Capítulo 17

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A Marina estaciona em frente a mansão da minha avó. Avisamos pelo interfone que já chegamos. Alguns minutos depois o portão é aberto. Passamos pelo gramado, pela piscina, pelo enorme jardim até finalmente chegarmos em uma casa branca enorme e muito linda. Tenho poucas lembranças do tempo que passei nessa casa com o Robert, meus pais e minha família aqui antes do acidente.

Avisto minha vovó impecavelmente linda com seus cabelos presos em um coque muito bem arrumado e vestindo uma saia jeans curta despojada, uma blusa de alcinhas e um salto preto. Ela é tão linda, nem parece que tem 72 anos. Eu quero estar linda e estonteante do mesmo jeito que ela quando eu estiver com 70 anos.

- Oi meus amores. - ela nos cumprimenta com beijinhos na bochecha.

- Oi vovó, como você está linda, como sempre, claro. - falo e ela sorri.

- Entrem. - passamos pela enorme porta de vidro que nos direciona a um hall de entrada.

A casa mudou bastante. A pintura é toda branca e o chão todo de porcelanato, tem muitos quadros nas paredes, mas sem deixar o ambiente brega. É tudo muito chique. Passamos pelo hall e chegamos na enorme sala de estar. Os sofás são de um tom creme. Tem uma mesa de centro com um jarro de flores brancas e um álbum de fotografias sobre ela. Nas paredes tem muitos quadros de nossa família reunida, mas sem mim e o Robert. Porque fazia anos que não vinhamos ao Brasil. Em outras parede vejo um quadro com uma foto dos meus país, do Robert e eu. Nessa foto estávamos em BH, na fazenda da família. Sinto um nó na garganta. Respiro fundo, seguro o choro. Vejo uma foto minha e do meu irmão na estante. Essa foto tem pouco tempo, foi a dois anos atrás em Ibiza, em uma viagem de casais, a qual foi o Paul e eu e o Robert e a Corinne, sua ex que a pouco tempo atrás, mais ou menos um ano foi pega traindo meu irmão, enfim. Meu irmão terminou com ela, claro. Mas eu sei que ele gostava dela, por esse motivo eu odeio a Corinne.

- Elizabeth, você ouviu o que eu perguntei? - vovó Irene pergunta me tirando dos meus devaneios.

- Não vovó, desculpe. O que dizia? -

- Sente-se querida. - me sento em uma poltrona em frente ao sofá que ela e a Mari estão sentadas.

- Eu estava dizendo que fazemos uma viagem familiar anualmente e que a data já está se aproximando, e desta vez o lugar escolhido foi Fernando de Noronha, no Pernambuco, em uma casa de praia que temos lá e este ano vai ser maravilhoso, como todos os anos, claro, desta vez eu estou tão alegre de você estar aqui. E você vai né? - quando vou responder ela me corta.
- Não que eu esteja te dando opção de escolha, até porque você já faltou em todos esses anos. - ela fala.

- Claro que eu vou vovó. - sorrio.
- A senhora só precisa me dizer a data. -

- Vai ser mês que vem, um dia depois da conferência em Nova Iorque. - minha avó sempre está atenta aos negócios da família.

Segredo Irresistível (CONCLUÍDO)Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora