Uma vive uma vida cheia de regras,a outra está disposta a quebrar qualquer regra. Camila Cabello sempre viveu a mercê de sua família rígida. Lauren Jauregui era a bela definição de garota inconsequente. Com personalidades tão distintas,o quão grande...
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O pássaros cantavam harmoniosos e os raios de sol já invadiam a cabana, Camila estava agarrada ao corpo da namorada enquanto ela olhava pro teto, já estava acordada a um tempinho, por mais que quisesse ser confiante e não pensar no lado ruim das coisas, era inevitável, não ia poder se esconder pra sempre na casa dos Cabello's e ainda mais quando não era bem vinda lá. precisava colocar Zayn atrás das grades e fazer com que Zac pagasse pelo que fez a sua prima Alanis, só não sabia por onde começar, apenas tinha a certeza de que não queria meter Camila nisso,ela tinha que ficar protegida de todo o seu caos, não podia arrastá-la junto para a sua bagunça. Tinha que ir ao hospital ver Lucy, se Zayn ou alguns de seus homens tentasse matá-la estaria tudo perdido, só ela podia entregar os nomes de todos os que Machine controlava e ela tinha certeza que o seu não seria um deles, Lucy não era uma má pessoa, apenas assim como Lauren encontrou pessoas erradas em seu caminho. Ela suspirou e beijou a testa de Camila, se pudesse ficaria ali pra sempre, mas ela não podia viver em fuga pra sempre, queria poder dar pra Camila o que ela merecia, um namoro saudável e sem perigos, queria poder andar na rua segurando sua mão sem temer a nada, conquistar a confiança de seus pais por mais difícil que isso fosse.
''Não tenho muita certeza de como me sentir quanto a isso Algo no seu jeito de se mexer Faz com que eu acredite não ser possível viver sem você Isso me leva do começo ao fim Quero que você fique''
***
Pov Alanis
Quando entrei na sala de Zac ele estava sério, seus braços cruzados enquanto olhava a vista da cidade pelos vidros da sala, achei estranho mas me aproximei devagar, infelizmente tinha que trabalhar, era secretária dele e precisava do dinheiro, ainda mais agora esperando um bebê.
''Não é uma vida e tanto a que você está vivendo''
-precisa de mim pra alguma coisa senhor? acabei de chegar mas pretendo organizar algumas coisas fora de sua sala, mas caso precise de algo posso fazer logo
Ele caminhou em silêncio até a porta e encostou ela, isso ainda me dava desespero, fazia isso quando ia tentar me... eu não gosto nem de falar. caminhou em minha direção e ergueu meu rosto.
-o que faz?
-estou com saudades suas
Me puxou e me beijou mas eu o empurrei
-está louco? não lembra do que falei?
-eu não estou fazendo nada demais, foi só um beijo, não estou te forçando a transar comigo
-transar? você é um estuprador sem vergonha! foi o que fez comigo, abusou de mim!
-oras, esqueça isso, foi um erro, mas pelo menos esse erro gerou algo bom
-o que?
-esse filho ai que está esperando, acha mesmo que acreditei no que disse? sobre ter arranjado alguém.. esse filho é meu!
-não! ele não é
-sim, é, e você pode negar o quanto quiser mas eu não sou idiota
-isso não importa, a criança é minha
-e o que pretende fazer com um bebê que é fruto de um abuso?
As palavras dele pesavam, eu me fazia essa pergunta direto mas eu já tinha a minha resposta
-eu vou criá-lo e amá-lo, meu bebê não tem culpa alguma do que fez comigo
-que bonitinho, estou até emocionado
Disse com sarcasmo e voltou a se aproximar de mim
-se alguém ao menos sonhar a respeito do que aconteceu entre eu e você, eu te mato!
-você parece estar louco.. está usando drogas? não está no seu estado normal
As mãos dele tremiam, apesar de frio ele não falava daquela forma
-está avisada, tenha essa criança longe de mim, nunca aconteceu nada entre a gente, entendeu? -segurou em meu rosto
-gostaria muito que isso fosse verdade, mas eu entendi sim, meu filho não precisa ter esse nome sujo como o seu na certidão de nascimento, pode ficar tranquila que eu não farei questão alguma, agora me dê licença!
Sai de perto dele e o deixei sozinho na sala. confesso que estava com medo, ele foi muito calmo em relação a isso, porque eu posso muito bem provar sua paternidade através de um exame de DNA, Zac não está bem, não está em seu estado normal, depois de sua ligação estranha e saída repentina voltou dessa forma, parece outra pessoa.
Prossegui com o meu trabalho. Quando foi depois do almoço recebi uma ligação, era da minha casa, devia ser Sandra, uma enfermeira que contratei pra ficar de olho na minha mãe.
-alô?
-senhorita Alanis?
-sim, ela mesma, aconteceu alguma coisa?
-sim
-o que houve? foi algo com minha mãe?
-calma, você está grávida, não pode ficar tão nervosa
-fala logo
-ela não estava bem, passou mal.. eu já liguei pra emergência, irei levá-la ao hospital as pressas
-o que? mas o que ela tem? cadê ela?
-sabe que a situação dela é delicada, sua saúde já estava um pouco debilitada, mesmo com os remédios
Eu não consegui conter as lágrimas
-ela não morreu e está me escondendo né? diz que não por favor
-não.. mas eu sinto muito ter que te dizer isso.. não acho que ela tenha tanto tempo assim
-ela estava boa, ela sorriu e me desejou bom dia de manhã
-ela é mãe.. mães sempre se esforçam pra parecer bem pra seus filhos, talvez não quisesse te preocupar. tenho que desligar, os paramédicos chegaram
-eu vou pro hospital
-então se acalma ou assim as coisas vão piorar mais, isso pode fazer mal pra você e pro bebê, tente se acalmar
Findei a ligação e peguei minha bolsa, não quis dar nem explicações a ninguém, eu já me afogava em lágrimas, queria apenas chegar naquele hospital e vê-la, ouvir do médico que ela vai ficar bem.
''Oh, o motivo pelo qual me mantenho firme Oh, porque preciso fazer este buraco desaparecer É engraçado, você é quem está em ruínas mas eu era a única que precisava ser salva Porque quando você nunca vê as luzes é difícil saber quem de nós está desabando''
