36. - O ATAQUE FINAL

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Já era mais de meia-noite quando tambores começaram a tocar, todos os elfos das barracas ficaram alvoroçados, demorei para perceber que esse era o sinal de que os elfos negros voltaram a atacar.

Segui os reis, indo em direção ao campo de batalha, a primeira coisa que vi foram vários elfos serem massacrados, os demônios estavam mais rápido, fortes e impiedosos, bolas de fogo eram jogadas, furacões envolviam elfos, raízes venenosas com espinhos surgiam do chão e abraçavam os elfos mais próximos.

Era a hora de colocar o meu plano em prática, o plano de Tyrondy era muito complexo, peguei algumas ideias dele e fiz meu próprio plano, as chances de dar errado eram grandes, mas a chance de dar certo seria maior.

A quantidade de elfos no campo era maior que no dia anterior, estava tudo iluminado, descobri há apenas algumas horas que com um simples encanto o cristal do seu pescoço poderia brilhar, saber disso antes poderia ter facilitado nossas vidas.

O fato de haver muitos elfos negros fora da cripta era bom, significa que lá dentro havia menos, o que era muito bom para mim, já que iria entrar no meio do ninho da vespa e matar a sua rainha, ou rei, no nosso caso.

Corri seguida por meus amigos em direção a cripta, vezes ou outra, matava um demônio, apenas quando cruzava meu caminho, não queria gastar energia, sentia que precisaria de tudo de mim e mais um pouco para derrotar Furiam.

Quando chegamos a cripta, ela estava vazia para nossa sorte, minha intuição me dizia que o responsável por isso era Furiam, ele queria que chegássemos até ele, queria me destruir com suas próprias mãos.

sabia que ele esperava que nós fossemos até ele, sabia que eu iria tentar concertar meu erro. Furiam estava certo, estava fazendo exatamente o que era esperado que fizesse. Não teríamos o elemento surpresa, estávamos totalmente em desvantagem.

Descemos correndo os degraus, graças a nossos colares estava bem iluminado, eu me sentia um pouco burra por não ter descoberto o que o cristal fazia antes de tudo acontecer.

Uma elfa parou na nossa frente, com uma bola de fogo na mão, antes que ela fizesse alguma coisa, cravei minha espada em seu coração. Ela caiu morta, sangue negro pingava da minha lâmina. Guardei a espada e peguei o arco, seria mais fácil matar os elfos longe, do que esperar eles se aproximarem.

— Antes de mais nada, Krys, se eu derrotar Furiam, você namora comigo? — Disse Will enquanto eu tentava passar pelo corpo sem pisá-lo.

— O QUÊ? — Perguntei incrédula, pensei que ele estivesse brincando, mas não havia um traço sequer de humor no seu rosto. — Sim!? — Disse sem pensar, seria estranho pensar em Will namorando, me namorando.

No fundo eu queria isso, queria ter dito o que sinto antes do ataque começar, mas não tive coragem, caso saíssemos vivos, seria mais fácil de começar uma relação sem me constranger em revelar o que sinto logo de cara.

Will sorriu e deu uma piscadinha, se fosse num dia normal, e não numa guerra. Talvez se estivéssemos num piquenique num lugar calmo, eu me derreteria com o charminho.

Tentei evitar passar em cima do corpo desfalecido dela, mas foi impossível, o corredor era estreito de mais. Voltamos a correr, só parávamos para matar algum elfo negro que se aventurava a cruzar nosso caminho.

Logo chegamos ao salão respirei fundo assustada. Ele estava todo iluminado com tochas, possibilitando que eu visse o lugar recheado de demônios, e saiam ainda mais da porta ne ônix.

Iriamos gastar muito tempo para matar todos eles. Tive uma ideia me enfraqueceria, mas seria eficaz. Fiz o encanto do dragão de fogo, senti o calor me preencher, logo as chamas tomaram forma, ele foi um pouco na frente matando os demônios mais próximos, comecei a correr seguida por meus amigos.

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