Prólogo

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"Des erreurs soient commises."

(erros são cometidos)








Foi puro instinto.

O fato era que, antes ele que fosse imobilizado do que Ladybug. Afinal, ela era a única que poderia purificar um Akuma. Ela era a única que poderia reparar os danos em uma luta; então, deixando os sentimentos de lado, é claro, fazia sentido que ele se sacrificasse por ela. De sua parte, ele só podia destruir, mas ela poderia criar e poderia curar.

Era praticamente automático que, quando surgisse o perigo, ele fosse o último a sair da linha de fogo. E esta noite, ele estava patrulhando sozinho. Ladybug havia dito algo sobre coisas de família naquela noite, então ela não estaria lá. Mas até que estava tudo bem. Enquanto não houvesse um Akuma, ele poderia lidar com as coisas sozinho. Até agora, a noite estava tranquila.

Quando ele decidiu ir para casa em torno da meia-noite foi quando as coisas começaram a dar errado.

Um assalto. Era apenas um assalto, o mais estereotipado dos crimes de super-heróis. Ele achou que iria resolver facilmente, salvar o empresário distraído e prender o assaltante. Exceto que o ladrão não estava sozinho. E como se não bastasse, o parceiro de crime também tinha uma arma. Chat Noir teve que empurrar o pobre civil pra fora do alcance da bala, fazendo com que o assaltante caísse com o comando de extensão do bastão. E foi só quando o ladrão tocou o chão que ele percebeu uma dor torturante na região de sua costela.

A escuridão da noite e o uniforme preto escondiam sua lesão tanto quanto sorrisos forçados.

— Vá para casa, as ruas são perigosas nesse horário e, por favor, ligue para a polícia. — Chat disse ao empresário.

Chat os amarrou com uma corda que achou pelo beco mas sabia que os assaltantes acordariam em breve, então era melhor que os policiais chegassem antes disso e de preferência, depois de Chat ter ido embora. Mas, foi só depois que o homem foi embora que ele permitiu-se colapsar contra uma parede e dar uma olhada na lesão.

— Foi de raspão, graças a Deus.

A bala ficou enterrada na parede e não no seu fígado. Mas ele estava sendo estúpido por que o ferimento foi profundo. Ele provavelmente precisaria de pontos, embora ele não pudesse exatamente ir ao hospital. "Isso vai doer", o herói murmurou e começou sua caminhada ao longo dos telhados, arrastando-se para chegar em casa, uma mão pressionada contra sua lesão se obrigando a continuar em movimento. Ele tinha que continuar. Isso gastou todas as suas forças. Se ele pudesse parar o sangramento, então seu Milraculous ajudaria a acelerar a cura. Ele só precisava que o sangue estancasse.

Claro, parkour enquanto sangrava até a morte não era a mais brilhante das idéias mas Chat Noir não viu nada na frente dele, e não poderia perder um segundo sequer. Seu coração galopava dentro do peito, mas mesmo assim ele conseguiu puxar o bastão e estendê-lo para bater em uma parede , o disparando para outro telhado. De telhado em telhado ele conseguiria chegar em algum lugar seguro.

A varanda em que ele pousou era familiar. Quando ele viu aquele lugar... ?

Bem, quando ele estava sendo o guarda-costas dela.

Acabou de pousar no telhado de Marinette.

Jogo Duplo - Descobertas (Double Jeu) • [Em Revisão 2023]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora