Parte 6

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Gabriela era uma menina Cheia de vida, tinha 9 anos, ela amava brincar correr, pular, subir em arvores, e o mais legal era seu sorriso de menina meiga que deixava a todos alegre. A mãe da menina tinha medo que ela herdasse o mal da família que era uma doença genética que passava de gerações, mas a menina tinha tanta saúde que Magda não acreditou nisso. Os fins de semana Gabriela ia para sitio de seus avós, corria no campo assustando as galinhas e ajudava seu avô a tirar leite das vacas em certo momento.

Infelizmente com o tempo aconteceu uma coisa terrível, Magda percebeu que sua filha se cansava fácil, e não corria mais tanto quando antes e seu sorriso alegre que era gostoso de ver desaparecerá. Com o coração muito apertado ela foi fazer os exames e pra seu desespero o câncer foi confirmado. Houve muita luta e muita quimioterapia, mas a doença parecia amar o corpo de Gabriela estava vencendo a guerra, sua mãe Magda internou a pobre Gabriela no hospital O Cravo e a Rosa, pois parecia um local feliz e ela queria que os últimos momentos de sua filha fosse perto de criança, que fosse feliz...

* * *

Hills estendeu a mão para cima do casal de enfermeiros e como um enxame de abelhas obedientes as trevas os consumiram transformando-os em monte de ossos. Alicia como toda adolescente assustada começou a gritar em desespero, era o seu fim, ela acreditava.

-Alicia, você precisa ter calma! - disse Rose segurando no ombro da menina - vamos sair dessa!

-Deixe a menina gritar! - disse Hills - assim tudo fica mais divertido!

-Rose... - disse Mickey assustado - talvez esse seja um daqueles momentos, sabe, aquele lance de correr.

Hills estendeu seu braço mais uma vez bem no momento em que Rose deu meia volta e gritou para todos correrem... Na mente de Hills ela só pensava em uma coisa, a brincadeira tinha se tornado mais divertida, eles tinham aquele hospital enorme para se esconder e ela iria brincar de esconde- esconde, e se ela achasse alguém como premio ela mataria.

As luzes continuavam piscando deixando tudo mais assustador e atrás deles escutavam a canção o cravo brigou com a rosa, eles corriam pelos corredores do hospital usando a musica como referencia, queriam ficar o mais longe dela possível. Rose estava preocupada, dos cinco que Mickey tinha escolhido para acompanha-los três tinham morrido, ela se sentia culpada nessa parte. Eles estavam cada vez mais longe da recepção e de todos, Hills estava no meio do caminho e eles não se atreveriam a passar por ela, aquilo seria muito ariscado, eles entraram numa ALA chamada "os três porquinhos". Os três porquinhos, três mortos, foi impossível Rose não perceber essa coincidência. O corredor dessa ALA era cheio de portas e por trás de cada uma tinha um paciente acamado por algum motivo aparente.

-Rose, o que vamos fazer? - disse Mickey - Não tenho a menor ideia! A ideia de sobreviver ate de manhã já se tornou uma coisa assustadora e depois? Vamos abandonar o Hospital e dá-lo como interditado eternamente...

-Tem sempre uma saída Mickey, só não estamos pensado direito...

-Mas qual?

-Eu não sei ainda, mas tem! Tenho que pensar com mais calma!

-Vamos entrar em uma dessas salas e colocar a cabeça no lugar.

Entraram num quarto onde tinha uma criança entubada, ela estava careca como se estivesse com câncer assim no escuro não dava para saber se era menino ou uma menina. Com o tempo eles passaram a se acostumar com suas respirações aceleradas que foram se acalmando aos pouco e com a maquina de respiração que mantinha a criança viva.

-Bem... - começou Mickey - ferrou!

O velho parecia manter a calma o tempo todo, e de quando em quando tentava consolar Alicia que parecia estar ficando paranoica, ela olhava para todos os lados apressada, imaginando que o perigo poderia surgir de qualquer lugar a qualquer momento. O velho sentia conforto tentando consolar aquela menina assustada, de alguma forma ele fazia aquilo pelo seu neto que tinha sido morto na recepção, na hora do pânico.

Rose no Mundo Paralelo - Arco 2 - O Mitério do OssosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora