- filho da puta! - grita uma voz que eu conhecia bem.
- Kat! - grito largando a arma e correndo em sua direção.
Ela estava pálida, como quem não tivesse se alimentado a algum tempo. Athena estava agarrada em sua perna, apavorada.
- seu idiota! - ela diz mostrando um arranhão em seu ombro - você tentou me matar?!
Graças aos céus o tiro não havia sido fatal.
- papai! - Athena me abraça forte - que bom que você chegou - ela chora.
- odeio interromper o momento em família... - Alec fala nervoso olhando em volta - ...estou comovido... Mas temos companhia - Alec diz ao escutar mais barulhos de tiro.
Olho para o final do corredor, e vejo a luta acontecendo. Meu foco é tira-las daqui e voltar para ajudar os outros. Kat não estava bem, estava visivelmente desidratada, com os labios rachando e a pele ressecada. Por sorte, Athena estava mais corada.
- vamos! - pego Athena no colo e seguro sua mão - vamos sair logo daqui!
- que bom que nos achou - ela fala com lágrimas nos olhos.
- você precisa de um médico - falo preocupado.
- temos que sair daqui - ela seca as lágrimas - temos que tirar nossa filha daqui, Felipe - ela fala com preocupação.
_____________ Kat narrando ______________
Passo por Lucy, e atiro em um homem que vinha em sua direção. Assim que nota minha presença, ela abre um sorriso de orelha a orelha e vem até mim.
- que bom que está viva! - ela me abraça, mas me larga rapidamente visto que outros homens armados tinham acabado de notar nossa presença
- depois você me agradece! - corro com Felipe e minha filha nos braços.
Assim que saímos da casa, corremos até o carro, que estava sendo protegido por Demétria.
Espera... ela estava com uma metralhadora?
- Demétria! - digo a abraçando.
- que bom que estão bem! - ela diz feliz.
- leve Athena para casa - digo fechando a porta do carro.
- que? Você vai junto! - Felipe vocifera.
- ficarei com você! - ele abre a boca para falar, então seguro seu rosto com as duas mãos - ...sempre... - completo.
Vejo uma lágrima cair de seus olhos, e então o mesmo assente.
Ele dá dois tapas na lataria, e Demétria arranca com o carro e sai em alta velocidade.Meu coração se aperta em ver Athena se afastando de mim.
Voltamos para a grande casa, e assim o combate continua. Tendo ignorar os gritinhos de Athena dentro do carro, me recuso a olhar para trás. Isso não é uma despedida, eu me recuso a isso.
(...)
- Bruce - Felipe diz entre dentes.
- alfa, que honra em conhece-lo - ele ironiza.
- será uma grande honra explodir sua cabeça! - diz Xavier aparecendo com uma escopeta.
Onde ele consegue essas coisas?
E assim, ele atira.
- está brincando comigo ? - Felipe exclama furioso.
- shiu! - ele diz passando pelo mesmo e indo me abraçar.
- oiii! - retribuo.
- vamos logo! Isso ainda não acabou! - Felipe grita.
- realmente, ainda tenho que fazer uma coisinha - digo indo para a minha antiga cela.
(...)
- você é uma vergonha para a nossa família, sua vaca psicopata! - Felipe cospe as palavras na face de July, que tinha um olhar furioso repleto de lágrimas de ódio.
- eu só queria...- a interrompo.
- e eu quero sua cabeça, vadia! - digo lhe dando um golpe com meu soco inglês.
- Kat! - Felipe segura meu pulso - o conselho irá julga-la - ele diz sério.
July começa a chorar, quase que sinto dó. Mas é só quase mesmo, ainda quero matar ela.
- podem levar! - Felipe ordena para dois guardas que estavam conosco.
- acabou, não sobrou ninguém! - Alec diz aparecendo ofegante - esse lugar parece um labirinto com um cheiro absurdo de chulé! - ele se encosta na parede e deixa sua arma de lado.
- ótimo - digo passando a mão no cabelo - o inferno acabou.
- aleluia... - Alec bufa.
- obrigada pelo apoio, Alec - Felipe aperta sua mão.
- sempre as suas ordens, meu amigo - Alec sorri - ... não importa o quanto insuportável e certinho você seja... - ele ri.
- vai se catar - Felipe gargalha.
- vamos para casa? - pergunta Xavier aparecendo junto a Lu que se encontrava com um pequeno arranhão na testa.
Finalmente, acabou.
(...)
- senhora! - Maria corre na minha direção e me dá um abraço - fico tão feliz que está viva!
Sorrio, e então ela me avisa que Athena já estava de banho tomado, e cochilando em seu quarto. Assim que faço minhas higienes, vou ao seu encontro.
Tinha uma sensação estranha de estar aqui, fazia tempo que eu não andava por um ambiente amplo e limpo, fazia tempo que eu não sentia paz...A paz de estar em casa.
Ao abrir a porta, vejo Athena dormindo cansada e acima de tudo, tranquila e segura, agarrada em sua pelúcia.
- está segura...- Felipe diz aparecendo do meu lado com os cabelos molhados pelo fato de ter acabado de sair do banho.
- finalmente... - suspiro aliviada.
- ninguém nunca mais vai tocar nela - ele me olha como se estivesse fazendo uma promessa.
- nada disso foi sua culpa, Felipe... - falo olhando em seus olhos.
- sim. Você sabe que foi - ele fala com dor nas palavras - a segurança da minha alcatéia falhou, de novo...
- July tinha muitos contatos, ninguém jamais impediria ela de entrar... ela usou de vantagem por ser da família. Nada disso foi sua culpa, Felipe! - volto a insistir.
Ele me olha cansado, e então vamos para o nosso quarto, já que acordar Athena com todo esse falatório era algo que eu sem dúvidas, queria evitar.
(...)
- fico amargurado quando acontece isso, fico me perguntando se a segurança da nossa alcatéia é fraca - Felipe explica.
- não, mas dessa vez, os cretinos usaram dardos tranquilizantes... creio que deveríamos colocar vigias na cidade e dentro da floresta, e não só em volta da alcatéia - explico.
- tem razão.... agora, vamos dormir, estou cansado - ele boceja.
- eu também - me deito ao seu lado.
Felipe me aconchega em seus braços.
- é tão bom ter você aqui... - ele sussurra.
- eu nunca mais vou sair.
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Num dia chuvoso
WerewolfKatherine Alpine Weyland é uma jovem loba de 20 anos, se vê em uma situação a qual não tem volta. A jovem cujos pais morreram quando tinha apenas 10 anos, e a partir daí foi criada por uma tia cruel e maldosa. A menina sai dos cuidados da tia quando...