- Diga-lhe que já vou.

- Sim, milady.

A cada noite que o rei a chamava, Catherine sabia que seu lugar no palácio seria mantido independente dos olhares tortos da rainha e outras damas que cultivam inveja e ódio pela principal cortesã do rei. Ser chamada de vadiazinha órfã não a ofendida. Percebera o parar do tempo que quanto mais raiva as mulheres da corte pareciam sentir por ela, mais seguro estava seu lugar ao lado do rei. De uma coisa ela tinha certeza, não voltaria para um lugar como o convento.

Catherine pensou em chamar pelas criadas, porém pensou que até que chegassem, já teria se despido e colocado a camisola sozinha. Uma das vantagens de ter vivido boa parte de sua vida como plebeia era que Catherine não precisava que fizessem as coisas para ela durante todo o tempo.

Fechou a porta. Desfez-se da capa jogando-a sobre o divã e pegou uma camisola limpa em um dos baús. Vestiu-a e amarrou as fitas até que seus seios fossem cobertos.

Caminhou até a penteadeira e olhou-a no espelho em formato oval. Os cabelos negros e ondulados, emolduravam seu rosto de pele morena clara que ganhava um tom ainda mais amarelado devido as velas que iluminavam o quarto; os olhos eram de um verde profundo como o mais sombrio dos pântanos e os lábios eram vermelhos como uma maçã suculenta.

Amarrou o penhoar, cobrindo a camisola fina. Saiu para o corredor e sentiu na pele o vento que uivava no corredor longo. Quase voltou para o quarto e pegou a capa, por ter medo de congelar pelo caminho, no entanto, sabia que em breve estaria em braços quentes. Abraçou-se e apertou o passo para se proteger do frio.

Dobrou o corredor e logo estava diante das portas do aposento do rei. Os guardas a comprometeram com um aceno de cabeça e deram um passo para o lado para que a dama pudesse entrar no quarto.

Frederik estava de pé olhando para as chamas que dançavam sobre as toras de madeira. A lareira era a única fonte de luz em todo o cômodo, deixando-o entregue a penumbra. O rei vestia apenas o calção de suas roupas íntimas, feito de um tecido levemente amarelado, uma peça que seria removida com facilidade no momento extrato. Ele colocou a taça de prata sobre a mesa e se virou ao ouvir o som da porta sendo aberta.

- Catherine!

Ela viu o sorriso nos lábios do homem que a encarava. O jovem rei tinha pouco menos de trinta anos, cabelos negros e curtos, olhos azuis e os lábios finos estavam cobertos por um cavanhaque.

- Vossa graça. – Ela se curvou brevemente.

- Aproxime-se.

Ela ouviu a porta sendo fechada atrás de si.

Catherine deu alguns passos confiantes para à frente. Seus pés descalços tocaram o fofo tapete de pele de urso.

Frederik a puxou pela cintura e a trouxe até seu peito nu. Catherine estremeceu com o calor da pele, que subjugou o frio que sentia.

- Minha bela lady Catherine. – Frederik a mordeu na base do pescoço.

- Imaginei que não me chamaria essa noite, majestade.

- Em uma noite tão fria. Eu seria um tolo se não a tivesse aquecendo meus lençóis.

- E suas outras amantes?

- Elas podem passar uma noite ao frio. Agora, cale-se. Seus beijos costumam ser mais amáveis do que suas palavras.

Frederik apertou com mais força a cintura fina e a empurrou contra a parede ao lado da lareira. A superfície estava quente assim como o peito do rei e Catherine parou de sentir frio. Sentiu as mãos firmes item de sua cintura até os seios que foram apertados com força. Ela já não se surpreendia mais com os toques nada delicados do rei. Ele não era nem um pouco comedido perante a ela.

A cortesã do rei ( Degustação)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora