Quando O Ódio já não é o bastante

48

Chego em casa e vou direto pro meu quarto arrumar minhas coisas.

_Maria_ grito a sua procura, logo ela surge na porta do meu quarto

_oi senhor_

_como você já sabe o Gabriel foi pra casa da Letícia, ele vai ficar lá ate eu voltar_ fecho minha mala _ preciso que você cuide da casa como sempre, você vai deixar tudo pronto e depois vai embora só isso, pode ser?_ levo minha mala ao chão

_claro senhor Henrique_ ela sorri _ como você cresceu_ ela fala e chega mais perto

Maria trabalhou na casa de Sophia quase a vida toda, depois que sophia casou comigo, ela continuou cuidado da casa que sophia morou, e quando sophia sumiu tive que trazer ela pra cá, eu confio muito nela, só não quero deixar o Gabriel com uma babá durante uma semana, ela me conhece desde de criança

Sorrio e chego mais perto segurando a sua mão _ e você continua Linda como sempre_ a abraço _ obrigado por cuidar da sophia e agora por cuidar de mim e do Gabriel_

_De nada meu anjo_ ela da dois tapas de leve em minhas costas

_agora tenho que ir _ saio do seu abraço e pego minha mala_ ate mais _ saio do quarto puxando a mala de carrinho, espero ter que voltar o mais rápido possível.

Saio de casa e pego o elevador, meu pensamento vai o tempo todo em meus filhos e em Sophia, aquela angústia no meu peito que não passava, saio do elevador e ando ate meu carro, entro coloco o cinto e dou partida indo direto pro aeroporto.

(...)

Finalmente descendo nós EUA, eu estava cansando queria deitar em uma cama, e dormir, entro no carro que já tava a minha espera e que me levaria direto pro Hotel , Quando chegasse lá iria fazer uma vídeo chamada com Letícia, já estava com saudades do meu Filho e de todo mundo, ate do meu amigo chato.

Chego no Hotel, vejo o carro estacionar, saio do carro e ando ate a recepção, já estava tudo pronto, só falta pegar as chaves do meu quarto

_oi bom dia_ sorrio pra menina morena de cabelo curto e olhos verdes a minha frente_ eu sou o Senhor Henrique SaCler, fiz uma reserva nesse Hotel_ pego minha carteira pra tirar meus documentos

_sim senhor Henrique_ ela pega a chave do quarto e me entrega, ela pisca pra mim e eu apenas sorrio

_não sabia que falava português_ pego a chave e giro no dedo _ e tão bem_

_eu sou brasileira_ ela passa a mão no seu cabelo o colocando atrás da orelha _ e um prazer te conhecer pessoalmente_

_você me conhece?_ ergo uma sobrancelha

_quem não? Um dos maiores empresários do país, por isso nem precisei dos seus documentos, me lembro muito bem desse rosto, já vi e vejo muito ainda em revistas_ ela se encosta no balcão, pude ver o seu enorme decote

_ah sim_ paro de girar a chave_ eu já vou indo, pode mandar levar minha mala por favor?_

_claro_ ela sorri e morde seu lábio _ até mais_

_até_ saio dali indo na direção do elevador.

Era impressão minha ou aquela garota estava me flertado? Bom não nego que ela é Linda, cabelo curto cacheado, pele morena clara, olhos verdes, tem um enorme peito, não pude ver muito seu corpo, mais percebi que era gordinha, não aquelas gordinhas com o barrigão, e sim aquelas gordinhas com barriga pra dentro, bundão e coxão.

Saio do elevador já de frente pro meu quarto, ou melhor dizendo minha suíte, quando abro a porta me supreendo, eu pedi um quarto grande mais não tão grande assim, e nem com tanto luxo, vejo minhas malas chegarem, agradeço ao homem e pego minha mala fechando a porta, ando ate a cama e me jogo nela, estava cansando da viagem, tiro meus sapatos e me acomodo na cama, iria tirar um cochilo depois ligaria para Letícia.

Sinto uma mão em meu ombro, me viro dando de cara com Felipe, o sorriso dele era de um Psicopata e confesso que por um instante fiquei com medo, mais a raiva que eu tenho dele era tão grande, a culpa da sophia estar assim era dele somente dele, sinto algo mais abaixo, nas minhas costas, percebi pelo seu jeito que era uma arma.

_Quer me matar? Me mata logo_ falo tentado me virar para olha-lo

_prefiro que você veja a morte da sua familia primeiro, depois eu te mato_ ele sorri, aquele sorriso que arrepiaria qualquer um

A raiva me consome e então me viro numa tentativa falha, ouço um barulho e logo sinto uma dor tremenda  e insuportável tomar conta de mim.

Acordo com a respiração um pouco falha, meu peito subia e descia, passo a mão no Rosto e sinto o suor descer por minha face, levanto da cama e ando ate a varanda, precisava de um ar, saio pro lado de fora e vejo o sol se pôr, ainda era tarde.

Saio da varanda e ando ate o banheiro, entro no box e tomo um banho, deixando a água lavar todo meu corpo e minha alma, dizem que a água e purificante, bom eu acredito nisso.

Saio do banheiro e ando ate minha mala a procura de uma roupa, visto uma calça jeans e uma camisa social preta, calço um tênis e arrumo meu cabelo, pego minha carteira é saio do quarto.