, eu voltei porque quero acertar as coisas.. quero explicar.. eu não sou mais aquele Chanyeol e...
- Não me interessa qual Chanyeol você é agora.. o que você fez foi horrível, você deve explicações ao Baekhyun..
- Eu não quero o Baekhyun.. Eu amo você, Kyungsoo.. Só você.. ~ meus olhos mostravam minhas mais sinceras palavras e sentimentos.
Kyungsoo ficou em silêncio me olhando nos olhos, ele parecia não acreditar em mim, o que fazia meu coração se partir.
- Olha, Park, eu não acredito em mais nada do que sai da sua boca, você é nojento.. um ser humano podre.. você só se importa com seu luxo, seus desejos.. eu tenho nojo de você e não quero nunca mais ter que olhar na sua cara.. pois me da ânsia.. ~ enquanto ele falava as lágrimas caíam dos meus olhos e eu não me importava, não estava mais aguentando segurar, era uma dor tão grande e intensa que me fazia falta de ar.~ enfim, diga a Yoora pra mandar os papéis do contrato.. estou esperando na sala de espera.. Adeus, Park.
Ele se virou saindo, me largando como se minhas lágrimas não fossem nada, como se tudo o que eu estivesse tentando dizer não faria diferença. Joguei tudo o que estava na mesa ao chão, gritando. Apertei os cabelos com força de olhos fechados enquanto mais lágrimas caiam.. eu me sentia no abismo, esse sentimento nunca tinha me tomado antes.
Eu odiava o fato de Kyungsoo entrar em meu coração sem pedir licença e agora me tratar como se eu fosse lixo, talvez agora eu estava entendendo o Baekhyun, como eu o tratava.
Suspirei limpando o rosto e caminhei até a mesa pegando os papéis do contrato na gaveta, talvez seja melhor assim mesmo. Saí da sala e fui até a de espera encontrando o pequeno moreno, sentado com as pernas cruzadas.
- Aqui está.. rasgue.. ~ disse entregando os papéis.
- É só isso?.. rasgar? ~ me olhava.
- Sim.. depois pegue suas coisas e vá embora..
Foi a última coisa que disse antes de sair de sua presença.
***
Era 21:40 quando havia saído da empresa e estacionei o carro de frente a um bar, nada melhor do que encher a cara depois de levar um pé na bunda, tomei tantas que não sabia nem quem eu era. Chorei, cantei umas músicas tristes, eu estava um caco.
Levantei do banco cambaleando.
- Ei, você não pode dirigir, está muito bêbado.. ~ o barman disse e eu sequer dei ouvidos, não estava nem aí pra nada.
Simplesmente saí do bar e entrei no carro, sem colocar o cinto e com muito custo de tentar colocar a chave no lugar certo por estar tão grogue.
Suspirei pesado jogando o terno no banco ao lado, e abrindo um pouco os botões da camisa branca. Tentei mais uma vez encaixar a chave até que finalmente deu. Liguei o carro saindo cantando pneu e comecei a dirigir aumentando cada vez mais a velocidade, estava em 70Km/h e cada vez mais aumentando.
Eu ainda chorava pensando em Kyungsoo, eu não estava sabendo o que fazer, como reagir, só queria que tudo acabasse. Então de repente uma luz veio na frente do carro e eu apenas senti meu corpo ser lançado para fora e bater com força ao chão, minha cabeça bateu com tanta força que eu simplesmente não vi mais nada, apenas escuridão.
