Capitulo 2

6.2K 196 13
                                    

(PROIBIDO para menores)

Antes de postar o capítulo gostaria muito de agradecer a todos que leram, votaram e comentaram até o momento. Não imaginei que em uma semana teria tantas leituras assim.

No mais é isso. Quem gostar vote e comente. E vamos ao capítulo. Beijos!

****************************************************************************

No dia seguinte, assim que chego ao banco Carlos já está sentado na minha mesa me esperando.

- Cara! Eu ainda não acredito. Confirma pra mim: você pegou a gostosa marrenta?

Dei uma risada marota. É claro que essa seria a primeira pergunta. Todos nos viram sair juntos do Chinês ontem. Sei que a Gabi não gostou muito, mas nunca havia prometido nada a ela, quanto mais, amor eterno.

- Ah Carlos. Só te digo uma coisa. De marrenta ela num tem nada.

- Rico você é meu herói! E vão se ver de novo?

- O que você acha?

Ainda ficamos algum tempo papeando, até que o gerente-geral passou nos cumprimentando:

- Henrique! Carlos! Bom dia!

Voltamos rapidamente para nossos afazeres. Eu e minhas análises para cadastro, Carlos e seus clientes desesperados.

******************************************

Já se passaram duas semanas e não a vi novamente.

Ela não voltou ao bar. Nem mesmo o Marcelo tinha notícias. E claro, não queria ficar perguntando pra ele. Nem o nome dela eu tinha perguntado. Imagina se ia dar bandeira pra saber o motivo do sumiço?

Durante toda a semana anterior o ouvi falando sobre ela: como era linda, educada, amável, engraçada... Até que pedi pra ele calar a boca porque já tava de saco cheio do mesmo assunto. Não podia dizer que sonhava com ela e com aqueles olhos.

Ainda não tinha conseguido retornar à minha rotina de antigamente, e nem teria como. Aquela menina ainda estava dentro da minha cabeça. As mulheres me cantavam, eu flertava de volta, mas era um ato mecânico, no automático. Só agia assim porque sabia que era isso que me rendia gorjetas altas. E sinceramente, precisava da grana. E por causa dela no fim da noite ia sempre direto para casa.

A única coisa diferente é que estava me divertindo com a Shirley. Claro que não estávamos namorando. Encontrávamos-nos de vez em quando para conversar e beber, e algumas vezes a noite acabava em uma esticadinha até um motel. Quem diria que aquela mulher calma, tranquila e serene se transformava em outra, se mostrando uma louca na cama.

Eu não queria um compromisso. Não sou avesso a ele, entendam. O problema é a minha rotina. Dois trabalhos cansam qualquer um. E um compromisso exige dedicação. O que não poderia oferecer neste momento. A minha sorte era que a Shirley também não estava à procura de um namorado. Ela estava saindo de um relacionamento de vários anos com um babaca, só queria diversão. Pra mim? Isso era o ideal. Nada de cobranças, nada de ciúmes. Éramos livres.

Como não sou bobo nem nada e já planejando uma esticada bem quente depois, chamei a Shirley pra ir ao Bodocó assistir a Satisfaction, a banda de pop rock. E como nada na minha vida é perfeito, foi o sábado que a menina escolheu para retornar ao bar.

Dessa vez, mesmo tendo conversado bastante com o Marcelo, ela ficou me encarando.

A Shirley estava no balcão, próximo de onde eu estava servindo e a cada vez que dávamos um selinho, a menina levantava a sobrancelha pra mim; interrogando-me silenciosamente. Aqueles olhos que me perseguiam nos meus sonhos agora estavam ali, me encarando de maneira curiosa e também raivosa.

Puro PecadoWhere stories live. Discover now