𝕯𝖆𝖚𝖌𝖍𝖙𝖊𝖗 𝖔𝖋 𝖙𝖍𝖊 𝕷𝖎𝖌𝖍𝖙 ░ 𝙴𝚕𝚍𝚊𝚛𝚢𝚊

Mery

Texto revisado e atualizado no dia 14/OUT/21.

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Me afasto do livro deixando a pagina que estava lendo marcada e me jogo para trás exausta por esse longo estudo que admito que não foi o mais fácil de eu já tive, sinto que meu cérebro colapsaria se eu lesse mais alguma palavra relacionada a alquimia nas próximas horas. Meu olhar é direcionado ao relógio e me assusto ao ver que passei quase três horas presa no universo ainda misterioso da alquimia.

Me levanto para me espreguiçar afastando todo o cansaço mental, caminho para fora do quarto colocando o capuz para ser mais discreta possível. Passo pela praça do mercado observando a movimentação do local focando em cada ser que passava por mim, alguns com características mais humanas que outros e não pode deixar de sorrir ao ver uma criança com orelhas de coelho brincando com uma boneca próximo de sua mãe mas infelizmente ao ver aquela interação entre as duas minha mente volta para a minha mãe. Erámos muito unidas e nossa ligação, segundo as minhas amigas, seria algo perfeito. 

Ao chegar no quiosque tiro o capuz libertando meus longos cabelos pretos que estavam soltos para sentir a brisa agradável que o dia estava proporcionando, me sento na grama fechando os olhos para senti o sol em minha pele. Estava feliz por não ter colocado o casaco já que o astro rei me energizava e acalmava minhas ponderações em relação a como conseguiria voltar ao meu mundo.

— Também gosto de vir aqui para pensar.—  Uma voz masculina me tirou da minha meditação e dei um sobressalto ao ver o Kero.— Perdão, não queria te assustar.

— Tudo bem, eu estava distraída.— Respondo fazendo um sinal para que o hibrido sentasse ao meu lado.— Como foi seu dia hoje?

— Um pouco corrido, um garoto do refugio furtou pão da dispensa para alimentar o mascote.— O rapaz parecia exausto.— O Nevra já deu uma bronca nele mas eu que tive que encontra o alimento.

— Imagino a sua correria.—  Sorri um pouco mas uma duvida veio a minha mente.—  Você me disse sobre os mascotes e que são pequenas exceções de guardiões não tem um...— Olhei para ele dou um sorriso triste.— Como posso ter o meu?

— Você é adorável.— Ele comentou sorridente mas logo tal expressão desapareceu.—  Infelizmente a Miiko não chegou a uma decisão de permitir ou não você ter um.—  Ele suspirou.—  Sinto muito por ela ainda não confiar em você.

— Não se preocupe com isso.—  Disse tocando em seu ombro para reconfortar ele.— Ao menos se eu voltar para casa não vou deixar um pequenino que dependesse de mim magoado.

O unicórnio olhou para o céu quando afasto minha mão de seus ombros, ele parece feliz com o dia bonito. Fecho meus olhos novamente sentindo o sol na minha pele.

— Desculpe minha curiosidade mas o céu do seu mundo é parecido com o nosso?—  Sua pergunta me fez sorrir um pouco e logo abri novamente meus olhos.— Eu sei que é uma pergunta boba mas sempre quis saber se existe diferenças em algo tão simples.

— Não foi uma pergunta boba.—  Olho ele sorrindo, eu mesma já tinha feito uma pergunta do tipo mais cedo.—  O céu daqui é muito mais esplendoroso com cores mais vivas e a energia que o sol proporciona é maravilhosa.

 — Kerooo!!—  Escutou um choro de criança e passos apressados em nossa direção. 

Um pequeno garoto loiro com orelhas e chifres particularmente adoráveis pulava varias vezes no lugar fazendo birra enquanto chorava alto.