34. - O RETORNO DA ESCURIDÃO

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— Por que Furiam nos enganou? — Voltei a sussurrar.

Das portas de ônix saiam demônios, ou melhor, elfos negros, suas vestes estavam em farrapos sua pele era branca com marfim, com cabelos negros e olhos vermelhos, com fenda como os de gato.

Uma havia me chamado mais a atenção, ela usava uma capa branca e preta, conseguia ver os cabelos negros escapando pelo capuz, parecia que ela usava uma mini saia, botas parecidas com a de motoqueiros seu corpo era bem torneado, o mais surpreendente foi as correntes em volta do seu corpo, ela parecia pronta para matar.

— Vamos sair daqui! — Disse Makenna quase gritando.

Assenti em resposta.

Começamos a correr, mas seria bom retarda-los, parei de correr e fiz um pequeno encanto que fazia com que aparecesse uma parede de fogo onde eu quisesse, escolhi bem na porta, isso iria fazer com que tivessem um certo trabalho para sair.

Voltei a correr, meus amigos estavam bem a frente, corri ainda mais para alcançá-los.

Descemos rapidamente, mas nada se comparava a nossa subida, fomos como foguetes, nossos corpos estavam cheios de adrenalina e medo, nada faz com que pessoas corram mais do que esses dois, só paramos tempo suficiente para Will colocar o cadeado no lugar.

Senti minha energia começar a se esvair, devido ao uso de magia, sabia que quando atingir uma determinada distância, meu encanto seria desfeito, eu tinha um limite de espaço, só não sabia quanto era, sabia que o havia ampliado com os treinos de Tyrond. Tentei ao máximo esquecer o cansaço, tinha muita adrenalina correndo pelo meu sangue para que eu ficasse cansada.

Saímos em disparada até onde os cavalos estavam, eles estavam ainda mais inquietos que antes, não paravam quietos, seria difícil montá-los.

Tomamos cuidado que ao desamarra-los não fugissem, subimos em seu lombo e galopamos a toda velocidade.

Quando chagamos ao início da cidade estava amanhecendo, em nenhum momento desaceleramos, mas chegou um certo momento em que os cavalos estavam cansados, ficando ainda mais transparentes que o normal. Por isso fomos obrigados a diminuir o ritmo, a contragosto.

Quando finalmente chegamos ao pátio, quatro carruagens estavam estacionadas no pátio, dava para ver claramente cada qual pertencia.

Não nos demoramos no pátio, deixamos os cavalos soltos, entramos em disparada para dentro do castelo, paramos uma criada para perguntar onde os reis estavam, ela parecia assustada, disse que todos estavam a nossa procura. E finalmente diz algo importante.

Os reis estavam no salão do trono.

Abri as pesadas portas dando de caras com todos os reis que já conhecíamos, todos nos olhavam curiosos, querendo saber onde é que estávamos, pareceram não notar a preocupação e medo, estampadas em nossos rostos.

— A quanto tempo, caros amigos! — Disse Rasfan abrindo os braços em gesto de amizade.

— Eles estão aqui para discutido o destino de vocês quatro. — Disse Radal com calma, eu queria muita coisa no momento, mas calma não era uma delas. — Vamos come...

— Calado! — Gritei com raiva, minha paciência havia se esgotado, estava numa pilha de nervos havia acabado de libertar um mal na terra que nos acolheu e estava cansada devida à noite não dormida. — É melhor nos contar logo sobre os elfos negros! — Exigi.

Todos os reis antes olhavam nos meus olhos, assim que pronunciei as últimas palavras, todos, até mesmo meu avô, desviaram os olhos, de forma culpada, mas nenhum ousou responder.

O Labirinto dos ElfosWhere stories live. Discover now