Capitulo 26 - Algumas preocupações

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O dia passou, digamos normalmente, com algumas bocas da Ana, mas tudo se aguenta, ir á universidade começa a ser cada vez mais esgotante, pior quando tenho de aturar pessoas da laia da Ana, mas tudo se aguenta.

Como o treinador pediu quando cheguei entreguei as minhas análises no sitio combinado, eu estava com medo que me descobrissem mas espero que o plano corra como o esperado.

Os minutos mas dolorosos do dia, foram aqueles em que já estava equipada e juntos das minhas colegas de equipa esperávamos pelo treinador, todas queríamos saber o resultado das análises. Bastava uma acusar algo fora do normal que éramos eliminadas do torneio.

Ao fim de alguns minutos o treinador chegou e o nervosismo era visível na cara de todas nós.

-Tenho uma noticia para todas! – O treinador sorriu e algo me dia que ia ouvir sermão, é aquele sorrisinho de cabrão. – As análises estão todas dentro dos resultados esperados. – Nesse momento todas nos libertamos um suspiro, comecei a duvidar se era a única a falsificar as análises. – Vá meninas, vamos para o campo! – Ele bateu mal, como se isso nos fizesse andar mais depressa.

Começaram todas a sair a correr, afinal as palmas funcionavam. O sorriso estado na cara da Jacinta que ficou para traz na tentativa de comentar algo comigo foi esquecida quando o treinador me agarrou pelo braço e me puxou para traz.

-Bella! – Ele disse sério.

-Sim!? Passa-se alguma coisa? – Perguntei alarmada mas disfarcei.

-As tuas análises acusaram um pouco de sangue. Aconselharam-te a ires ao médico. – Ele fez uma pausa para pensar no que ia dizer a seguir, provavelmente. – Mas não te preocupes! Não deve ser nada de especial, nas raparigas é normal.

O meu coração ficou apertado, um nó na minha garganta se formou e as lágrimas queriam sair dos meus olhos contra a minha vontade.

-Bella? Calma. É só preciso ires ao médico, não deve ser anda de grave!

-Posso não ir ao treino hoje? Eu não me estou a sentir muito bem.

-Claro! Vai e descansa para sábado! – Ele sorriu, agora com pena e fez-me uma festinha no braço como quem diz “vai ficar tudo bem”.

Saí do balneário equipada, o meu cérebro tinha dado nó por completo.

O Louis não pode ter nada de grave, ele não pode estar doente, eu preciso dele. O meu coração não vai aguentar, muito menos a minha cabeça. Eu iria perder todo o meu tempo para estar com ele para puder dizer que estive com ele nos piores e nos melhores momentos. Sei que não se deve pensar logo no pior, mas desde novas que tenho esse hábito, assim quando as coisas correm bem fico feliz e não desiludida.

Dei por mim em frente à casa do Louis, achei que ele não estava em casa, por isso saltei o muro e fiquei sentada no jardim dele.

Ao fim de alguns minutos apercebi-me que ele afinal estava em casa, Estava a cantar, conheço a sua voz de anjo a quilómetros de distância.

-Louis! – Berrei de baixo da varanda. – Lou! – Olhei para cima à espera que ele aparecesse.

-Bella? O que estás aí a fazer? – Ele apareceu ao fim de pouco tempo. – Não era mas fácil tocar à campainha?

-Sabes que nunca vais ter uma namorada normal...

Ele veio abrir a porta das traseiras para eu puder entrar em casa.

-Olá namorada linda do meu coração! – Ele agarrou-me pela cintura e beijou-me. “Só posso ter mel” pensei para comigo. Acabei pró retribuir o gesto e abracei-o fortemente. – Então amor? – Entretanto comecei a chorar.

-Precisamos de falar! . Disse calma enquanto limpava as lágrimas. Ele ainda não me tinha largado mas tinhas aumentado a distância entre nós.

Levei-o para o quarto lentamente, pois precisava de um pouco de tempo para organizar as ideias na minha cabeça e encontrar uma forma de dizer aquilo ao Louis de maneira a que ele me ouvisse com ouvidos de ouvir.

-Lou…

-Sim? – Ele sorriu.

-Senta-te!

-Estás grávida!? – Ele perguntou antes de se sentar.

-Não! – Ri com o seu instinto.

-Então? – Ele perguntou mais calmo.

-Vá, amor… Nas análises, eles disseram que a tua urina tem sangue. – Fiquei quieta enquanto estava de pé à frente dele, as suas mãos estavam ainda na minha cintura.

-Oh! Isso foi tudo analisado à pressa…

-É melhor ires ao médico, não inventes.

-Quando tiver tempo vou lá! – Ele puxou-me para a cama.

-Promete-me que vais mesmo!

-Prometo! – Ele sorriu e beijou-me.

Fiquei a pensar que ele não me levou a sério nem por um segundo.

Desculpem a demora e os erros, espero que gostem... Beijo 

THE PLAYERWhere stories live. Discover now