Capítulo 15

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MAYA

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MAYA

Grandiosas coisas fez o Senhor

Era o dia da inauguração da clínica. Eu estava ansiosa e me sentia mal por isso, pois sabia que não devia ficar assim por coisa alguma. Diferente de mim, Kevin chegou na clínica leve como uma pluma.

— Paz seja contigo — saudou-me com um abraço caloroso.

— Amém. — respondi-o, rapidamente voltando a organizar as coisas. Naquele momento, eu estava limpando a bancada da sala de espera. — Vamos? — Chamei-lhe a atenção quando vi-o parado. — Ação, jovem!

— Calma, abelha rainha. Pra quê pressa?

— Kevin? — Estava embasbacada. Eu precisava mesmo respondê-lo?

Meu primo sorriu. Parecia anestesiado, de tão molenga. Aproximei-me para analisá-lo bem:

— Não dormiu ontem à noite? — quis saber.

— Umas três horas apenas, porque certas pessoas marcaram pra eu estar aqui às 6h da manhã — cruzou os braços.

— Podia ter dormido cedo, não é? — expus o óbvio. — O que é isso aqui?

Vi uma marca roxa entre o seu nariz e boca e estranhei.

— Marca de um soco — ele gargalhou. Quis rir também, mas pensei na possibilidade de ele estar falando sério.

Quando não falei nada, Kevin deu-me mais informações.

— Foi o Caleb. Eu dei um soco nele e ele me devolveu, só isso.

Larguei a vassoura no chão.

— Vocês brigaram?

— Não... — meu primo fez um biquinho. Então riu, achando tudo aquilo divertido. — Nós viramos parças. Ele até me deu um chaveirinho de presente, olha... — puxou o objeto do bolso. Era muito fofo, cheio de pingentes em formatos dos mais diversos animais que existiam. Queria um também.

— Kevin, não estou acreditando nisso — sentei-me, para absorver melhor todas aquelas notícias. — Por que ele te deu...por que você... por que vocês...

— Relaxa. Fica tranquila — ele disse, suavemente. — Estou tentando ajudá-lo. Sei que você quer manter a maior distância possível dele...

— Eu não disse que quero.

— Então você não quer?

Limpei a garganta, me perdendo nas minhas próprias ideias.

— Eu não falei nenhuma das duas coisas.

Kevin prendeu o riso.

— Para.

— Caleb é um bom rapaz. Conhecedor das Escrituras, temente a Deus. Só não consegue ver o quanto o Senhor o ama. — meu primo soltou um suspiro pesado. Para recuperar o ar, deu um bocejo.

Até que te ameiOnde as histórias ganham vida. Descobre agora