Capítulo 18

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Levanto no dia seguinte e tomo um banho. Me enrolo no roupão e minha avó entra no quarto com alguns cabides na mão.

- Aqui está Lizzie. - ela fala colocando as roupas sobre a cama.

- Obrigada vovó. - digo e ela sai para que eu me troque.

Fico analisando as roupas. Uma calça jeans, uma blusa social branca e um blazer cor de abóbora. Coloco o mesmo sapato que usei no dia anterior, faço um rabo de cavalo no meu cabelo e desço as escadas. Vou até a cozinha e minha vó e Marina estão sentadas na banqueta do balcão tomando café. Me sento ao lado delas. Minha avó pega uma mini tigela com salada de frutas e me dá. Agradeço. Depois que terminamos de comer vamos pra empresa.

**/**

Cumprimento a Maria na recepção.

- Srta Parker, o Sr Jones mandou avisar que quando chegasse era pra senhorita ir na sala dele. - ela fala.

Me dirigo a sala do Sebastian e não vejo sua secretária na recepção.
Entro na sala e vejo Sebastian entregando alguns papéis para a sua secretária. Quando ele me vê faz um gesto para que eu me aproxime.

- Imprima esses papéis e me traga logo depois. Não passe nenhum telefonema pra cá, vou ter uma reunião com a srta Parker e não quero ser interrompido. - ele fala para sua secretária e ela concorda saindo da sala me sento na cadeira em frente ao Sebastian.

- Bom dia Parker. - ele fala me encarando.

- Bom dia Sr Jones. Aconteceu alguma coisa? - pergunto.

- Não, apenas preciso que você assine alguns papéis. - ele fala.

- Sobre o que? -

- Autorização para a vinda de novos produtos para o Brasil. - ele fala e concordo.

Logo em seguida a secretária dele entra na sala e entrega os papéis. Sebastian me dá uma caneta e começo a ler. Quando termino entrego os papéis e a caneta para ele.

- Bom, na minha opinião deveríamos começar a fabricar aparelhos telefônicos para pessoas com deficiência visual. Por exemplo: o telefone ser controlado por reconhecimento de voz. - digo e Sebastian me analisa por alguns segundos.

- Essa ideia é fantástica! Você topa apresenta-la na conferência em Nova Iorque? - ele pergunta.

- Claro. - respondo.

Ficamos discutindo e analisando alguns pontos da minha idéia.

- Você se importa se eu usar o seu computador pra passar a idéia pro papel? - ele pergunta.

- Vou pegar meu notebook. - ele se levanta da cadeira e anda até uma maleta tirando seu notebook de dentro e me entregando. - É arriscado fazer isso no computador da empresa, pois o sistema pode ser invadido e a idéia ser roubada. - ele fala e concordo.

Quando termino de digitar entrego o computador pra ele dar uma analisada.

- Essa idéia é maravilhosa, Elizabeth, pois a inclusão social de pessoas com deficiência é um assunto muito atual, e com o desenvolvimento desse celular será muito mais fácil para pessoas com essa deficiência serem inclusos, de uma certa forma na sociedade. - ele fala em tom profissional.

- Acho melhor por enquanto, não fazermos nenhum comentário sobre isso, pois a idéia pode ser facilmente vendida, e não é em todo mundo em quem podemos confiar... - digo e ele concorda.

Dou uma olhada em meu relógio e percebo que já são 12:42.

- Nossa, como o tempo passou rápido. - falo.

- Quer que eu peça o nosso almoço?
- nego. Bom, eu preciso ir pra minha sala, nem fui lá hoje. - falo me levantando da cadeira. - Você pode me dizer onde fica a sala do Paul? - pergunto.

Ele me olha com cara de poucos amigos.

- No primeiro andar. - ele fala e volta sua atenção para o computador.

- Porque? Quem mandou ele pra lá?
Era pra ele estar no andar da presidência, Sebastian e se precisarmos dele aqui? Em Nova Iorque ele fica no andar da presidência auxiliando ao meu irmão e a mim. - falo irritada.

- Acho que você ainda não se tocou que não está em Nova Iorque. - ele fala com impaciência.

- Eu sei que não estou em Nova Iorque, até porque se estivesse as coisas seriam do meu jeito, e não do seu como você sempre faz. - falo tentando manter a calma.

- Sabe qual o seu problema Elizabeth? É que você quer fazer tudo do seu jeito e não aceita que as pessoas facam algo que você não goste. - ele grunhe.

- Você me consultou por acaso? Pelo que estou vendo você que quer ser o dono da razão. - falo.

- Tudo que eu fizer tenho que consultar você? Por que até agora isso nunca foi o problema. Ou você só quer manter um casinho com seu ex?
- ele pergunta com ironia.

- Bom, eu sei separar as coisas, diferente de você, que mantém um caso com a sua secretária. - falo e saio da sua sala.

Passo por sua secretária e entro na minha sala. O Sebastian é tão irritante, não que eu não seja, mas as vezes ele passa dos limites, não tem cabimento o advogado da empresa ficar no primeiro andar da empresa, sendo que a qualquer momento nós podemos precisar dele, não que eu queira ter um caso com o Paul, mas não tem cabimento isso. Tudo bem, não vou falar mais nada, vou ficar quieta, na minha, deixar o Sebastian fazer o que ele bem entender e afundar a empresa.

Começo a organizar uns papéis que estão em minha mesa e a guardar no arquivo. Quando termino começo a fazer algumas planilhas no computador. Passo a tarde toda lendo e assinando papéis e analisando documentos.

Olho no meu celular e vejo que já são 9:49 da noite, quase levo um susto ao ver que o tempo passou tão rápido. Me levanto da cadeira e pego minha bolsa. Quando estou saindo da minha sala vejo Eduardo e Marina no corredor vindo até a mim. Vejo que Eduardo está com uma pasta nas mãos.

- Lizzie você pode fazer um favor pra mim? - Eduardo pergunta.

- Depende.. - falo.

- Eu preciso muito que você entregue esses papéis para o Sebastian, eu já tentei ligar pra ele, mas parece que seu telefone está desligado. - ele fala.

- Mas porque você não faz isso? - pergunto e Marina se intromete.

- Porque fizemos uma reserva em um restaurante e não queremos perder. Vai Lizzie, colabora. - ela me estende a chave do seu carro.

Por fim resolvo pegar as chaves e a pasta. Caminhamos até o elevador que chega rapidamente na recepção vamos ao estacionamento e Marina entra no carro do Eduardo e eu entro no dela. Dou partida.

Segredo Irresistível (CONCLUÍDO)Where stories live. Discover now