Capítulo 3

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(PROIBIDO PARA MENORES)

Então pessoal, o capitulo de hoje está curtinho mas prometo que antes da sexta que vem solto um bonus no meio da semana!

Votem, comentem!

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Aguardava ansioso a resposta.

Malu lança um olhar para a amiga e me dá um sorriso maravilhoso, aquele que sempre era oferecido a outros e nunca pra mim. Obrigado, Deus! Elas iriam comigo.

Destravei as portas para elas entrarem e meu sorriso, que já estava a um tempo pregado no rosto, aumentou ainda mais assim que vi como elas entraram. Malu se sentou no banco do passageiro ao meu lado e sua amiga se sentou atrás, junto ao Celo. No mesmo instante um delicioso perfume almiscarado, sensual e ao mesmo tempo leve e fresco, invade meu carro e meu corpo responde na hora: minha pele arrepia e meu pau começa a dar sinal de vida.

Não perdi tempo e fui logo me aproximando, estendendo as mãos a ela:

- Ainda não fomos apresentados direito. Eu sou o Henrique, prazer. E você é a Malu, certo?!

Ela estende suas mãos e aperta a minha. Um aperto firme de uma mão macia e delicada. Porém com unhas longas pintadas em um tom de vermelho sangue.

- Maria Luiza na verdade, Rico. Mas da mesma forma que você, todos me conhecem pelo apelido.

Nisso ela se aproxima e aquele cheiro sedutor me envolve. Ela, olhando nos meus olhos fica cada vez mais próxima até encostar os lábios em minha bochecha. Fiquei tão atordoado que perdi a direção. Se estivéssemos sozinhos eu a teria agarrado ali mesmo e mandado os cuidados às favas.

- E vocês estavam indo pra onde, Malu? Deixo vocês onde quiserem...

Recebi novamente aquele sorriso matador. Meu Deus. Hoje eu estava mesmo perdido. Cada vez que ela sorria pra mim meu pau se agitava. Essa carona ia ser longa.

- Estávamos indo pra casa da Camila. - Ela me respondeu, apontando para a amiga.

Nisso o Marcelo diz:

- Ah, vamos parar para comer alguma coisa? Estou morrendo de fome, gente. Vocês se importam meninas?

- Ótimo, então. Conheço um trailer[i] aqui perto onde o fazem um sanduiche muito bom - falei a elas.

Fomos conversando como se fossemos amigos antigos. As duas eram inteligentes e tinham um papo agradável. A conversa fluía e chegamos até o trailer dando risadas dentro do carro.

Assim que parei o carro e descemos, fui para perto da Malu. Precisava saber mais coisas sobre ela, conhecê-la melhor. Marcelo já foi logo chamando pelo Dinho. Desde que fomos lá a primeira vez, ele já trabalhava ali. Depois descobrimos que ele era o dono. Seu trailer era a nossa parada constante quando a fome apertava. Como lá funcionava até às sete da manhã, sempre que voltávamos do Bodocó ou de qualquer balada lá parávamos pra comer. Ele era um senhor já com seus cabelos grisalhos. Moreno, deveria ter uns cinquenta e poucos anos.

- Oh se não são meus clientes mais fieis, Rico e Celo. Opa! Maluzinha? Mila? O que vocês tão fazendo com esses dois bobões? - Era brincadeira né?! Até o Dinho conhecia a Malu? Tive todas as minhas respostas quando elas abraçaram o Dinho e Camila disse:

- Ei tio! Fomos ao Bodocó comemorar o aniversário do João. Os meninos vão nos deixar lá em casa e passamos aqui pra comer antes de ir. O Marcelo está reclamando que está com fome.

- Foi aniversário daquele mala do seu primo, Maluzinha? Avisa para aquele babaca que ele me deixou com uma tremenda dor de cabeça depois da última vez que veio aqui. A menina agora bate ponto aqui todo dia imaginando que ele vai aparecer. - E soltou uma gargalhada alta. O João era primo dela? Isso explicava muita coisa agora. - E vocês meus meninos? Vão querer o de sempre? Vocês vão querer comer também, garotas?

Marcelo e eu concordamos. E as meninas fizeram seus pedidos.

- Eu quero um americano tio. E você, Malu?

- Eu quero um egg-bacon, Tidinho.

- Oh, só vou avisar pra vocês duas. Cuidado com esses dois aí, tá? Não são flor que se cheire, não.

Nisso, o Dinho foi pedir pro chapista fazer nossos sanduiches. Celo engatou um papo com a Camila e eu voltei a conversar com a Malu.

- Então, você é a garota misteriosa que me ligou? Fiquei curioso... Como conseguiu meu telefone?

- Eu tenho meus meios, Rico. E não vou te contar. Não posso te entregar os subterfúgios que uso para descobrir o que eu quero - e me deu uma piscadela.

Essa mulher era uma provocadora com certeza. Minha ereção que nesse momento já estava furiosa, me incomodando e marcando minha calça, não dava trégua. Eu tenho que me controlar perto dela.

Continuamos conversando e descobri que ela tinha dezenove anos e fazia o terceiro semestre de economia na PUC, pois assim que tinha se formado no ensino médio havia passado no vestibular. Contei a ela que havia trancado minha matrícula em comunicação também na PUC e ela me incentivou a voltar a estudar. Disse-me que era filha única e que seu maior desejo era passar na prova do Itamaraty e ser diplomata. Ela era ambiciosa. Disse-me também que ainda não trabalhava, mas que estava pensando em começar o estágio no próximo período. Já eu, disse que trabalhava no banco, mas que queria mesmo era terminar minha faculdade e trabalhar efetivamente como publicitário, pois era isso que eu amava. Contei também que tinha vinte e três anos e que na minha casa éramos somente eu, Celo e nossos pais.

Terminamos de comer e as deixamos na casa da Camila. Malu e eu combinamos que eu ligaria para ela na segunda e combinaríamos algo. Despedimos-nos com um aperto de mão e beijos no rosto. Marcelo tomou o lugar onde ela estava e assim que eu arranquei o carro começou a tagarelar. Que Deus me dê paciência. Eu ainda querendo curtir os últimos momentos com ela. Tentando manter na memória sua voz e suas palavras e esse garoto não parava de falar.

- Num te falei? A Malu é incrível, né?! Inteligente, extrovertida, além de linda. Pena que você a monopolizou a noite toda e nem nos deixou entrar na conversa de vocês. Cara, ela não é dessas aí que você pega no bar e fica com ela uma noite só ou até quando te convém e depois você joga fora. A Malu é material de namoro. É daquelas garotas que você leva pra casa, se apresenta a seus pais e apresenta pro seus pais...

Ia começar de novo o sermão do irmão mais novo. Mas hoje eu não queria briga. Minha noite tinha sido muito boa pra terminá-la brigando com o Celo. O que mais queria era chegar em casa e tomar um banho, gelado por sinal. Resolvi me desligar daquilo e me concentrar em dirigir. Nossa casa não era muito longe de onde a havíamos deixado. Tanto que em menos de quinze minutos havíamos chegado.

Fui pro meu quarto, só para pegar uma roupa. Não poderia dormir do jeito que estava. O banho tinha que ser urgente e frio!

Depois do banho só queria minha cama para dormir. Dormir e sonhar com aqueles lindos olhos que sempre me acompanhavam pela madrugada afora.

[i] Carro de reboque usado para comércio de lanches.

Puro PecadoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora