O Lore da série O Conjurador

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Esse artigo foi publicado originalmente em alifeboundbybooks.blogspot.co.uk, eu recomendo fortemente que você dê uma conferida.

Quando o A Life Bound by Books me ofereceu gentilmente a oportunidade de escrever um artigo de blogue sobre o "lore" - conhecimento, histórico - do meu livro, eu fiquei muito feliz. Muitos dos escritores de fantasia têm um conhecimento enciclopédico sobre seus mundos, mas nunca o escrevem tudo de uma vez só. Então aqui está o lore da Série Conjurador.

O Império Hominum e sua História

Dois mil anos antes dos eventos d'O Aprendiz, anões habitavam as terras que se tornaram o Império Hominum. Aos norte, clãs élficos viviam nas florestas, enquanto tribos orcs viviam ao sul.

Um orc albino nasceu; um líder simbólico cuja chegada foi profetizada. Ele comandou sua tribo numa guerra sangrenta e brutal contra o norte, ameaçando os elfos enquanto os anões buscaram refúgio debaixo da terra. Ao mesmo tempo, um grande êxodo de humanos cruzou o Deserto Akhad para o leste e se estabeleceu nas terras dos anões.

Os elfos estavam perdendo a guerra e preferindo se esconder nas árvores em vez de lutar. Para salvar a si mesmos, eles contrataram os recém-chegados humanos como mercenários. Depois de muitos anos de luta, o orc albino foi morto e seus guerreiros expulsos das florestas. Em agradecimento, os elfos ensinaram aos humanos a arte da conjuração. O primeiro rei humano fundou a Academia Volcan, uma escola militar que treina humanos conjuradores como magos de batalha.

Mil anos depois, o Império Hominum estava completamente formado, depois de expurgar a população anã. O rei humano e sua nobreza, auxiliados pela sua exclusiva habilidade de conjurar demônios, tomaram controle e subjugaram os anões, resultando em várias rebeliões.

Uma grande animosidade começou entre as duas raças. Anões foram forçados a viver em guetos e sua população foi estritamente controlada. Eles também foram alvos de discriminação brutal e constante da milícia.

Os elfos perderam sua habilidade de invocar demônios devido à proliferação dos duelos e novas leis de prevenção desta prática. Ao mesmo tempo, o Império Hominum estava em constante atrito com os orcs, sofrendo saques e até mesmo uma nova guerra alguns séculos atrás, a qual os humanos venceram.

Avançando para os vinte anos antes do Conjurador: O Aprendiz. A nobreza humana, os únicos capazes de conjurar demônios além de alguns orcs xamãs, descobriu que alguns poucos plebeus também tinham o dom. Alguns são filhos ilegítimos de nobres, enquanto outros manifestam a habilidade independentemente. Pela primeira vez, plebeus são autorizados a ingressar na Academia Volcan.

Dias presentes. Uma terceira guerra contra os orcs ocorre há oito anos, liderada por um novo orc albino. Xamãs orcs uniram forças, enquanto várias tribos orcs se uniram sob um único estandarte. Os humanos começaram a perder a guerra.

Enquanto isso, os elfos também declararam guerra contra o Império Hominum, se recusando a pagar as pesadas taxas impostas. Entretanto, benefícios e acordos de paz já estão em andamento. Uma princesa élfica foi enviada para a Academia Volcan em sinal de boa vontade. Ela se tornou a primeira conjuradora élfica em séculos.

Os anões desenvolveram uma nova arma, o mosquete, mas guardam o segredo do processo de criação zelosamente. Em troca de armar o exército Hominum, o rei apoiou seus apelos por direitos iguais e paz entre seus povos. Apesar disso, o ódio ainda espreita e ameaças de uma nova rebelião perduram. Um jovem anão também foi enviado para o Volcan para ser treinado como um líder dos anões recrutas, que também se juntarão aos esforços de guerra.

Fletcher Wulf nasce nesse contexto, vivendo uma vida isolada no vilarejo de Pelt, próximo às fronteiras élficas. Mas quando ele encontra um pergaminho de conjuração e acidentalmente conjura um demônio, sua vida muda irrevogavelmente. A Academia Volcan o aguarda.

O Sistema de Magia

O sistema de magia d'O Aprendiz foi inspirado em videogames, com regras, nível de poder e limitações.

Apesar de amar magos, bruxos, feiticeiros e afins, eu acho realmente frustrante quando um efeito mágico age como Deus Ex Machina para resolver problemas então insolúveis. Recorrentemente, isso se torna um tipo de "uma chave milagrosa de saída da jaula". Eu prefiro que a minha magia tenha regras, assim esse tipo de coisa não acontece.

No mundo do Conjurador, o poder de conjuração é passado de geração em geração pelo sangue. O primogênito sempre herda o dom, enquanto os caçulas têm chances muito menores.

Todo conjurador deve primeiro conjurar um demônio lendo em voz alta um pergaminho de invocação, geralmente cedido por um parente ou patrocinador. Uma vez conjurado, o demônio age como um familiar e compartilha uma conexão mental e emocional com a sua contraparte humana. Sem um demônio, um conjurador seria quase indistinguível de uma pessoa normal, apesar de alguns demonstrarem uma habilidade precoce de produzir faíscas e chamas. A fonte do seu verdadeiro poder é canalizar mana através do seu demônio.

Demônios podem se fundir com seus conjuradores quando ele não é necessário, permitindo-lhes recuperar sua mana e descansar. Nesse estado, o demônio pode enxergar através dos olhos do conjurador. Para ser conjurado ou fundido, o demônio deve estar sobre um pentagrama, que deve ser inscrito ou feito de material orgânico.

Espécies de demônios existem em todos os formatos e tamanhos, desde pequenos besouros demoníacos conhecidos como mites, até outros maiores, como grifos e wendigos. O demônio também terá uma quantidade fixa de mana e nível, dependendo da sua espécie. Conjuradores também têm níveis, que aprimoram conforme o tempo e prática. Quanto mais poderoso o conjurador, maior o nível do demônio que ele consegue conjurar. Por exemplo, um conjurador de 10º nível pode conjurar dez mites - nível um - ou um minotauro - nível dez.

Demônios são capturados de um mundo em formato de disco chamado Éter. Nos limites desse mundo, existe um abismo, onde criaturas distorcidas e tentaculosas chamadas Ceteans vivem. O interior do disco é formado por um deserto parecido com Marte nas bordas e selvas, mares, montanhas e vulcões mais próximos ao centro, onde a maioria dos demônios pode ser encontrada.

O Éter é acessado por um pentagrama bloqueado, diferente do pentagrama de conjuração por ter símbolos em cada ponta, que funcionam como coordenadas para localidades aproximadas no Éter. O portal precisa ser alimentado por mana constantemente para se manter aberto. Conjuradores não podem entrar no Éter sem um traje especial, parecido com o traje de mergulho antigo, pois o ar é venenoso. Eles geralmente usam seus demônios para caçar outros no Éter, drenando-os pelo portal para o conjurador poder infundi-los. Conjuradores podem usar cristais clarividentes para ver e ouvir através dos seus demônios enquanto eles estão no Éter, como uma pequena tela de monitor.

Finalmente, existem magias. Para lançar uma magia, o conjurador precisa desenhar um símbolo no ar com um dedo luminoso, deixando um glifo azul que, quando definido, forma o símbolo como se estivesse fixado a uma tela invisível. Apenas quando a mana é canalizada nesse glifo, que ele se torna uma magia.

As cinco principais magias de batalha são fogo, relâmpago, telecinesia, escudo e cura, apesar de existirem muitas outras. Se mana for canalizada através do dedo sem um glifo, ela produz um globo brilhante e insubstancial que se dissolve ao impacto, mas serve como fonte de luz.

Eu acho que é isso, sem ir longe demais nos detalhes! Se isso se parece com um mundo que você gostaria de explorar, sinta-se à vontade para ler Conjurador: O Aprendiz!

Translated by Bernardo Stamato. 

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