melancolia.

insônia.

e quando a noite chega
com seu brilho estrelado
e a lua está em seu ponto mais alto,
minha amiga,
a insônia,
toma-me em seus braços,
leva-me ao quarto,
mas mantém meus olhos abertos
e, na minha mente,
os piores pensamentos.
faz-me duvidar de meu cabedal
e da minha dada capacidade.
faz-me conversar com a lua e
querer dar uma volta pela cidade.
faz-me estar disposta a dançar sobre as estrelas
perante à escuridão que me acolhe
docemente,
pois a minha amiga ainda mente,
dizendo que
ter-me ao seu lado
noite a dentro
deixa-a contente.
e quando o sol nasce
para dar-me um oi,
a minha amiga já se foi.
e é aí que o sono vem me visitar;
logo após o sol,
é a sua vez de dizer olá
e cantar para eu dormir.
e voltar a passar o dia com demasiado sono,
após ter tido um curto sonho
sobre um mundo
onde eu consigo descansar
e a ansiedade não vem me visitar.

mais tarde,
ela estará aqui novamente,
como vem todos os dias.
arranca-me as alegrias
e as chances de aproveitar mais a minha vida.