13 | georgia roe

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               As estrelas brincavam no céu como se estivessem em uma disputa para saber qual brilhava mais. Eu gostava de observa-las, sempre acreditei que elas olhavam por nós. A noite não estava fria, apenas uma leve brisa assoprava meus fios parecendo adorar a brincadeira, pois todo momento tinha que voltar meu cabelo para o seu devido lugar.

Eu tenho um encontro hoje, poderia se comportar?

É um encontro de amigos, mas mesmo assim... Se comportem.

A escolha da noite foi um short jeans surrado, uma blusa fina por baixo da minha jaqueta jeans, e uma bota com salto médio. Rob, meu consultor fashionista havia me dito que estava ótimo para o primeiro encontro da minha vida, sim, ele fez questão de ressaltar que eu nunca havia tido um encontro romântico antes.

Qual era o problema de ter dezenove anos e nunca ter um encontro sério?

Meu primeiro namorado, — não tão namorado assim, era um idiota do colégio que apostou me levar pra cama. Ele era muito insistente e tinha conseguido seu prêmio.

Pelo menos ele não era ruim de cama...

Estava na porta do apartamento sentindo toda ansiedade se fazendo presente em minhas veias, o carro de Ben Costigan virou a esquina com seus faróis iluminando onde estava, e logo desci as escadas sem lhe dar a chance de subir. Eu não queria, definitivamente ser ainda mais caçoada hoje, mas ainda de costas podia sentir aqueles olhinhos curiosos me queimando e quando me virei todos se atrapalharam para sair dali.

Meus amigos são um bando de idiotas.

Respirei fundo, mentalizei um mantra e pensei no quanto esse cara é atraente até demais.

— Boa noite, estou no horário certo? — Sua voz soou divertida de dentro do carro.

— Você está — Ponderei olhando meu relógio de pulso — Dois minutos adiantado.

Pontualidade pode ser incluída no tópico: o que homens atraentes fazem.

— Poderia me dar a honra de ter sua presença por essa noite?

Um suspiro no andar de cima, era Rob, aposto.

Ben me surpreendeu quando abriu a porta do carro com um sorriso imenso, sendo cordial e formal demais, até. Confesso que me incomodou um pouco, já que tenho minhas mãos e não queria que ele tentasse me impressionar.

— Claro — Entrei no carro e puxei a porta sorrindo pra ele.

Eu já estava estragando tudo.

E esse pensamento me fez querer chorar de desgosto.

Rob choraria de desgosto.

— O meu apartamento não é longe daqui... É bem perto, até, mas estou vindo da casa da minha vó — Me encarou animado — Passei o dia com ela hoje.

— Sério? A sua avó é aquela senhora da cafeteria?

Costigan soltou uma risada pelo nariz e eu o acompanhei.

Era observadora.

— Você observa bem. Ela gosta muito da cafeteria, mas está proibida pelos médicos de ingerir cafeína demais... Problemas de uma senhora com oitenta e sete anos.

— Sério? — Abri os olhos o encarando — Ela é bem adorável e independente.

— E é mesmo! Ela odeia quando alguém tenta ajuda-la em qualquer coisa que seja. Minha vó é de Texas, as pessoas de lá são mais independentes do que nós somos.

THE REFUGE ✔Where stories live. Discover now