30 - I Would Love To Hate You.

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— Eu pedi para a Simone preparar...

— Salmão assado e batatas rústicas. — O Zac sorri ao ver a comida na mesa, pois sei o quanto os dois adoram.

— Eu sei que isso não é um café da manhã, está mais para almoço, mas pelo menos vocês acertam duas refeições em uma tacada só. — Eu brinco e vejo que eles se sentam animados, já começando a por comida nos pratos.

— Porra, Dylan. — O Zac acerta o irmão quando o mesmo derruba um pouco do salmão, mas apenas sirvo o meu prato e ignoro a pequena discussão de ambos.

— E então, quais os planos para o aniversário?

— Boate, mas só amanhã, porque hoje tem a droga do evento. — Os dois falam de maneira arrogante, me fazendo sorrir sem jeito.

— Vocês bem que poderiam encontrar umas namoradas, mas se bem que as meninas na idade de vocês não tem a mesma mentalidade, e também ter o fato de ter o Justin como sogro, o que é deprimente. — Ironizo, vendo que ambos rolam os olhos.

— Mulheres só atrasam os negócio, Meg. É por isso que só nos envolvemos com putas, mas de luxo, não essas que achamos nas esquinas. — E o Dylan me surpreende com suas palavras.

— Meninos, eu preciso ter "aquela" conversa com vocês. — Falo e ambos enrugam as sobrancelhas.

— Já tivemos aula sobre os órgãos sexuais com o Butler, sabemos como tudo funciona, não precisamos da "conversa". — O Zac ironiza, me fazendo negar.

— Não, a conversa com vocês é para conseguir ou pelo menos tentar mudar a visão que tem sobre mulheres. — Digo e os dois seguem comendo, me mostrando que esse não é um assunto confortável. — Vocês gostam de mim, não é? — Eu pergunto séria, vendo que ambos se olham antes de responder. — O pai de vocês não está aqui, embora eu saiba que ele já sabe a resposta.

— Não é gostar, é tolerar. — O Dylan fala com a voz mais grossa, como se fosse o Justin, o que me faz rir.

— Então, vocês gostam de mim e não iam gostar se eu me machucasse, certo? Se alguém simplesmente me sequestrasse e me vendesse como apenas mais um brinquedo. — Falo séria.

— São as merdas da vida, tem umas pessoas que tem sorte, outras não. — E a minha vontade de bater no Zac depois disso só aumenta, pois percebo o quanto eles pegaram do Justin nesse sentido, o que é péssimo.

— E uma menina que foi sequestrada para carregar o filho de um traficante?

— Você está sendo paga, não precisa dramatizar. — E eu chego até a parar de comer quando o Zac fala isso.

— Eu sou dramática? Sério mesmo? — Falo puta e ele respira fundo.

— Não é ser dramática, mas você sabia onde estava se enfiando quando aceitou isso tudo. Você esta sendo paga e vai ser libertada depois, não é como se fosse ser morta ou porra do tipo. — E o Dylan apenas escuta com calma o irmão, deixando evidente que nessa discussão não queria se meter.

— Às vezes me esqueço o quão parecido com o seu pai você é.

— E isso é ruim?

— Nessa questão? Sim. — E percebo que ele ia responder, mas ergo a mão e nego, pois hoje é aniversario deles e a última coisa que eu preciso é uma discussão que acabaria comigo exigindo a droga do meu rim de volta do corpo desse demônio de 13 anos.

— Senhorita Hernandez. — A Simone chama após terminarmos de comer e eu me viro, vendo a enorme torta de chocolate em suas mãos.

— Conseguiu o que eu pedi? — Pergunto e ela concorda, embora faça isso visivelmente assustada e preocupada.

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