the end

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Se você a ama, mate-a
  Se você a quer, sinta-a
  Se você a quer, deixe-a

Perrie apenas escutou essas vozes e matou quem amava, era isso que as pessoas faziam, não era? Não era com o amor que as pessoas se matavam, se deleitavam em falso prazer? Não era o amor, o falso sentimento que as pessoas usavam como desculpa para sua morte interior? Sua mudança de caráter? Não era pelo amor, que todos em sua volta viviam morrendo?

Perrie fez o certo. Perrie é uma boa garota.

Vamos retomar alguns pontos, dessa confusa história de amor, talvez, uma história perturbada, assim vocês a definiriam?

Perrie Louise Edwards, 17 anos, esquizofrênica.

Jade Amelia Thirlwall, 18 anos, bipolar.

Leigh-Anne Pinnock, 19 anos, dupla personalidade.

Jessica Louise Nelson, 21 anos, uma jornalista em busca de fama.

Cartas colocadas na mesa, podemos continuar? Claro que podemos.

O que as três primeiras tem em comum? Um problema mental com tratamento.

E o que uma estudante de jornalismo tem haver com tudo isso? Talvez ela esteja a procura de uma boa nota.

Perrie era apaixonada por Jade, por conta delas estarem um manicômio, um namoro ali seria um pouco impossível.

Jade delirava por conta dos diversos remédios aplicados em sua veia, assim como Perrie e Leigh-Anne. Elas criaram mundos em suas cabeças, as fazendo acreditar estarem fora daquele lugar, que prometia uma cura, mas na verdade a única cura que os pacientes encontravam era entrar de uma vez em um caixão.

Jessica, fazia faculdade a um tempo, boas notas, aluna exemplar. Ela precisava arrumar um emprego, ela foi procurar no maior jornal, eram poucas vagas para vários jornalistas presentes, e assim, foi lançado um desafio. Quem conseguisse a melhor matéria conseguiria o cargo. Nelson não pensou duas vezes, ela não deixaria a oportunidade de poder ser conhecida mundialmente de lado.

E assim ela teve a brilhante ideia de ir fazer uma matéria sobre um dos maiores manicômios da cidade. Perrie foi a primeira vítima de Nelson, muito inocente, contava absolutamente tudo que se passava naquela cabecinha confusa.

Jade foi a segunda, um pouco mais complicada, extremamente fechada, não contava quase nada, mas não impedia Jessica de agir.

Leigh, dupla personalidade, quando uma não falava ela acabava se entregando sem querer pela outra.

A maldita jornalista, assim Nelson era chamada, após a morte das três fou amoureux, assim haviam as batizado.

Jessica passou dias, semanas, meses dentro daquele lugar tentando entender como, quando e por quê elas eram daquele jeito. As doenças e transtornos tinham tratamento, porque afinal as famílias as mandaram para cá?

Quando estava prestes a terminar seu trabalho, Jessica começou a pirar junto de todos ali. Ela havia adquirido medo de sair daquele lugar, ela não conseguia falar, comer, dormir. Eram noites em claro escutando sussurros, vozes, aparições, ela só queria ir embora.

Por ser rica, Jessica realmente conseguiu tratamento descente, assim que se curou pegou todos seus documentos e pesquisas, saindo daquele inferno o mais rápido possível. Ela não conseguiu o cargo por simplesmente não ter entregado a matéria, ela guardou tudo para poder escrever um livro.

Mas é claro que nesse livro ela contará que a culpada de grande maioria das mortes no lugar foi culpa dela, também não vai contar sobre o possível caso com uma das pacientes. Talvez ela minta, omita, aumente fatos, talvez ela não conte nada. Talvez ela apenas esteja escrevendo tudo isso para confundir a mente de cada um. Talvez ela seja todo o demônio da história.

Será que vocês estão preparados psicologicamente para entender tudo o que aconteceu?

Ah e antes que eu me esqueça, não esqueçam de olhar embaixo da cama.” – Jessica riu baixo terminando de digitar seu livro, a mesma afundou seu corpo na cadeira e suspirou fechando seu MacBook. Passou as mãos em seu cabelo e mordeu os lábios, se olhando no espelho, vendo seus olhos ficarem levemente vermelhos.

demônio [♡] jerrieWhere stories live. Discover now