Capitulo 29 - Como NÃO fazer um jantar (Beatriz)

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- O que? – perguntei e arregalei os olhos. - E cadê o meu carro?

- Boa pergunta. - falou ele e riu. - Se você não sabe como é que eu vou saber?

- Mas eu deixei a chave no contato para um homem estacionar. - falei- Quando eu falei que ele era o manobrista ele não negou e disse que ia cuidar bem do meu carro.

- Então você foi roubada querida. - falou o homem. - O bandido viu uma maneira maravilhosa de roubar o carro de uma patricinha burra.

- Isso não está acontecendo. – falei e comecei a me abanar com as mãos. É muito azar para uma pessoa só.

- Amiga respira. - falou Laura na intenção de me acalmar.

- Aí eu vou ter um ataque cardíaco. - gritei já em desespero. - Como assim roubaram o meu bebê? Eu quero o meu bebê de volta. Esse cara sem coração é um aproveitador vagabundo. Como eu vou viver sem o meu carro?

- Se controla amiga. - falou a Laura um pouco impressionada com o ataque da amiga.

- Não dá. – falei agora já chorando muito e comecei a me abanar de novo. E a Laura deu um tapa na minha cara. - Sua louca por que me bateu?

- Para ver se você se acalma. – falou a Laura. - Já era amiga não adianta chorar o leite derramado ou no caso a Ferrari roubada.
- Isso tem que ser um pesadelo. – falei. – Tudo isso aqui. Eu estar pobre, morando em outra casa e com a Ferrari roubada. Tem que ser tudo um pesadelo.
- Vamos comprar dois potes de sorvete para acabar com essas mágoas. - falou a Laura e sendo assim nós entramos no carro da Laura para podermos ir comprar o sorvete.

Claro que não era a Laura que estava dirigindo e sim o motorista dela.

Eu estava meio paralisada ainda por causa do roubo do meu carro então quando digo que entramos no carro da Laura na verdade eu quero dizer que ela me carregou pelo braço e me fez entrar no carro.

Depois que compramos o sorvete nós voltamos para casa e quando entramos no elevador acabou a luz. Sério isso?
- Isso só pode ser brincadeira. – falei indignada. - O que mais falta acontecer comigo?
- Amiga tu é muito azarada. - falou a Laura.
- O sorvete vai derreter. – falei. – Agora nem tomar sorvete eu consigo mais.

- Vamos comer aqui mesmo. - falou a Laura.
- Como? Vamos comer com a mão? – perguntei a encarando.
- Eu tenho colheres na bolsa. – falou a Laura e em seguida tirou duas colheres de dentro da bolsa.
- Quem anda com colher dentro da bolsa? – perguntei estranhando.
- Nunca se sabe quando vamos precisar de uma colher. - falou a Laura e logo lançou mais uma das suas frases de efeito. - Quem anda prevenido não perde o sorvete no elevador sem luz.
- Vamos tomar sorvete. – falei dando um sorriso e nós duas sentamos no chão do elevador para tomar o sorvete. E eu nem liguei muito para o fato de estarmos sentando no chão porque do jeito que eu sou azarada se as bactérias quiserem me pegar elas vão dar um jeitinho.

Nós ficamos um bom tempo dentro do elevador e quando ele finalmente foi arrumado nós estávamos rindo de algumas histórias engraçadas que tínhamos nos lembrado enquanto comiamos o sorvete. E nem percebemos quando a porta do elevador foi aberta. As pessoas ficaram nos olhando como se nós fossemos loucas afinal não é todo dia que você vai pegar o elevador e tem duas doidas sentadas no chão tomando sorvete e rindo igual umas loucas.
- Amiga a porta abriu. - falou a Laura comemorando, mas logo fez uma carinha triste. - Acabou o piquenique no elevador.
- Estava tão legal. - falei, mas logo nós recolhemos os potes de sorvete e saímos do elevador dando tchauzinho para as pessoas.

Quando chegamos ao meu apartamento já eram seis e meia da tarde.

- Vocês foram fabricar o sorvete? - perguntou o William assim que nos viu entrando pela porta.
- Ficamos presas no elevador por causa da falta de luz. – falei.
- Aí droga tem 20 chamadas perdidas do Léo. - falou a Laura olhando para a tela do celular e arregalou os olhos. - Ele deve estar surtando.
- Boa sorte com ele. - falou o William. - Trouxeram sorvete para mim?
- Compramos dois potes. - falei. - Um nós abrimos no elevador e o outro deve ter derretido. Coloca no freezer da geladeira para ver se congela de novo.
- Não custa nada tentar. - falou o William pegando o pote de sorvete e em seguida o levou até a cozinha.
- Eu vou indo para casa. - falou a Laura. - Antes que o Léo ligue para a polícia e registre meu desaparecimento.

Brincando de CupidoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora