Capítulo V

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Raphael**

O quê? Ela desligou? Porra de mulher mais complicada, nunca nenhuma mulher testou meus limites como Helena. Juro que minha vontade agora é deita-la em meu colo e surrar aquela bunda gostosa até deixa-la toda vermelha, meu sangue ferve só de pensar nela dirigindo nervosa desse jeito. Perco completamente o raciocínio e acabo desmarcando mais uma reunião; era a segunda só hoje. Eu preciso ir até sua casa. Ela estava chorando, minha morena estava chorando por minha culpa. Pego o caminho até sua casa preocupado com o seu estado, atravesso a cidade como um foguete ignorando alguns sinais fechados, quase atropelo um cachorro e tenho quase certeza que recebi uma multa por excesso de velocidade. Chego em frente à sua casa e vejo seu carro parado na rampa da garagem, quando me aproximo a vejo imóvel lá dentro com a cabeça baixa encostada no volante, bato levemente no vidro e ela se assusta ao me ver, abro a porta e pego em sua mão ajudando-a a descer do carro, ela estava com os olhos marejados, a expressão cansada e triste. Só o fato de toca-la elevou meu humor em duzentos por cento.

–Helena... É difícil te ver chorar e não poder fazer nada!

–Não posso evitar, não sei esconder meus sentimentos!

Tudo bem! Aceito a indireta, levo ela até a porta de entrada e abro dando passagem pra ela passar, depois de largar a bolsa no sofá, se vira meio arrependida por ter me deixado entrar.

–Quer beber alguma coisa?

–Não obrigado!

Ela suspira e só agora percebo o quanto está pálida e fria, seguro sua mão delicada e chamo pra sentar um pouco. Quero abraça-la, coloca-la em meu colo, beijar sua boca linda sentir seu cheiro novamente, mas me limito apenas a admirar sua beleza frágil.

–Comeu alguma coisa hoje?

–Ainda não!

–Precisa se alimentar bem ou vai adoecer morena!

Ela sorriu ao ouvir seu apelido, ela adora quando a chamo assim e isso me faz ter um pensamento indecente. Se contenha Raphael, não é hora pra isso! Levantei e fui até a cozinha pegar um copo de leite, um instinto protetor se apodera de mim e logo me vem a certeza de que sou capaz de desarmar o exercito Taliban sozinho.

–Beba!

Ela me olha como se fosse uma criança que "aprontou algo", os verdes de seus olhos ficaram mais escuros e o narizinho está vermelho pelo choro. Caralho, que mulher tão linda! Eu preciso estar dentro dela novamente, meu sangue ferve bombeando lava quente para o meu amiguinho afoito, ajoelho em frente a ela segurando o copo forçando-a a tomar o leite todo.

–Não quero mais!

–Quer parar de ser teimosa? Quer ficar doente?

–E você quer parar de ser mandão?

Bufei alto já no limite da paciência, duas boas palmadas resolveria a questão, mas me contive. Eu sei que sou controlador demais, mas ela também não facilita.

–Amanhã venho te buscar para a gente passear um pouco!

–Deveria me perguntar se eu quero ir não acha?

–Não parece em condições de cuidar de si mesma, até agora não comeu nada e dá para notar que não dormiu direito.

Foi sua vez de bufar e revirar os olhos com a minha arrogância. Sim, sou arrogante, pretencioso e controlador, mas estou certo nesse ponto não estou?

–É só um passeio Helena, nada demais, não vou sequestrar você!

Até que a ideia não era ruim, mas tenho que arrumar uma maneira de me aproximar de novo e leva-la de volta para o meu apartamento, de onde ela não deveria ter saído.

O ContratoWhere stories live. Discover now