Capítulo 8

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"Por tantas vezes meu olhar falou o que meu silêncio não disse. Aprendi que o amor tem preço de lágrimas e que as mais puras, são geradas pelos olhos de quem ama."

A minha história foi linda,mas não quer dizer que não passei por certas dificuldades até que o tempo feliz chegasse para mim. Desde que descobri que o amava, eu simplesmente o amei. Não retive meus sentimentos e não tive medo de demonstrar. Eu e ele nos tornamos grandes amigos e por isso eu nunca vi motivo para o privar de saber o que eu sentia. Mas ele não compartilhava do mesmo sentimento e deixou razoavelmente claro para mim. Continuamos nossas vidas sendo amigos. Sim, eu ainfa o amava se querem saber. Mas o fato de não existir a reciprocidade,  não me impedia de continuar o amando. Ele nem qie quissesse, poderia me obrigar a matar o qie eu sentia até porque ele sabia que era impossível.

Para mim era difícil ficar perto dele e ter vontade de o abraçar e não o fazer.  Às vezes quando conversavamos e ele me falava de coisas tristes que haviam acontecido, eu queria tanto enxugar suas lagrimas e deixa-lo reclinar a cabeça em meu ombro, mas eu não podia. Eu tentava de todas as maneiras evitar coisas assim pois pretendia esquecer o que sentia por ele.
Foi então que um dia conheci um rapaz chamado Aphonso. Ele era primo da minha amiga Gisele e fomls apresentados na festa de aniversário dela. Ele gostou muito de mim mas eu não havia percebido. Eu estava observando Heitor paquerar com uma loira magrela, que vivia no pé dele fazia tempo. Era a Catarina. Mas o Aphonso tentou puxar assunto durante toda festa. Ele não era de se jogar fora. Um moreno alto, olhos negros, o cabelo escorrido como o de um índio. Aliás ele parecia um índio, a família toda da Gisele deve ter ancestrais indígenas. Trocamos telefone,  e-mail, redes sociais e no decorrer dos dias ele manteve contato. Saímos para tomar sorvete, fomos ao cinema, shopping, parque de diversões. Fomos nos conhecendo. Ele admirava meus desenhos e me ajudava com ideias para melhora-los. Porém eu me sentia triste pois estava agindo com Aphonso da forma que Heitor agia comigo. Eu recebia todo carinho e atenção do Aphonso sem intenção de retribuir.

Uma tarde Aphonso chegou em.minha casa trazendo lindas rosas vermelhas. Quando abri a porta ele se colocou de joelhos e pediu para me namorar. Eu não o amava mas gostava muito dele e por isso decidi dar uma chance para nós.
O tempo passou depressa e quando percebi já estava prestes a completar 6 meses de namoro. Nesse dia o Heitor me ligou desesperado pedindo para me encontrar com urgência pois tinha algo sério pra me falar. Desde que começei namorar o Aphonso eu não falava mais com o Heitor. Não estávamos brigados mas eu o evitava. Mas aquela ligação me deixou preocupada e claro que fui encontra-lo. Marcamos na sorveteria da praça e chegamos quase que ao mesmo tempo. Nunca tinha o visto tão pálido e assustado. Ele segurou minha mão. E e me puxou para sentar ao lado dele. Então me disse:
- Olha, eu cometi um erro quando não dei valor aos seus sentimentos. Sinto tua falta todos os dias e já não suporto ver você com o Aphonso. Sei que já são 6 meses e eu deveria ter me acostumado,mas não dá!  Eu sou tipo uma criança desobediente e não aceito isso,Alice. Não acredito que não sintas nada por mim. Eu te chamei aqui para te ouvir dizer que não me ama e poder seguir com a minha vida. Mas se você não conseguir me falar isso, me perdoe mas eu vou lutar todos os dias por você porque eu te amo Alice.

"Naquele dia fez sentido a frase : Só valorizamos as coisas quando as perdemos. Mas para sorte minha e dele, eu ainda o amava"

AcordarWhere stories live. Discover now