2 - You Own Me, Bitch.

Começar do início
                                    

— Então não façam com que isso aconteça, pois todos sabem que diversas vezes eu me empolgo demais e acabo levando outros para o mesmo caminho. — Eles concordam.

Cada um com uma função em especifica. Seja simplesmente fingir ser um segurança, fazer parte do público, ajudar no sequestrou ou até mesmo na minha fuga, mas os nossos trabalhos são coisas grandiosas e exigem um número amplo de pessoas, para que assim, consigamos alcançar tudo o que à nós espera.

Eles esperam o meu sinal, então me viro e saio do grande salão, passando com passos firmes pelo saguão e percebendo os olhos de todos do hotel sobre nós, mas de maneira alguma deixo o sorriso arrogante se fazer presente no meu rosto.

Assim que saímos do local, as portas da minha Range Rover são abertas para mim, então sento no banco traseiro e após fecharem a porta, me viro para abrir a mala que estava ao meu lado.

O Butler dá a partida e eu então começo a pegar as armas que precisaria, mas isso só na hora de matar Trudeau.

Sinto meu celular vibrar no meu bolso e suspiro de forma pesada, não querendo de forma alguma atender, mas ao ver o nome do meu pai na tela, entendo perfeitamente que seria algo breve, um aviso necessário e nada que fosse tirar mais do que 1 ou 2 minutos do meu tempo, como de costume.

— Diga. — Falo já com a AR-15 na mão, então confiro sua munição e ouço apenas a respiração pesada do meu pai, como se tudo não estivesse 100% bem. — Se for morrer, não esqueça de tirar os gêmeos do testamento. — Ironizo ao me referir aos meus filhos, mas em seguida, ouço algo se quebrando. Ele definitivamente está bêbado, sem sombra de dúvidas.

— Preciso que volte para Toronto ainda essa noite. — Ele fala e eu não posso acreditar.

— Eu estou nesse mesmo instante indo sequestrar o primeiro ministro do país. Não esqueça que eu tenho menos de 15 minutos para o socar em um depósito, matar o homem e ainda fazer questão de devolver o corpo em nome do presidente da Rússia, então como diabos você espera que eu...

— Eu treinei você para dar a volta em um mundo em um dia caso eu precise, então ande, porque o assunto de hoje é a respeito de algo que estamos debatendo à mais de três semanas. — E com isso sim eu suspiro, olhando em volta e percebendo que eu estou indo em direção aos fundos do museu, que é onde tudo aconteceria.

— Eu falei que não quero outro filho, não agora. — E com isso ouço sua risada, fazendo a raiva dentro de mim aumentar.

— Os gêmeos já estão velhos e agora se envolverão mais na parte dos negócios, o que é mais perigoso. Então caso um deles morra, precisamos de mais deles vindo. Eles são soldados que vão ter poder em mãos, por isso precisamos de mais.

— Chegamos. — O segurança me avisa.

— Tenho que ir. — E com isso apenas desligo a ligação, desviando o assunto do meu pai da minha mente, pois esse de forma alguma é meu foco agora.

Passo a mão sobre a minha testa e observo meu relógio, começando a contar os segundos, como havia feito nas últimas cinco vezes que treinamos esse mesmo procedimento no meu centro de treinamento.

— 3, 2 e... — Os sons de tiros sendo disparados se fazem presentes, o que me faz ficar satisfeito de que tudo está ocorrendo até mesmo de acordo com os segundos que eu programei.

Pego a mascara da mala e ponho a mesma, não esquecendo de por as luvas e então saio do carro, vendo que meus homens já estavam com a entrada do museu aberta para mim.

Criminal BloodOnde histórias criam vida. Descubra agora