Capítulo dois - Sonhos

30 3 9
                                    

Havia um silêncio estranho em minha casa, só ouço o vento entrando no meu quarto pela janela que estranhamente estava aberta. Fui até ela, olhei pela mesma mas lá fora, não havia ninguém, só destruição na rua como um ambiente pós apocalíptico, não havia ninguém !
-Mãe! -Gritei, e em seguida abri a porta e desci correndo as escadas - Mãe?!- Ela não estava lá - Pai?! - ele também não estava, estava apavorada! Não sabia o que estava acontecendo. Meu coração acelerou e minha respiração ficou ofegante.

-Lexi?- o meu pai me acordou.

-Oi, - respondi sentando-me na cama, me senti aliviada, mas meu coração ainda "gritava" e ar me faltava naquele momento. - Nossa, já são dez da manhã - suspirei.

-O que houve?- Perguntou entrando e vindo em minha direção

- Não, eu só tive um sonho...- dei uma pausa - estranho - completei - Tenho sonhado coisas do tipo ultimamente.

- Quer me contar? - perguntou ele, sentando-se na minha cama e apoiando o braço na mesma. Talvez meu pai me achasse uma louca, mas eu tinha que contar para alguém.

-Tá, eu sonhei que eu tinha acabado de acordar e fui até janela e ...- dei uma pausa de alguns segundos e prossegui - A rua estava completamente destruída - asseverei olhando para minhas mãos. - Prédios tinham desabado, carros que haviam capotado. Era - entre pausas e pausas completei um pouco assustada - como um pós apocalipse, não sei. - passei os dedos por entre os meus cabelos ajeitando - os atrás das orelhas.

-É mesmo estranho - alegou ele olhando para a cabeceira da cama.

-O que acha que significa? - Perguntei

-Bom, talvez - respondeu. - Os sonhos muitas vezes podem refletir algo na sua vida, eles espelham algo que possa acontecer - explicou.

-Está dizendo que meu sonho é um alerta para o Apocalipse? Que ele está perto !?- interroguei arregalando os olhos fazendo - o rir por uns segundos

-Estou dizendo que talvez eles podem apenas representar um acontecimento na sua vida, como uma discussão com alguém - exemplificou.

-Ah. Entendi - me senti mais aliviada e bom, o que meu pai disse fazia sentido. -Obrigada pai.

-Tudo bem - ele disse. - Mas, eu disse " talvez "- comentou ao se levantar e sair.

-O que? Pai!? - agora eu não sabia se era uma brincadeira ou outra coisa. Levantei - me da cama e permaneci alí tentando decifrar as palavras de meu pai. Fui ao banheiro, tomei banho etc.
Logo desci para o café da manhã.

-Bom dia! - cumprimentou minha mãe ao me ver adentrar a cozinha.

-Bom dia mãe - respondi calmamente. - O que quis dizer com "talvez " pai? - perguntei ao vê - lo entrar no ambiente também.

-Filha?! - sorrindo o mesmo articulou - Mantenha a calma. Com o tempo tudo vai se acertar. Você saberá as respostas para as suas perguntas mas por enquanto, foi apenas um sonho - completou sensato ainda que as coisas parecessem confusas.
Para mim era complicado, me sentia confusa mas, ainda assim, resolvi deixar para lá. Permaneci calada enquanto minha mãe colocava panquecas no meu prato.

-Bom, chega de conversa e vamos logo pois estamos quase atrasados - disse mamãe apressando - se.

-Atrasados para que? - perguntei dando minha primeira garfada.

-Vamos á Drummondville resolver algumas coisas - respondeu meu pai.

- Ah, e não saia de casa, não vamos ficar muito tempo fora - completou mamãe.

Belinda (Reescrevendo)Where stories live. Discover now