A vingança é um prato que se come frio

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– Podemos cuidar disso....

– Niall só me diz quem foi e eu mesma resolvo. – ela diz e ele respira fundo.

– Foi o Christian.  Ele quem fez isso. – Niall diz e Alice arregala os olhos

Ela não queria acreditar. Era mentira. Só podia ser.

Alice pegou sua jaqueta de couro preta e vestiu, arrumou seu cachecil cinza sobre o pescoço e colocou seu celular no bolso da jaqueta e saiu do escritório e Niall a seguiu porta a fora.

A empregada estava parada próximo a escada de cabeça baixa.

– Limpe aquela sujeira. – Alice diz curta e grossa e rapidamente a mulher some.

– Onde você vai Alice? – Niall pergunta.

– Vou fazer um acerto de contas. – ela diz andando até a garagem.

– Então eu vou com você. E não adianta me barrar. – ele diz e ela da de ombros.

Ela pega o capacete e coloca.

– Vai de moto? – ele pergunta.

– Sim. Se quiser ir de carro tudo bem, moto é mais ágil.  – ela diz e Niall pega o capacete dele e sobe na moto vermelha.

Alice pega sua moto preta e sobe, a mesma gira a chave e o motor da moto se aciona. A garagem que antes estava silenciosa, agora emitia o som de duas motos furiosas.

Alice e Niall nem demoraram para acelerar e arrancar com suas motos. Quanto mais rápido ela chegasse ao local que ela queria, melhor seria.
E de moto foi mesmo rápido, em meia hora eles estavam na cidade.  Exatamente no beco onde a mãe de Alice e seu irmão mais novo foram encontrados mortos. Alice estacionou a moto e desceu. Tirou seu capacete e entrou no beco.

Ela se agaichou no chão próximo a marca de sangue ja seca. A mesma olhou a volta e analisou a cena.
Ela tinha um extinto ótimo para ser policial, com apenas um olhar ela notaria o que ninguém nota e foi isso que aconteceu.

Parecia que a cena estava se repetindo na frente dela.

******

Uma mulher simples e pobre atravessava a rua com uma sacolinha de plástico e cortou caminho pelo beco, Peter o filho mais novo ia na frente e foi surpreendido por dois caras. Um de cabelos meio compridos e encaracolados e outro com cabelos cortados curtos,em um penteado moderno. Peter parou e esperou a mãe se aproximar e quando ela estava perto, o homem de cabelos curtos sorriu e disse.

– Desculpe é nosso trabalho.

A mulher puxa o filho para perto de si e por mais que ele ja tenha dezesseis é apenas um garoto.

– Seu trabalho? Do que estão falando? – ela pergunta.

– Basta nós a conhecermos. Dona Lucy não é? Seu marido parece não gostar da senhora mesmo.  – o rapaz fala novamente.

– Isso não é novidade. Quem são vocês? – ela insiste na pergunta.

– Christian isso vai dar errado . – fala o de cabelo comprido.

– Pare de choramingar e vamos logo fazer isso. E pegar nosso dinheiro.

O homem de cabelos curtos pega uma arma e aponta para a senhora.

– Me chamo Christian mas isso não tem muita diferença.  Pra onde você vai, não tem prestação de contas.  – ele diz e dispara contra o peito da mulher que cai no chão.

– Anda Harry faça logo é só um garoto. – Christian diz e Harry treme.

– Não.  Faça você, foi você quem negociou com eles.

Christian respira fundo e mira a arma no garoto que chora inconsolável. E sem pensar muito atira contra a costela do garoto que cai no chão agonizando e pedindo por ajuda.
E então eles saem andando como se nada tivesse acontecido e abandonam lá no chão dois corpos.

*****

Alice tinha ódio nos olhos.

– Amor o que você viu? – perguntou Niall.

– O que eu custava acreditar. Porque o Christian faria isso? - ela pergunta e Niall a abraça.

– Dinheiro. Pode ser que ele precisasse de dinheiro. – Niall diz.

– Agora ele vai precisar de outra coisa. – ela fala fria.

– O que?

– Um caixão.  Porque eu não vou sossegar até por as minhas mãos neste maldito. – Alice diz com ódio e Niall apenas ouve sem questionar. –  A vingança é um prato que se come frio e ele experimentou quando ainda estava quente.

Alice diz e se solta dos braços de Niall e vai até a moto subindo e pondo o capacete.  Niall vem atrás e logo eles partem rumo a casa que agora pertence a ela.

Alice ficou abalada naquele dia e para se manter na realidade, tomou tanto uísque que dormiu no sofá da sala.

Deep LolitaDonde viven las historias. Descúbrelo ahora