DEGUSTAÇÃO - Terror no Subúrbio Carioca

Capítulo IV (11:00 / 12:00)

No capítulo anterior:

– Na Assembleia continuam os preparativos para a inauguração;

– Os detetives Jeferson e Ivan estão na escola para tentar encontrar o comprador da arma;

– Mãe e filha ficam preocupadas com a menina desaparecida e tentam contato com o pai dela;

Os eventos a seguir ocorrem simultaneamente entre 11:00 e 12:00 h.

O bairro de Irajá é extenso e, apesar de projetado para residências populares, alguns trechos foram ocupados por uma parcela da sociedade classes B e C. Conforme a necessidade crescente, de oferecer maior conforto aos nativos da região, uma área comercial foi-se instalando naturalmente no centro do bairro, oferecendo a comodidade de resolver os problemas próximos de casa. Assim, bancos, escritórios de contabilidade, papelarias, lan-houses, são alguns dos serviços que podem ser encontrados nesses centros.

– Bom dia, Centro Comercial de Contabilidade, Silvana falando, pois não?

– Bom dia, eu gostaria de falar com o Sr. Ramalho.

– No momento ele não se encontra, quem deseja?

– É Camila, sabe me informar a que horas eu posso encontrá-lo aí?

– Camila, ele saiu para almoçar, deve retornar às 13:00 h, não consegue contato pelo celular?

– Não, está dando fora de área.

– Quer deixar recado?

– Por favor, diga que eu liguei e preciso falar com urgência, para ele ligar para casa.

– Pode deixar.

– Obrigada.

– De nada, bom dia.

– Bom dia. – Camila desliga o telefone – Mãe, ele saiu pra almoçar.

– Está cedo para almoço, não acha?

– Vou tentar falar com o Jeff. – Camila ignora a mãe e torna a usar o telefone – Alô, amor?

– Oi, amor. Novidades?

– Não, e aí? Olha, a minha mãe avisou que ela ia dormir na casa da amiga Karina, são colegas de turma.

– Tá bem, vou ver aqui, depois te ligo. Beijos.

Na escola Malba Tahan o supervisor Vinícius está olhando o retrato-falado mas também não consegue identificar o rosto.

– Não, não, sinto muito. – o supervisor coloca o retrato em cima da mesa da diretora.

– Tudo bem, obrigado. – Jeferson aperta a mão dele pra se despedir, mas o segura um momento – Você sabe me dizer em que turma a aluna Lúcia Helena estuda, acho que ela está na oitava série?

– É desse horário?

– Sim, ela estuda de manhã.

– Só pode ser na turma 801. Temos uma turma de oitava na parte da manhã e duas à tarde.

– Pode me levar lá? Preciso falar com uma de suas amigas.

– Isso não irá assustar os alunos? – Vinicius olha para a diretora Carmem esperando ser autorizado.

– Não tem problema Vinicius, leve os agentes até lá.

– Não, sra. Diretora, talvez ele tenha razão. ­– Jeferson muda de ideia – Poderia chamar a aluna Karina aqui? O que tenho que falar com ela não levará 5 minutos.