A bebida entra a verdade sai!

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            Entrei no carro e fui direto para casa,. Tomei um banho demorado, me enfiei em um vestido preto de paetês bem curto, sequei meu cabelo com o secador e pus nos olhos uma maquiagem escura. Subi no salto mais alto que tinha e quando me olhei no espelho vi "que tipo de mulher eu era". Uma mulher de verdade, que não se prende a uma sociedade hipócrita e machista que grita nos meus ouvidos que eu devo lavar, passar e cozinhar. Que me prende ao estereótipo de sexo frágil , quando de frágil, meu sexo não tem nada. Eu vi no espelho uma mulher que não tinha medo de ser quem queria ser, que não esperava ser aceita, eu vi no espelho a força de ser uma mulher autêntica!

          Peguei meu telefone e tirei uma foto de mim mesma, e postei no Facebook com a legenda: - O tipo de mulher que eu sou- Dois segundos mais tarde – Gustavo Vilella curtiu sua foto- Babaca!

           O meu whatsap apitou e lá me encarava a foto dele.

Gustavo Vilella:

Qual é Gabi? Precisamos conversar!

Gabi Martins:

Estou acordada ainda, isso quer dizer que ainda sou um demônio! :D

Gustavo Vilella:

Sério, para com isso. Não falei por mal, é que a Brina tava super sem graça!

Brina? Ela já tinha até apelido? Peguei minha cluth e sai digitando a última mensagem.

Gabi Martins:

De boa Gu! Deixa isso pra lá. Vamos para a festa lá na cobertura do Sandrinho? :D Te espero lá! Leva a Brina! :p

         Três horas mais tarde eu tinha incontáveis tequilas na cabeça e dançava na pista de dança que preenchia quase toda a enorme sala daquela cobertura! Fechei meus olhos e dancei com as mãos para o alto sem me preocupar, até que senti duas mão na minha cintura. aquilo era bom!  Sem nem mesmo olhar eu me deixei levar. Logo eu tinha um pau duro nas minhas costas e um rosto raspando no meu pescoço. Virei de olhos fechados e beijei o cara. Eu não queria vê-lo, não queria julgar aparência, cor, roupas, NADA! Queria só me deixar levar pela sensações, e essas eram maravilhosas. Se as pessoas se dessem o prazer de serem cegas, desfrutando só do que o outro pode dar, sentir ao invés de olhar, absorver ao invés de julgar. Se as pessoas pudessem se entregar sem antes fazerem um pré perfil de caráter e sabor, elas seriam muito mais felizes sem precisar tomar decisões baseadas em estereótipos pautados por uma sociedade de merda.

           Eu sentia a língua do cara invadir a minha boca e suas mãos apertarem a minha bunda, isso era gostoso e suficiente para mim. Depois de um longo beijo, abri meus olhos para deparar com um Deus de Ébano enorme! Careca, com o rosto supermarcado nos maxilares e os olhos de um negão de respeito! Tá bom se eu tivesse olhado primeiro teria beijado mesmo assim, só que teria ficado com vontade de dar antes! Sem dizer uma palavra, passei a mão pelos seus braços e olhei nos seus olhos,  que passavam segurança e tranquilidade! Como um homem daquele tamanho podia parecer "bonzinho"?

-Você bebe alguma coisa comigo?- Puta que pariu três vezes para essa voz!

-TEQUILA!

Gritei esganiçada, bêbado é uma merda! Acho que escorri entre as pernas e ao invés de sede, eu fiquei foi com fome.

           Seguimos até o bar e pedimos as tequilas, eu me sentia uma formiga do lado de um leão, pequenininha comparada à ele! Já tínhamos virado duas doses quando vi o Gustavo despontar na porta com aquela barata branca da Sabrina. Assim que me viu veio na minha direção, e o negão que eu nem sabia o nome me entregou outra dose, eu virei assim que ele chegou perto de nós e levantei o copo assim que ele chegou, levantando na sua direção com se fosse um brinde.

Pega, mas não se apega! (COMPLETO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora