- Anda Rico, abre aqui pra mim. Preciso pegar minha mala. - tirei a chave da ignição, fechei a porta e fiz o que ela havia me pedido. Fechei a porta dela que tinha ficado aberta e voltando para perto, vi quando tirou uma bolsa menor de dentro da mala. Sei que as mulheres tem um nome para aquela peça, mas de verdade, não faço a mínima ideia de qual é. Perguntei se era só aquilo e ela acenou que sim, subindo as escadas para o segundo andar onde estava localizada a suíte. Tranquei o carro e subi logo atrás dela.

Assim que entrei soltei um assobio. O lugar era lindo, com as paredes em branco e toda decorada em detalhes japoneses nas cores preto e dourada. Olhei ao redor e notei sofás em um tom de roxo com uma pequena mesa em pedra preta e puff também negro. Havia um deck enorme de madeira, com duas espreguiçadeiras e no final uma banheira de hidromassagem onde haviam velas acessas e espalhadas ao redor. A cama enorme possuía como cabeceira um biombo japonês e o fundo todo pintado em vermelho e preto com as luzes embutidas na parede. Chamei por Malu, pois não estava vendo-a em nenhum lugar. Nisso uma porta preta se abriu e ela colocou só a cabeça para fora me dizendo que já sairia.

Sentei em um dos sofás roxos e tirei meus sapatos. Eu adoro ficar descalço. Deitei a cabeça no encosto do sofá e fechei os olhos me lembrando do que havíamos feito no aeroporto. Como era delicioso sentir o corpo dela, me enterrar naquela maciez que era sua boceta e ficar por ali.

Ouvi um barulho na portinha giratória, mas não abri os olhos. Senti o perfume da Malu de uma forma mais intensa e também sua movimentação ao meu redor, só que ainda não queria me mover. Ouvi barulhos de coisas sendo colocadas na mesa e senti o corpo dela perto do meu, seus dedos delicados passando por meu rosto. Ainda de olhos fechados peguei sua mão e beijei seu pulso. Sua respiração ficou ofegante.

Abri meus olhos devagar e quando foquei nela meu sorriso foi se abrindo lentamente. Ela estava linda com um vestido japonês de cetim preto estampado de flores vermelhas, cuja fenda vinha até o meio das suas coxas. Nos olhos uma maquiagem muito carregada em preto e simplesmente nada na boca. Aqueles olhos castanhos lindos olhando fundo dentro dos meus. Perdi-me ali. Mas na verdade acho que já tinha me perdido antes. Ali me achei e percebi o que tanto tentava negar. Eu estava realmente apaixonado por aquela garota. Apaixonado de uma forma que nunca estive antes.

Malu continuou me olhando e sorrindo. Quebrou o contato visual e se inclinou para a mesa.

- Pedi para que quando entrássemos nos fosse servido comida japonesa porque estaríamos com fome. Não sei se você gosta...

- Nunca experimentei linda, mas sempre há uma primeira vez, certo?

Malu pegou um dos rolinhos e colocou na minha boca. Aquilo era uma delícia. Comemos com entusiasmo, rindo, brincando, ambos nos servindo, um colocando comida na boca do outro com as mãos. Havia também uma garrafa de saquê que tomamos em pequenos goles.

Cada vez que olhava para Malu o desejo de tê-la fazia meu corpo acordar de tal maneira que me deixava louco. Puxei-a para meu colo, queria ficar o mais próximo que fosse possível. Ela sentou-se de frente para mim, com as coxas ao redor das minhas. Fui sugado pelo seus olhos.

Segurando sua nuca trouxe-a mais para perto e me deliciei naquela boca. Louco, quente, selvagem, desesperado. Queria passar todos os sentimentos que nasciam por ela ali, naquele beijo. Malu não me decepcionou e correspondeu à altura. Colou mais ainda seu corpo ao meu. Aquele vestido justo subindo por suas coxas, a deixando desnuda. Minhas mãos corriam por ali, apertando com força e terminando de subir o vestido até sua cintura.

Malu segurou minhas mãos, me parando e mesmo sem fôlego, sorriu contra a minha boca.

- Espera garotão. Quer ver minha surpresa? - ela me perguntou, saindo do meu colo e se colocando de pé entre as minhas pernas. Olhei para ela sem saber o que dizer e somente assenti com a cabeça.

Puro PecadoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora