Where did the party go

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- Vocês tem certeza que vão ficar bem? - Joseph olhou a Patrick. - Sei la, bro. Isso me preocupa, sabe que não confio nele.

- Não é porque você não confia em mim, vocês dois não gostam de mim.

Os dois sorriram, Joe negou com a cabeça e me entregou a chave do carro.

- Bro, eu realmente estou pensando em desistir de Pat, sei que ama muito ele. Todos nós amamos, mas será que vale mesmo a pena correr todo esse risco? - sussurrou em meu ouvido.

- Ele faria o mesmo por nós Joe, não podemos desistir de Pat. Não agora.

Deu dois tapas em minha costa e se afastou. Seus olhos azuis demonstravam tristeza e pesar, Andy também estava assim, mas ele era o que menos mostrava isso.

- Joe. - Patrick chamou pegando a chave de minha mão. - Precisamos conversar.

- Eu não tenho nada pra falar com você, Príncipe. Tu e um lixo são a mesma coisa pra mim.

Andy segurou o peito do moreno. - Hey, não é hora disso! Por favor, se acalme.

- Eu so quero conversar contigo antes de ir. - Joe olhou pro que o segurava e afirmou.

- Tudo bem, vamos.

Joe deu um beijo no rosto de Andy e no meu, um abraço forte e um sorriso triste. Como se estivesse se despedindo.

Vi ele sair com Patrick que trajava uma jaqueta vermelha e o resto preto como noite.

Os olhos amarelos brilharam, a combinação perfeita de que algo de ruim ia acontecer. Só não sabia o que.

****

Já se passavam 3 horas desde que os dois tinham saído.

Nem uma mensagem.

Nem uma ligação. Exatamente nada.

- Pat, onde você está? Precisamos ir! Ainda está com Joe? Bem, me retorne quando ouvir essa mensagem.

Minha mente gritava que já era tarde, que não adiantava mais tentar ajudar Pat. Por mais que meu coração disse o contrário, Joe estava certo.

- Peter, você ja teve alguma notícia dos dois? - Perguntou assim que atendi.

- Você viu que os olhos dele ficaram amarelos. Aquilo não é um bom sinal.

- Eu sei. Isso tudo é uma péssima ideia, e se ele te matar?

- Isso não vai acontecer Andrew.

- E se?

- Procure Brendon e Dallon, eles sabem o que fazer.

A porta se abriu, o loiro entrou sozinho.

- Pat chegou. Depois te ligo. - Deixei o celular na mesa e fiquei de frente para ele. - Por que não atendia minhas ligações?

- Como eu disse, precisava conversar com o Joe. Agora está tudo resolvido, bem, quase tudo. - Seu corpo exalava um forte cheiro de terra revirada, seu sapato deixou um pequena trilha de lama pela sala da casa.

- Você está cheirado a terra, o que aconteceu?

- Tivemos uma pequena luta. - Mostrou o canto do lábio que tinha um pequeno corte. - Mas depois ficamos de bem e ele foi pra "casa".

- Como assim, "casa" Patrick?

- Ora, nós dois sabemos que ele e o Andy tem um caso. Vai me dizer que nunca percebeu?

Dei de ombros e pedi para que se trocasse. Tinhamos que ir o quanto antes, se não toda a minha coragem ia ralo a baixo.

A noite ia caindo quando saímos de casa, deixando pra trás tudo o que tínhamos conseguido até agora. Meu celular vibrou com uma mensagem. Patrick ia ao meu lado, sua cabeça estava encostada em meu ombro, estava dormindo provavelmente.

Andy: Nada do Joe até agora, sem notícias. Tome cuidado.

Peter: Vá a policia e abra um B.O. Joe sempre deixa a localização ligada, justamente pra esse tipo de caso.

Andy: Já estou aqui, eles localizaram. O sinal ta vindo de um hospital abandonado, um tal de Linda Vista community Hospital.

Peter: Me mantenha informado, estou quase chegando na casa.

Alguns minutos depois chegamos na casa, estacionei na frente e balancei levemente o ombro de Pat.

- Yo, chegamos. Vamos entrar, assim você pode ir pra cama e dormir melhor. - Sussurrei acariciando seu rosto. Ele beijou minha mão e saiu do carro ainda meio sonolento.

- Pete...queria morango com chocolate.

Meu coração acelerou, sentia como se gelo passasse por dentro do meu corpo, eu realmente não sabia o que fazer. Tinha passado a chamar ele de Pat pro plano poder funcionar, não tinha nada em mente. Se bem que, chocolate com morango era so pra avisar, então, talvez se eu oferecesse, ele negaria? Vale a pena tentar.

- Vamos, la dentro eu sirvo uma taça pra você, ok? - ele sorriu sem jeito.

- Tudo bem, mas não exagere no chocolate. Os corpos possuidos por demônios costumam se degradar mais rápido quando comem doces em grande porções.

Ainda é o Príncipe, por um tris estraguei tudo.

Entramos na casa, era extremamente confortavel por dentro, um lugar de "luxo com toque camponês". Patrick girou enquanto olhava a casa.

- Veja como ela é linda Pete, deve ter sido cara...quer ajuda pra pagar?

Ela é do Andy, não me custou um tostão de dólar meu querido.

- Ah não, não. Está tudo bem, entrei em acordo com a empresa.

Mentiras atrás de mentiras, palavras perigosas Peter, você está brincando com a sorte.

Mais uma vez meu celular vibrou. Agora por um momento incessante.

Andy: Acharam o Joe.

Andy: Vamos ter que ser fortes daqui pra frente.

Andy: Não estou bem Pete, acho que vou surtar.

Andy: o faça pagar pelo que ele fez com Joe, por favor Pete, faça esse desgraçado pagar!

Não entendi de primeira o que Andy queria dizer com aquilo, era muita informação, mas ao mesmo tempo muito pouca.

Abri o navegador pra pesquisar sobre Joseph e a primeira coisa que eu acho é:

"Joseph Trohman é encontrado morto em um hospital abandonado.

O guitarrista de Fall out boy foi encontrado neste final de tarde, enforcado por cabos eletricos em uma maca de cirurgia do abandonado Linda Vista community hospital. O caso é tratado como homicídio de ódio pela Polícia, que segue sem suspeitos. Nenhum dos outros integrantes se manifestou.
Por enquanto, sem mais informações."

Olhei Patrick que sorria, meu olhos estavam marejando, sentia a raiva crescendo cada vez mais.

- O que foi Pete? Aconteceu algo? - manteve a mesma expressão com mais inocência ainda.

- Você matou o Joe! Matou meu amigo de uma forma tão cruel! Por que você fez isso Patrick?

- Hm, pelo visto ele era mais importante, voltou a me chamar pelo nome completo. É meio óbvio não? Irei tirar do meu caminho qualquer um que tentar atrapalhar meus planos e se for o caso, mato o Andy e em caso extremo você. - Tirou a jaqueta e seguiu o caminho dos quartos. - Bem, agora preciso dormir.

Saí da casa correndo em direção ao quintal, caí de joelho em meio ao nada. As lágrimas pesadas caindo freneticamente, o nó apertado na garganta se desfez quando gritei o mais forte que pude.

Precisava ser forte agora, mas não sei se consigo por muito tempo. Está tudo dando errado.

Show me my demon || Peterickحيث تعيش القصص. اكتشف الآن