- Muito obrigada, de verdade. Eu nem sei como vou poder retribuir tudo isso, mas...

- Nada disso, pode parar com esse assunto. - Marcela.

-Também acho... - Rodrigo.

- É sério, obrigada. - Ela repetiu.

- Sua tia pode ficar aqui se precisar... - Marcela disse.

-Não se preocupa... - Samy disse balançando a cabeca em negativa - Eu vejo uma pousada...

Rodrigo viu que Samy estava apreensiva e olhou pra Madá que entendeu rápido. E a senhora falou - Eu cuido disso quando necessário, não se preocupe. Verei um lugar perro do hospital. -ela disse olhando a Samy.

Luna percebeu uma oportunidade -Nik, desculpa mas, já que parece estar resolvido... Podemos voltar? -perguntou.

Ele olhou pra ela como se dissesse " Mas o que há com você?".
E ela o olhou " Eu disse 'desculpa' você não ouviu? Temos trabalho a fazer."

Luna não tinha jeito. Mas infelizmente ela tinha razão, havia assuntos pendentes.

Ele olhou pra Samy e disse que precisava terminar uns assuntos, mas que daria um jeito de estar com ela no hospital, mais tarde.

" Aff...." - Luna pensou e de costume até revirou os olhos, mas ficou feliz por ter conseguido "ele de volta".

Samy consentiu, balançando a cabeca.

*****

E mais tarde, no hospital estavam Samy, Marcela e Rita - a tia dela -  na sala de espera.

Rita se mostrou muito grata à Marcela, mas também mostrou ser uma pessoa reservada. Em boa parte do tempo ficou calada.

A mãe dos rapazes observou que ao chegarem, as duas até se abraçaram, Samy beijou a tia, que por um tempo olhou a sobrinha e depois começou a agradecer a Marcela pela ajuda com o hospital. Deu pra sentir que não havia muito contato entre elas.

Logo depois Rodrigo chegou, dando o recado de Nik - Que logo estaria ali. E se sentou ao lado da amiga.

- Queria que a Ana estivesse aqui. - ela dizia, e ele sabia o quanto aquilo era verdade.

Ela que a amiga estava trabalhando naquele momento, depois falaria com ela.

Quase três horas depois...

Ela nem tinha visto a avó ainda... A coitada estava tão sofrida que tiveram que por ela pra dormir.
A filha contou que ela tinha reclamado não se sentir bem somente na madrugada, foi quando Rita a levou pro pequeno hospital da cidade. E a tarde ligou pra Samy.

Enquanto aguardavam notícias sobre os exames, ela se lembrava de vários momentos com a avó. Elisa sempre a  colocava pra cima, lhe deu seu primeiro batom, secador e prancha, na adolescência - Minha neta mais bonita! - Dizia ela.
As outras duas, quase não apareciam pra vê-la.

Elisa gostava muito de 'enfeitar a Samy' arrumava o cabelo dela, a maquiava -das poucas vezes que a mãe permitia que ela fosse após a morte do pai- quando ela voltava pra casa, Marilia a arrastava pro banheiro e molhava o cabelo dela e tirava a maquiagem - Você está ridícula! - era a "explicação" dela. - É pro seu bem, não quero as pessoas rindo de você.

Pra uma adolescente que já ouvia coisas assim desde a infância, acreditava mesmo que não era bonita e ela chorava quando enfim ficava sozinha.
Sentia-se esquecida quando via Marilia penteando os cabelos de Alice e a deixando linda, enquanto ela estava limpando a casa.
Quando o pai era vivo, visitava a avó com mais frequência. As duas faziam biscoitos, cantavam... E no caminho de volta era muito divertido, ela e o pai cantando músicas dos anos 80 ou ele como quase sempre, contando história egípcia, grega ou romana, entre outras...

Feita Para Mim. ( Será retirada em Breve. Possivelmente, Irá para o kindle).Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ