Capítulo 27

6 0 0
                                    

POV: CAMILA

- Mila...- Disse o Miguel (?) ao me segurar quando estava prestes a cair no chão.

- Pai. - Disse me virando - Acho que estou tendo alucinações... -

Nesse momento meu pai também se virou e olhando no fundo dos olhos verdes do Miguel derramou uma solitária lágrima do seu olho esquerdo.

Foi então que eu percebi que o que estava acontecendo era real, ele está aqui, ele não morreu como pode.

Derrepe uma raiva subiu em mim e socando seu peito gritei:

- COMO VOCÊ PODE FAZER ISSO COM A GENTE! Miguel... EU sofri todos esses anos... E VOCÊ ESTAVA VIVO, debochamdo da nossa família o tempo todo... Como você pode Miguel.- Disse parando de falar e logo meu pai me abraçou e com os olhos úmidos de um sentimento de mágoa falou:

- Estamos esperando sua resposta Miguel.-

-Senti um carro batendo na traseira do meu carro e logo fomos arremessados para dentro do Rio.- falou e meu pai fez sinal para ele continuar.

- O lado do banco do carona onde você estava, estava em cima das rochas do acostamento, isso não permitiu que você caísse de cheio na água, porém você estava inconsciente. -

- Soltei meu cinto na tentativa de tirar o seu também e nadar contigo até um lugar seguro.-

- Mas quando eu soltei, a correnteza me puxou para fora do carro, eu tentei voltar até ele de todos os jeitos possíveis... Mas não deu, e a partir daí eu só sei oque foi contado pra mim...-

- O pescador que me achou, me disse que a correnteza me levou até às margens do rio e lá ele e a esposa que são pescadores nativos me tiraram da água, pelo menos foi isso que eles me contaram.-

-Fiquei esse tempo todo sem memória até que uns 8 meses atrás, como um relâmpago ela reapareceu e com ela o desejo de Justiça.-

-Consegui um empréstimo com o chefe da cooperativa onde o casal de pescadores trabalham.-

-Ele havia visto a minha foto no jornal e aceitou que eu só pagasse depois que voltasse para minha família.-

-Aluguei um Chalé e contratei alguns homens.-

- Então havia chegado a hora de por os meus planos em prática... Entrei em contato com a Val, a sua amiga -

- Por que a Val e não a sua família?- perguntou o meu pai.

- Eu não queria por ninguém em perigo, e como as pessoas a nossa volta não sabiam que eu e ela estávamos quase namorando na época do acidente ela não estaria sobre suspeita.-

- Contratei um detetive e ele descobriu oque havia acontecido em pouco tempo.-

- Nas duas fichas que estavam em minhas mãos havia os nomes Fernando e Catarina, seu namorado e minha mãe.-

- Não pude pensar em nada no momento, só em vingança. -

- Porém, não contra a minha mãe, ela pode ser oque for... Mais nunca vou conseguir fazer algo contra ela. -

- O Fernando já era aterrorizado sozinho, está sempre pedindo perdão a Deus também a você, passava a noite chorando muitas vezes, e as vezes quando dormia, ele acordava assustado após pesadelos. -

- Fiz algumas " aparições " - Ele disse nos mostrando fotos- E depois parei, eu fiquei com pena, ele estava arrependido de coração, de minha parte eu já havia o perdoado. -

- Mas não podia esquecer que você também estava no acidente, e ele deveria sim, pagar oque fez. -

- Pedi para o detetive entregar as provas para a delegacia e falar que só investigou o caso por curiosidade. -

- Quando o delegado interrogou as pessoas, ele viu que as provas eram verdadeiras e deu voz de prisão. -

- Mas porque você demorou tanto para aparecer ? - perguntei

-Medo-

- Medo? - Perguntei .

-Sim, medo de vocês não entenderem, medo de ser julgado... Medo de você não querer mais falar comigo Camila,medo. -

Apenas o abracei, logo meu pai se juntou a nós e nossas lágrimas se misturam em um só coração, um só sentimento, saudade.

- Miguel, essa é a Luci, minha mãe de coração e de sangue.-

- UE, como assim? - perguntou ele.

- Depois eu te explico...Vem ver nossos irmãos- Falei puxando ele para o segundo andar onde era o quarto dos gêmeos.

- Irmãos? - Ele perguntou.

- É, apenas veja eles, depois eu te explico o que aconteceu quando você estava fora. - Falei.

Entramos no quarto onde antes era o de hóspedes, e fomos em direção aos dois berços encostados na parede.

- Eles são lindos! - disse Miguel pegando o João no colo enquanto brincava com o Arthur no berço.

Ficamos lá até que os gêmeos dormiram e depois fomos até o quarto do Miguel que estava igual ele havia deixado a 2 anos atrás.

- Vou tomar banho, depois queria sair um pouco contigo para conversarmos lá no prédio... Nosso prédio. - Ele riu e eu concordei e sai do quarto.

Enquanto ele tomava banho liguei para a Lary, afinal eu tinha que contar a ela que o Miguelito estava vivo.

Ela não acreditou nem um pouco no começo, mas depois eu acho que caiu a ficha dela que eu não brincaria com isso, então ela passou a achar que eu estava maluca.

Quando o Miguel saiu do quarto, tirei uma foto dele e acho que ela acreditou dessa vez.

Montamos na bike e como nos velhos tempos e fomos até o prédio, todos os vizinhos que passavam por nós faziam cara de choque, todos gostavam do meu irmão e ficaram muito tristes com a sua "morte".

Subimos os degraus correndo e quando chegamos no último andar sentamos na janela que dava para a rua.

- Me conta, o que aconteceu enquanto eu estava "morto".-

- Bem... No primeiro ano de sua "morte" a Catarina enlouqueceu, pirou de vez, se tornou uma bêbada e drogada. -

- Isso se chama culpa. - Ele revirou os olhos.

- Meu pai aguentou firme até o começo desse ano, eles brincaram e ela foi embora.- Nesse mesmo dia eu conheci o Fernando, mas isso não vem ao caso agora. - Bem, aí meu pai começou a namorar a Luci, depois o AP dela pegou fogo, acho que isso é coisa da Catarina... - Um tempo depois ela ficou grávida, e no dia do jantar de comemoração, a Catarina chegou bêbada lá em casa e jogou na minha cara que eu era adotada... -

- Eu nunca soube disso, mas veja pelo lado positivo, você não é filha daquele monstro. - Falou o Miguel.

- Então, aí descobri que a Lary também estava grávida, e anteontem nasceu a Laura, e ontem os gêmeos o Arthur e o João Miguel, sim o João é em sua homenagem... -

- Sinto-me honrando - Falou ele com o sorriso no rosto.

- Idiota... Ontem eu descobri que a Luci é minha mãe de sangue, e que ela me fez no carnaval... Com o meu pai.-

- Lógico ... Com a mãe que não ia poder neh! - brincou Miguel.

- O idiota, tô falando do nosso pai, Jhordy! . - Falei rindo.

Conversarmos o resto do dia inteiro e vimos o pôr do sol juntos.

🍄🍄🍄🍄🍄🍄🍄🍄🍄🍄🍄🍄🍄🍄🍄🍄🍄🍄🍄🍄🍄🍄🍄🍄🍄🍄🍄🍄🍄🍄🍄🍄🍄🍄🍄🍄🍄🍄🍄🍄🍄🍄

Reta final gente... Só faltam 4 capítulos!

Bjs de luz








O Assassino Do Meu Irmão  Onde as histórias ganham vida. Descobre agora