Capítulo 10 - A Mensagem

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Está mesmo provado que nem sempre a vida decorre conforme o planeado, pensei que hoje estivesse a acordar com o Louis do meu lado, mas a única coisa que estava ao meu lado é o meu telemóvel desligado.

-Já são sete e dez! Acorda! – A minha mãe acorda-me todos os dias da mesma forma, porém mente-me sempre em relação às horas.

-Bom dia. – Respondi mas ela já ia no corredor.

Mesmo que já fossem as horas que a minha mãe disse estava-me bem a cagar para isso, permaneci deitada e liguei o telemóvel, antes de marcar o PIN consegui ver as horas, ainda não são sete. Digitei o PIN, enquanto o telemóvel reiniciava e verificava tudo, levantei-me vesti-me, vi se tinha tudo na mochila, penteei o cabelo e coloquei uns brincos. Peguei no telemóvel e tinha uma mensagem.

O meu coração disparou, eu não sei se quero saber o que esta na mensagem, nem sei de quem é, mas tem de ser do Louis. Abro? Não abro? Abro? Não abro?

-Abro!

-BELLA! Vem comer, olha que perdes o autocarro! – Não cheguei a carregar no icon que me permitia ver a mensagem tão esperada, tive de me ir calçar à pressa e fui para a cozinha, o meu pai já tinha saído (o que achei estranho), não larguei o telemóvel enquanto comia e ia verificando as horas para não ter de ir a pé para a universidade.

-Mãe, dá-me uma garrafa de água e umas bolachas!

-Está tudo bem?

-Sim, até parece que não levo estas coisas todos os dias! – Fiz uma cara de enjoada.

-Levas sim, mas o teu tom de voz…

-Deixa o meu tom de voz, acabei de acordar, é normal.

-Pronto está bem.

-Eu vou ajudar a avó a limpar a casa, hoje o avô foi à pesca com os amigos!

-Boa vida… Os reformados de hoje em dia é que curtem a vida! – Disse com a boca cheia e a minha mãe riu-se.

-Vá vou andando! – A minha mãe aproxima-se e dá-me um beijo na testa.

-Até logo!

Acabei o pequeno-almoço, coloquei as coisas que pedi à minha mãe na mochila e voltei a sentar-me à mesa onde estive a comer.

-É agora! – Sorri para o telemóvel ao carregar no botão para desbloquear o visor. – Merda, vou perder o autocarro. – Faltavam 2 minutos para o autocarro passar, peguei na mochila e saí de casa a correr, felizmente  consegui chegar a tempo.

Definitivamente hoje é um dia mau, quem é que estava no autocarro?

O AFONSO!

Felizmente ele ia acompanhado por um rapaz que eu nunca tinha visto, mas não me importava desse feliz momento já ter acontecido, pois o rapaz é muito bonito, mas o Afonso é mais, mas devido ao seu nível de estupidez o desconhecido torna-se mais bonito.

Não me sentei no autocarro, a viagem é pequena, mas a pé torna-se mais cansativa e demorada, quando o autocarro parou para as pessoas saírem, sinto um toque no meu ombro.

-Bom dia Bella! – Disse o Afonso.

-Bom dia! – Disse enquanto olhava o seu amigo de alto a baixo, “belas mãos”. – Eu tenho de ir andando!

-Mas…

-A Jacinta está à minha espera! – Quase que gritei por já me estar a afastar. MERDA, ainda não li a mensagem, o meu cérebro começou a pensar.

Tentei tirar o telemóvel do bolso enquanto caminhava mas fui contra alguém.

-Desculpa, desculpa, desculpa! – Disse a rapariga muito aflita, reparei nisso devido ao seus movimentos com as mãos, pois eu ainda estava a tentar tirar o telemóvel, acho que vou desistir de usar calças justas.

THE PLAYERWhere stories live. Discover now