- Está no último ano? - quebrou o silêncio

- Sim, e você?

- Sim, finalmente.

- Para todos nós.

Ele riu. Eu não falei nada engraçado, mas tá bom.

- Qual seu nome?

- Katherine.

Lá dentro do colégio o sinal tocou, logo em seguida algumas pessoas começaram a sair. Denis levantou e acenou para uma garota

- Vai fazer alguma coisa amanhã a tarde, Katherine? - pergunta voltando sua atenção à mim

- Hum, por quê?

- Pra gente sair.

- Bom... hum... - Meu Deus, como nega um convite sem parecer mal educada

- Denis - Ouvimos. Olhamos para Seth parado ao lado do ponto de ônibus, onde estamos.

- Seth, que bom vê-lo.

- Não posso dizer o mesmo.

Denis riu seco

- O que faz aqui? - Seth pergunta, sentando ao meu lado e colocando o braço por cima do meu ombro. Olhando pra ele.

Denis observou seu braço em mim e corpo tão próximo. Então sorriu cuidadosamente e se possivel, venenosamente.

- Vim chamar Katherine para sair.

- Katherine está ocupada.

Encarei ele de sobrancelha erguida

- Posso saber com o quê?

- Pode saber com quem, e nesse caso a resposta está bem na sua frente, eu.

Denis estreitou os olhos. A menina que ele acenou que eu suponho seja sua meia irmã bateu no ombro dele.

- Vamos logo. - disse com a cara no telefone

- Quem sabe um dia, Katherine - Denis piscou para mim e saiu andando com a menina. - Seth.

- Denis. - diz igualmente seco - Quem sabe um dia... - Seth resmungou. Eu observei ele e mordi o lábio em uma tentativa falha de não rir.

- Você estava com ciúmes? - pergunto

- Estava.

- Por quê?

- Por que você é minha, Katherine.

- Eu não sou um objeto ou propriedade para ser sua.

- Sei bem, mas em alguns dias esse minha vira acompanhado de outra palavra.

- Eu vivi para ver Seth Johnson com ciúmes! - Dylan exclamou vindo em nossa direção, arrancando de Seth um olhar irritado. Seth fuzilava Dylan com o olhar e eu olhava para Seth, e sei bem que era com os olhos brilhando.





- Mamãe me deixou aqui, espero que não se importe de eu ter vindo te visitar - Murmurei segurando na mão de Ella.

É estanho vir visita-la e encontrar ela nesse estado. Coloquei a mão em sua barriga de grávida, Elena estava sendo alimentada por sonda para que seu filho e ela possam continuar bem e vivos.

- Desculpe a demora de vir mas é que eu não queria vê-la assim, sinto muito.

Observei seu quarto, branco, vazio. A parte em que eu detesto toda vez que me imagino médica e essa, entrar em um quarto triste como esse e ver uma situação triste como essa na cama.

2007Onde as histórias ganham vida. Descobre agora