Triplets Birthday

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Haviam tantas crianças naquela festa, que Beca mal conseguia contar.

As menores, entre 1 ano e 3, eram em maior número.

Enquanto que entre 4 e 6, eram em menor quantia.

Os balões, as mesas, várias crianças correndo pra lá e pra ca; tudo isso causou um enorme sentimento de nostalgia na baixinha.

Lembrou-se do aniversário de 3 anos de Melanie. Dois anos atrás; a última festa a acontecer em Lousisana, cidade onde frequentou a universidade de Barden.

Beca sentiu a diferença de como era naquela época, de como se sentia naquele aniversário, e de como se sentia agora.

Não mais desconforto. Ela se sentia em casa, e plenamente familiarizada com crianças. Integrada.

- Um milhão de dólares pelos seus pensamentos.

Beca se virou, encontrando a esposa a sorrir para ela.

- Seria dinheiro jogado fora. Não estou pensando em nada de mais. - Se levantou, caminhando até uma das árvores livres, se recostando nela.

Chloe a seguiu.

- Se não são nada demais, então pode compartilhá-los comigo sem nenhum problema. - A ruiva cruzou os braços sobre o peito, encanrando Beca denotando curiosidade.

- Sabe como eu costumava ser?

- A garota com a casca?

- Como assim? Que casca? - Pareceu confusa.

- Você escondia uma garota sensível e adorável por baixo de uma casca de sarcasmo e autodefesa. - Nesse momento Chloe manteve seu olhar penetrante sobre a esposa, analisando suas reações. - Eu sempre vi a garota por debaixo da casca.

- Então, não ama meus defeitos? Só viu a parte boa? - Beca não estava realmente falando sério. Ela sabia as respostas. Mas queria ver a bagunça no olhar perdido de Chloe. Coisa que não obteve.

- Eu amo tudo que vi. E eu vi os defeitos. Eles são parte de quem você é. E eu amo cada pedacinho teu. - A ruiva massageou os braços de Beca, procurando aquece-lá do frio daquele fim de tarde. - Mas me diga, por que estava pensando sobre a antiga Beca? Bom...Você não mudou tanto assim, mas é assim que eu chamo a Beca e a Chloe da Barden.

Chloe abraçou Beca lateralmente, lançando seu braço ao redor de sua cintura. Ambas recostadas na árvore.

- É que eu percebi que estou mais confortável em estar num ambiente tão cheio de crianças. E isso era algo que desejei tanto. Pela Melanie, sabe….para parecer uma mãe normal.

- Eu entendo o que quer dizer. E eu notei essa sutil mudança. Sabia que um dia ela viria.

A ruiva segurou uma das mãos da esposa, e como era de costume, começo a acaricia-lá com seu polegar. Isso sempre trazia uma sensação absurdamente agradável à Beca.

- Tem certeza de que quer um menino? Olha como eles são barulhentos e sujam roupas.

O comentário de Beca arrancou uma risada de Chloe.

Naquele momento Tyler e Dylan estavam rolando na grama e gritando.

- E olha que eles só tem um 1 anos de idade. Imagina quando tiverem a idade da Melanie. - Continuou a baixinha.

Chloe apenas a encarava com um sorriso bobo.

- Por que está me olhando assim?

Ela não respondeu. Apenas fechou a distância que havia entre elas, beijando-a apaixonadamente.

Quando se separaram, Beca olhou para Chloe completamente extasiada.

- Como consegue fazer isso comigo?

- Isso o que? - Seu olhar possuía o mesmo brilho, e ela partilhava do mesmo sentimento.

- Me causar coisas sobre as coisas nem sequer inventaram definições literais.

- Baby, essa é a graça do amor. - A tocou no queixo. - Apenas sentir, em definir.

Quando a festa havia chego ao fim, e os convidados foram embora, Beca e Chloe, Melanie e Megan ainda restaram.

Após uma breve ajuda na arrumação do jardim, entraram para dentro da casa.

Stacie e Aubrey ofereceu para que jantassem lá.

Os trigêmeos haviam pego no sono, assim como Megan, que descansava em seu carrinho.

- Tem certeza de que não querem ficar pra jantar? - A loira insistiu.

- Obrigada, Bree. Mas precisamos dormir cedo. E se ficarmos aqui vamos acabar conversando até tarde. - Beca respondeu.

- Querida, acho que podemos ficar pro jantar. Somos adultas, sabemos controlar nossos horários. - Interpôs Chloe.

Beca estava cansada demais pra discutir, então cedeu.

****

Horas de um na festa infantil, unidas a horas de conversa em um jantar fizeram Beca sentir-se completamente esgotada.

Ao chegar em casa, tudo que queria era cair na cama e dormir até não aguentar mais.

Mas seus planos pareciam que iriam ruir.

- Melanie está muito quente, e eu notei algumas bolinhas vermelhas pelo rosto dela. - Chloe parecia mesmo preocupada.

- O que acha que pode ser?

- Catapora.

- Isso não é possível. Nós levamos ela pra tomar vacina.

- Eu sei, querida. Mas tem uma pequena chance da vacina não funcionar. - Chloe parou para pensar por um momento. - Acho melhor levarmos ela para o hospital.

- Eu levo. Você precisa ficar com a Megan. Ela não pode pegar. Isso é perigoso em bebês.

Em poucos minutos Beca se arrumou e arrumou Melanie.

Antes de saírem, ela se voltou para a esposa.

- Eu te ligo. Te amo.

- Também te amo.

Era tarde da noite, e por isso as ruas estava praticamente vazias. O que poupou Beca de engarrafamentos.

Assim que chegaram ao hospital, Melanie não demorou a ser atendida.

Consulta diretamente com o pediatra de plantão.

O Dr. Já havia feito algumas anotações, e continuava a fazer perguntas.

- A senhora e seu marido já tiveram catapora?

- É esposa. E sim, ambas tivemos na infância.

- Vocês tem mais filhos?

- Sim, mais uma menina, de 8 meses.

- Ok. - Ele baixou os óculos. - Recomendo que não deixe a bebê perto de Melanie. Sob hipótese alguma. Vou receitar paracetamol para diminuir a dor. Um xarope anti-histamínico para aliviar caso tenha coceira, o que garanto que acontecerá a partir das próximas horas. E…bom, uma pomada cicatrizante.

Beca saiu do consultório lotada de receitas médicas. E com a indicação de que basicamente deveria ministrar os medicamentos ao longo de 7 ou 10 dias. E durante todo esse tempo, Melanie não poderia ir à escola.

She keeps me warm Where stories live. Discover now