Quando Shay Patrick Cormac conhece a doce e irreverente Perséfone, ele não esperava que ela se tornasse tão importante para si. E é em meio a conversas regadas a chá e tortas doces, que ele descobre que a bela mulher é como a Primavera, doce, flori...
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"Há um longo caminho pela frente
Então, acredite em mim
Vou lhes dar abrigo
Assim como você me deu
E eu sei, eu não estou sozinho
Você estará olhando por nós
Até quando você se for"
- Shelter, Porter Robinson ft. Madeon
Shay olhou mais uma vez do penhasco para o ancoradouro, começando a se preocupar por não encontrar a doce albina em nenhum dos dois lugares. Nos últimos meses era comum a encontrar a sua espera, principalmente se ele havia prometido lhe trazer algum livro.
— Bem, ainda falta a fazenda... — ele olhou uma última vez para a Morrigan e sorriu. Perséfone tinha razão, as velas vermelhas combinaram muito mais com o navio.
— Shay... — Liam se aproximou do amigo, o encarando por alguns instantes. O moreno passou os olhos pelas pessoas ao redor, que se revezavam em suas funções, todas com um ar um tanto melancólico.
— O que aconteceu? — Shay voltou os olhos para o amigo, um pouco preocupado.
— Abigail e Connor... Não resistiram à febre. — Liam olhou para a casa, preocupado com seu mentor. — Acho que você deveria ir ver como a Perséfone está... Achilles está um tanto... nervoso.
Ele concordou com um aceno, seguindo para a cozinha da casa, um dos únicos lugares onde a albina ficava, sem ser incomodada, na propriedade.
— Snow... — Shay deu um triste sorriso ao a encontrar sentada, com os braços cruzados sobre a mesa, dormindo. Ele se aproximou, afastando algumas das mechas alvas do rosto ainda úmido dela.
Ele olhou ao redor da cozinha, impecavelmente limpa e arrumada, apesar da dúzia de tortas e doces sobre a mesa. Nesse pouco mais de um ano que passara ao lado de Perséfone, ele aprendera algo sobre ela: quando triste, a albina gostava de ocupar sua mente, e nada funcionava melhor para ela do que cozinhar e desenhar.
— Snow... — ele passou a mão carinhosamente pela bochecha dela, antes de lhe puxar o corpo pela cintura, a pegando em seu colo. Ele sorriu quando ela abriu os olhos preguiçosamente, ainda um tanto sonolenta. — Sorte sua ser tão pequena...
— Não sou tão pequena... — ela apoiou a cabeça em seu ombro, fechando os olhos. — Sou menos de dez centímetros menor do que você.
— Duvido... Deve ser uns vinte, no mínimo... — ele sorriu ao ouvi-la rir, antes de a deixar sobre a cama. — Você vai ficar bem?
