Capítulo 6

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Durante esses dias as coisas correram normalmente.
Afonso Souza foi preso e devolveu toda a quantia roubada em troca de não ser preso, o que foi uma coisa boa visto que não seria bom para a imagem da empresa estarmos envolvidos em um esquema de corrupção.
Minha família está indo passar o final de semana em Minas Gerais, onde temos a Fazenda dos meus pais e a da minha madrinha Cíntia. Provavelmente o arrogante do Sebastian vai estar lá.

- Terminou de arrumar suas coisas?- Marina pergunta quando termino de fechar a última mala.

- Sim. Vamos? - ela confirma.

**/**

A viagem é rápida, e logo chegamos. Não me lembro de muita coisa aqui afinal foi a 13 anos atrás a última vez que estive aqui. Me lembro vagamente do Robert e a mamãe andando a cavalo. A entrada é muito bonita, com palmeiras por toda a entrada da Fazenda até finalmente chegarmos em uma casa branca enorme. Fico maravilhada com tudo. Eu e a Marina fomos as últimas a chegar, pois minhas tias e meus primos tinham vindo na noite passada.
Descemos e tiramos nossas coisas do carro e entramos na grande casa. A decoração é rústica com um toque de modernismo. Tudo perfeito.

— Finalmente chegaram! — minha tia Lilian vem em nossa direção nos abraçando.

— Oi titia, cadê o pessoal? — pergunto.

— Está todo mundo na cachoeira, querida. — .disse. — Por que não vão lá também? É pertinho daqui.

— Prefiro em outro momento. Agora só quero arrumar minhas coisas no quarto. — digo e ela assenti, me

— Pois se a Lizzie não quer ir, eu quero! — dizia Mari animada.

— Oh, então chamarei um de meus empregados para lhe levar até lá. — Lilian disse chamando um garoto, que logo entendeu as ordens. — Esse é Luca, filho do capataz da fazenda, ele levará você, quando estiver pronta, não é mesmo Luca? — perguntou para o rapaz.

— Claro, dona Lilian. — o rapaz jovem e moreno afirmou, segurando o chapéu à frente do corpo.

Mari e eu vamos para dentro do grande casarão, e subimos às escadas. Bem, Marina corria bem mais depressa.  

Quando eu cheguei no quarto, ela já abria sua mala à procura de seu biquíni. Assim que achou vestiu depressa, o conjunto rosa e um vestido fresco por cima. Mandou um beijo rápido, logo sumindo de minha vista.

Resolvi por minhas malas em cima da cama, e puxar de uma vez o zíper, tirando minhas roupas, e às guardando no armário. Peça por peça no cabide, até não restar nada na mala. Deitei-me na confortável cama, e relaxei, até acabar pegando no sono.

Algumas horas depois, me levantei e fui até a janela do quarto. Observei a natureza bela que existia no local. As grandes árvores, palmeiras, as plantações...Tudo perfeito.

Escuto alguém bater na porta.

— Entre. — peço, e logo vejo uma empregada com uma bandeja na mão.

— A dona Lilian, me pediu que trouxesse um lanche, para a senhorita. — dizia um pouco tímida.

— Pode me chamar de Lizzie. — digo gentil, ela assenti sorrindo. — Como se chama? — indago pegando a bandeja de suas mãos, e pondo em cima de uma mesinha de madeira.

— Laís, dona Lizzie. — se apresentou.

Laís era jovem. Devia ter no máximo uns 21 anos. Pele clara, olhos negros como seus cabelos compridos, era assim que ela se caracterizava.

— Eu não sou dona de ninguém. — brinco olhando para a paisagem. — Marina, já voltou? — pergunto tirando os olhos da janela e encarando seu rosto.

— Meu irmão foi levá-la, e até agora não voltou, para terminar seus afazeres aqui na fazenda. — disse cruzando os braços. — Quero ver só, quando ele chegar e meu pai brigar com ele.

Então, eles eram filhos do capataz.

— Bem, se a dona não quiser mais nada, tenho que voltar para ajudar Carlota na cozinha.

— Não, não preciso de nada. E obrigada pelo bolo. — agradeço comendo um pedaço de bolo de cenoura com cobertura de chocolate. Ela assenti e se retira.

Após ter comido, resolvo calçar minhas botas, e descer às escadas, vendo Lilian conversando com uma senhora morena.

— Ah, e capriche no tempero, Carlota. — dizia tia Lilian.

— Pode deixar, dona! — a mulher me viu  e sorriu gentilmente, logo voltando para a cozinha.

— Ainda aqui, Lizzie? — perguntou se aproximando. — O dia está tão lindo lá fora...

— Resolvi descer e aproveitar um pouco.— sorrio respirando o ar fresco que entrava pela porta.

— Quer que eu chame o capataz para lhe acompanhar?

— Não precisa. Gosto de aproveitar a natureza, sozinha com meus pensamentos. — tia Lilian assenti, me avisando para voltar cedo, para o almoço.

O ar fresco e puro era um espetáculo!

Andando pelo gramado, avisto o estábulo dos cavalos. Robert era louco por isso aqui. Abro com cuidado a cerquinha, e passo, a fechando. Dentro do local, vejo os cavalos, o quanto lindos eram. Devia ter mais de dez cavalos.

— Olá . — digo carinhosamente, para um cavalo de pelo preto e bastante macio. Senti que em quanto passava minhas mãos em seu pelo, ele ficava meio arredio, mas agora parece até estar gostando do carinho.

— Frísio! — escutei alguém gritar, assustando o cavalo. Escuto os passos pesados, chegando mais perto do estábulo, até eu ver um homem de uns 30 anos, presumo, entrar. — Quem é você? — pergunta desconfiado.

— Sou Elizabeth. — digo no mesmo tom, cruzando meus braços sobre o peito, mostrando que não era de me intimidar.

— Se queria passear, deveria ter me chamado dona. — disse agora mais manso, mas sem tirar a postura.

— Não preciso que me acompanhe. — digo séria. — Por que, Frísio? — indago voltando a cariciar o pelo do cavalo.

— É a raça do cavalo.

— Que criatividade.... — ironizo.

Quem coloca a raça do animal, como nome?

— Bem, precisa de ajuda para montar?

— Não vou montar, agora. Só vim mesmo passear. — disse e dou um beijo na cabeça de Frísio me retirando do estábulo.

Volto pra dentro do casarão e entro no quarto, tiiro minhas botas e minhas roupas, pego uma toalha e saio do quarto de hospedes, já que o mesmo não possuía banheiro. Incrível é que em todos os quartos da casa tinham banheiro e eu fiquei no único que justamente não tem.

Entro em um perto de um outro quarto que era perto do meu. Ali tomo meu banho rápido, aproveitando a água morna. Do banheiro eu já escutava algumas vozes que pareciam vir da sala de estar. Eles devem ter chegado. Desligo o chuveiro, e passo minhas mãos pelos cabelos, tirando o excesso de água, os deixando soltos, e logo abro a porta. Assim que a fecho, acabo por me trombar com alguma coisa, realmente sólida e molhada.

— Cuidado, Parker! — Sebastian disse em tom divertido, me segurando.

— Da licença. – falo já que ele está impedindo minha passagem.

— É bom te ver, também. — diz irônico. — Por que não foi na cachoeira, também? A Marina estava lá também.

— Eu não estava afim. – dito isso entro pro meu quarto

Segredo Irresistível (CONCLUÍDO)Место, где живут истории. Откройте их для себя