O Harry tenta tocar á campainha, mas eu não estou nem ai para o que ele quer agora. Isto vai ser uma coisa importante, eu nunca apresentei ninguém aos meus pais, nunca tive um namorado, e não vai ser ele a falar com eles. Eu quero fazer isto, mas quero fazer isto bem.
-tem lá calma valentão.- as minhas mãos mexem-se no peito dele.
Vejo os olhos dele arregalarem-se, e sei exatamente o que ele está a pensar, ele acha que estou a mudar de ideias, quando não estou.
-Harry, eu quero que ele te conheçam, que te conheçam como eu conheço e não como o idiota chapado do início do ano, mas quero ser eu falar, por isso fica calado.
-isso vai ser cobardia, roubo-te a castidade e depois fico calado que nem um rato.- ele passa as mãos pelo cabelo.
-não me a roubas-te, se bem me lembro eu também quis aquilo.- a minha voz a subir algumas oitavas.
E antes que eu tenha controlo sobre o que ele está a fazer, o seu indicador está na campainha. O barulho grave a ouvir do outro lado da parede, e passos a vir em direção á porta.
A porta abre-se devagar e a minha mãe está á porta de robe e cabelo despenteado. Os seus olhos tão verdes, quanto eu me poderia lembrar, a sua pele pálida como a minha.
E antes que eu possa evitar estou agarrada a ela como um bebe chorão a soluçar. Pareço estranha a chorar sem ser por causa do Harry, mas tive tantas saudades da minha mãe, que parece que me arrancaram uma farpa do coração.
-oh Soph.- ela beija a minha bochecha.
-oh céus mãe, tinha tantas saudades.- Choramingo.
-e eu tuas meu amor.
E pela primeira vez ela parece notar a presença do Harry que nos observa com um interesse vivido, a minha cara molhada, vai da minha mãe para o Harry e vejo um sorriso a formar-se nos lábios dela. Mesmo depois de ele ter sido mal-educado com ela, ela ainda consegue sorrir para ele.
-havia qualquer coisa que me dizia que não virias sozinha.- ele abraça-me de novo.
Olho para o Harry, e ele está a olhar para mim com um brilho apaixonado nos olhos e não consigo, não retribuir.
-mãe, este é o Harry o meu...- as palavras param na minha boca.
-sou o namorado.- ele termina, fazendo a sua voz rouca chegar ao interior de casa, onde um Teddy rabugento passa com um copo de leite.
A minha avança até ao Harry e abraça-o.
-Anne.- ela diz quando o larga.
-Harry.- ele diz.
-entrem por favor.- a minha mãe puxa-nos para dentro.
O apartamento é enorme e espaçoso, tem janelas enormes com uma vista para o central park maravilhosa. A sala e a cozinha estão abertas tal como o apartamento do Harry. As paredes são pintadas de branco sujo, e os sofás são de uma cor creme. Todo o Chão é em madeira, e depois da sala á um corredor com cinco portas o que eu suponho serem os quartos e a casa de banho.
A minha mãe senta-nos no sofá, e promete voltar em dois minutos com bolachas e leite, o que agrada ao meu estomago.
-a tua mãe é simpática, és parecida com ela.- Ela beija a minha bochecha.
-ambas não acreditamos na tua falsa fachada de homem durão?- gozo.
-um dia destes mostro-te o quão durão posso ser.- Ele sussurra no meu ouvido.
-estarei á espera.- Riu.
Uma porta bate, e tanto ele como eu olhamos para trás, para ver o meu pai no seu fato azul escuros e cabelo revolto. Salto do sofá e corro para ele. Ele abre os braços e dá-me um abraço tao apertado que quase me esmaga.
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Vision 1 - The Judged
FanfictionHarry está ligado a um passado destrutivo, algo que não o afeta diretamente mas que ele sente necessidade de relembrar, como uma nota pessoal do quão culpado ele pode ser. Sophia está ligada ao futuro pela raiz, com medo do que pode acontecer a cada...