Capítulo 2 - Aprendiz (Parte 3)

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Assim que os quatro se enfileiraram na frente dos aprendizes, uma forte pressão começou a ser sentida por todos eles. A maioria estava sem compreender o que acontecia e encontravam-se assustados.

– Kayan, o que é isso? Essa pressão está até me dando falta de ar! – perguntou-lhe Sarah, agoniada.

– É a aura deles. Ela é muito forte.

Um instante depois toda a pressão sumiu e um murmurinho geral começou a ser ouvido pelo salão, mas ninguém ousava elevar a voz.

– Quem são eles? – quis saber a garota.

– Granmestres, tenho certeza. O de cabelos azulados chama-se Sakuro Cyren e já o conheço. Aquele de cabelos pretos é meu tio, Radamanthys Atreius.

Kayan respondeu com convicção. Ele podia perceber alguns traços seus no último granmestre que entrou. Além disso, chegou a conclusão que um Atreius realmente é facilmente identificável. Sentiu vontade de ir até lá e conversar com seu tio, mas segurou-se porque sabia que não era o momento adequado.

– Você conhece o granmestre Sakuro? – perguntou-lhe Mathen, em meio à surpresa.

– Sim, ele era um grande amigo de meu pai e foi ele quem confirmou minha identidade quando cheguei a Drugstrein.

Com base nas informações que acabara de receber, Sarah ligou as coisas com algumas histórias que sua avo havia lhe contado da época em que ela ainda vivia em uma guilda.

– Kayan Atreius – sussurrou para depois elevar a voz ao tom normal novamente. – Espere, você é filho de Kattus Atreius? O granmestre que se sacrificou para vencer Zeffirs na Rebelião Negra?

– Sim, sou filho de Kattus, mas eu não sou ele, sou apenas Kayan.

– Acho que você tem uma história para contar para Sarah, pois ela ainda está sem entender nada – disse Mathen, percebendo a reação de surpresa no rosto da garota.

A conversa seria alongada, mas o mais velho dos granmestres começou a falar e todos no salão se calaram. Kayan teria que contar sua história para Sarah em outro momento.

– Bem vindos jovens aprendizes. Eu sou Grendolow Maxwell, e estes são Aikos Fixue, Sakuro Cyren e Radamanthys Atreius. Nós somos os atuais granmestres da Ordem de Drugstrein. O que vocês sentiram há pouco foi a pressão de nossas auras. Fazemos isto todos os anos, não para intimidá-los, mas para que vocês entendam que um dia também estivemos no lugar de vocês como aprendizes e, com muito estudo e treinamento, chegamos na posição em que estamos hoje.

Assim que terminou, ele deu espaço para que Aikos falasse.

– Irei explicar-lhes de maneira breve como funciona o sistema de Drugstrein, assim como o da ordem de Zeneth, já que estas são as únicas com sua própria academia. Vocês permanecerão aqui durante um ano, onde aprenderão o básico da magia. Quando os estudos tiverem seu final, vocês prestarão um exame teórico e prático, onde suas capacidades serão testadas. Após isso, serão considerados magos pela nossa sociedade e estarão livres para ingressar em uma guilda, outra ordem ou continuar suas pesquisas sozinhos. A maioria, porém, prefere entrar para a nossa ordem. No entanto, não basta ser um mago para fazer parte de nossa equipe, tem que ser um dos melhores e, por esse motivo, testes serão aplicados para aqueles que desejarem seguir por este caminho.

A seguir foi a vez de Radamanthys falar. Sua voz era grave e instigava ordem e autoridade.

– As regras de nossa academia são simples e claras. Vocês não devem faltar às aulas a não ser que estejam muito doentes ou por algum outro bom motivo. É terminantemente proibido o uso de feitiços nos corredores ou qualquer outro ambiente fora das salas de estudos ou campos de treinamento. Vocês também estão proibidos de sair da área acadêmica sem o acompanhamento de um mago oficial de Drugstrein. Não é permitido duelos nas dependências dessa instituição, mas se houver qualquer desavença entre vocês, poderão duelar no último andar, onde uma arena está preparada para as lições de duelo – a última frase foi dita com um sorriso sádico em seu rosto.

A Ordem de Drugstrein - Volume IWhere stories live. Discover now