Prólogo

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Estava no meu quarto, escrevendo no meu diário quando escutei um barulho estrondoso vindo da janela. Inicialmente, fiquei com muito medo e, por isso, encolhi-me na cama, esperando para ver se ouviria novamente. Minha colega de quarto já dormia, e fiquei preocupada em acordá-la caso me movesse muito. Mais uma vez. Ouvi. Algo atingiu minha janela. Havia um bilhete grudado no vidro.

Levantei da cama e fui até a janela, abrindo-a, em seguida, e peguei o bilhete que não foi escrito a mão.
A pessoa havia digitado em um computador para que sua identidade não fosse identificada por mim, provavelmente, já que eu poderia reconhecer a letra se fosse alguém próximo. Olhei para os lados, não havia nada além da escuridão e das árvores no campus do internato.

"Sei o seu segredo!
Se não quiser que toda a escola descubra, acho melhor me encontrar. Venha até a fonte. Estou esperando.
Você tem até às 23h para estar aqui.
Anônimo."

Olhei para o meu relógio e já era 22h45. Não poderia sair do dormitório, pois já havia dado o toque de recolher às 22h00. Mas também não podia deixar que a escola toda descobrisse meu segredo. Tinha uma reputação a zelar. Meu segredo não era dos piores, mas para mim... não era um simples segredo.

Antes de sair pela janela, chequei novamente se não havia ninguém, guardei um objeto de valor sentimental embaixo do meu colchão e sai na ponta dos pés, um pouco apressada para chegar à fonte.

Caminhei até a fonte e, ao chegar, esperei alguns minutos até avistar alguém de capuz e roupa pretos. Não conseguia ver suas feições, mas percebi que havia algo em suas mãos e em seu rosto. Era uma máscara? Ainda assim, não identifiquei o objeto que a pessoa carregava.

De repente, a escuridão me atingiu.

A AcusadaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora