CAPÍTULO QUATRO

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CAPÍTULO QUATRO

ANGEL FERREIRA

Se estou animada para conhecer a família do meu futuro "marido"? Não, nem um pouco, e tenho vários motivos, um deles é porque os estou enganando e tenho certeza que vai ser difícil fingir para eles, mas tenho que conseguir, pela mamãe.

— Tem umas coisas que precisa saber sobre minha família — diz Alex me tirando dos meus pensamentos. Ainda estamos no carro a caminho da fazenda dos Coopers, a viagem de carro até o aeroporto foi feita em silêncio e dentro do jatinho também, agora ele resolve falar. Esse homem é estranho.

Para mim foi um recorde ficar quase quatro horas sem falar uma palavra sequer. — Pensei.

— Sim.

— Bom, meu irmão sabe de toda a história, então com ele não haverá problema, minha mãe é um amor de pessoa, você só tem que fingir estar apaixonada por mim e ponto.

— Nossa, que fácil, não é?! — ironizo.

— Até aí é bem fácil, o que me preocupa é outra coisa. — Seu tom de voz muda radicalmente de um tom suave a um preocupado.

— Que outra coisa?

— Minha prima Melissa. Ela é legal, mas é muito difícil esconder algo dela. Melissa sempre teve um grande ciúme de mim e não é porque gosta de mim como homem, e sim porque sempre fomos inseparáveis. Toda mulher que se aproxima de mim, para ela, é interesseira, por isso sempre procura, digamos, saber sobre a pessoa antes de ter qualquer tipo de amizade.

— Como assim procura saber sobre a pessoa?

— Ela vai querer saber sobre tudo, de como nos conhecemos, de como foi o pedido de casamento, o que você faz da vida, entre outras coisas, e se ela não se sentir satisfeita em perguntar, ela procura outras formas de saber sobre você.

— E você só me diz isso agora? — Era só o que me faltava.

— Não tive tempo, está bem? Estava cheio de coisas para resolver.

— Podia ter ligado, mandado sinal de fumaça, ou até mesmo dizer antes de entrarmos no seu carro em Nova York, sei lá. — Ele dá um sorriso.

Esse sorriso molhar calcinha!

— Sempre engraçadinha, senhorita Ferreira.

— Tento ser. — Sorrio também.

— Não quer saber nada sobre mim? — Me pergunta.

— Não estou a fim. — Zombo.

— Tão educada — diz sem me olhar, e o ignoro. — Mas é sério, não acha que precisa saber algo sobre mim?

— Não, Alex, sei me virar; isso foi umas das coisas que aprendi quando Luke abandonou minha mãe e eu.

— Luke? Você quer dizer seu pai?

— Para mim ele morreu há anos como pai e, por favor, não quero mais falar nesse homem, não sei nem porque toquei no nome dele. — Ele franze o cenho e me olha, depois volta a sua atenção à estrada.

— Tudo bem, Angel. — Não digo nada, fico quieta no meu canto enquanto não chegamos.

Meia hora depois da nossa conversa no carro chegamos à fazenda e quase tenho um treco quando a vejo. Meu Deus! Isso não é uma fazenda, é um castelo! É enorme, nunca imaginei que um dia veria uma fazenda como esta e muito menos me casar com um dos seus proprietários.

Enquanto passamos pelo portão, tudo que sai da minha boca é uau! Nossa! Que lindo! Fico admirada com a riqueza e sofisticação que exala desta casa, é simplesmente maravilhosa; minha mãe iria amar estar aqui e Diana, então, nem se fala. Ao sair do carro, eu simplesmente babei ainda mais em tudo que via.

Doce Proposta - Série Os Coopers ( LIVRO 1 )Donde viven las historias. Descúbrelo ahora