Finalmente juntos

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Fiquei uma semana inteira indo naquele maldito parque pra nada. O Yurio não estava lá.

Volto pra casa um pouco cansado. A minha mãe abre a porta de casa pra que eu entre logo.

- Tenho uma pessoa pra ti apresentar! - diz ela animada.
- Me apresentar? Como assim mãe?

Quando olho pro sofá vejo uma garota, ela tinha cabelos iguais a do Yurio, mas parece que eu já conheço ela...

- Você é a garota do meu antigo colégio não é? Eu não sei o seu nome...
- Ágata, meu nome é Ágata. Sou eu mesma, eu soube que o seu namorado foi embora, então eu pensei que a gente poderia sair... - disse ela me olhando.
- Sai da minha casa, agora. Não sou obrigado a aturar isso agora. - disse irritado.
- Meu filho, você anda sozinho. Por que não sai com ela?
- Por que eu não quero. Se não deu pra notar, eu não gosto de garotas.
- Eu to mandando! - disse a minha mãe irritada.
- TA LEGAL! VAMOS DE UMA VEZ! - falei puxando o pulso dela e saindo de casa.

Ficamos caminhando por um tempo, eu não falava nada, só ela. Fiquei olhando a paisagem em volta.
Notei que havia vários gatos pretos no parque, isso é um bom sinal.

- Akira, Akira. Está me ouvindo? - disse ela impaciente.
- Hã? Não, eu não ouvi.
- Eu estava dizendo que foi muita covardia do seu namorado te deixar aqui, sozinho. Ele nem avisou que iria embora. Nunca gostei desse cara.
- Olha aqui garota. Você cuida muito bem o jeito que fala dele entendeu. EU AINDA O AMO, UMA COISA QUE EU NUNCA VOU CONSEGUIR COM VOCÊ, TE AMAR. SAI DAQUI! - berrei.

O parque todo se virou para olhar o que estava acontecendo. Ela olhou pra mim de cima a baixo e me deixou sozinho.
Fico meio desnorteado e volto pra casa.

- Filho, como foi com a garota? - perguntou minha mãe animada.
- Não foi, eu nunca gostei dela. Ela falou mal do Yurio e gritei com ela.
- Mas ele não está mais aqui filho...

Não dei tempo pra minha mãe terminar de falar me virei e disse:

- Mãe, eu te amo muito. Mas você sabe que não é assim pra eu ficar com alguém. Principalmente uma garota.

****

Se passaram três semanas do dia que eu falei com o pai do Yurio. Não tive tempo de ir ao parque, as aulas da faculdade estão puxadas. Não consigo nem dormir direito depois que eu entrei.

Chego em casa e não tem ninguém, meus pais estão se preparando para o casamento.

*Sim, me acostumei a chamar o Aoi de pai.*

Entro em casa e tranco a porta atrás de mim, como estou sozinho prefiro ficar na sala, sento no sofá e fico olhando pro nada.

Fico ali um tempo, pensando sobre tudo que eu passei nesses últimos anos. Como eu mudei depois de ter conhecido o Yurio. Como eu sinto sua falta.

Meu telefone toca, deixo ele tocar até o barulho me irritar, então atendo.

- Alô? Quem é?

- Você verá meu filho hoje. - disse o demônio com uma voz extremamente grossa.

- Não sabia que celulares funcionavam no inferno... Legal.

Eu Precisava De Um Demônio Where stories live. Discover now