Thomas oscilou por um segundo antes de tomado pela curiosidade andar a passos lentos até Minho.
O coreano se levantou com um caderno em mãos e Thomas reconheceu aquele pequeno caderno.
- O diário da Clarisse.- Murmurou Newt. - O que isso faz aqui? - Perguntou novamente olhando para Thomas.
- Interessante.- Sussurrou Minho folheando as páginas.
- O que foi? - Perguntou Gally.
- Alguém tem uma caneta? - Minho indagou, caçarola riu.
- Acho que não, alguém aqui parece ter uma canetinha guardada?- Indagou o moreno.
- É você tem razão mas talvez eu devesse desenhar corações românticos nesse seu traseiro de mertila;
O que acha?- Perguntou Minho irritado. Caçarola pareceu sem jeito por alguns instantes.
- Desculpe.- Pediu logo em seguida. Minho o ignorou e agarrou um pequeno pedaço de ferro do chão e com poucos passos se pôs a diante da parede.
Thomas observou os esforços de Minho ganharem forma, era uma espécie de sequência de números.
- Mas que diabos...- Sussurrou Newt se aproximando. O loiro pegou o caderno de Minho e folheou, todas as páginas que Melissa tinha lido tinham letras e números.
- "Tdf-3480697".- Winston leu em voz alta.
- Certo. O que é isso? - Perguntou Jack.
- São coordenadas, umas bem estranhas, mas são.- Dessa vez Thomas se pronunciou, analisando as letras e números minunciosamente.
- Isto estava nas coisas da Mel.- Começou Newt com o cenho franzido, olhando para o pequeno caderno com cuidado.
Ele pareceu exitar em falar as próximas palavras.
- Talvez tenha alguma ligação com ela...?
- Pensar realmente não parece ser o seu forte. Newt. Você se leva muito pelo sentimentalismo e se esquece que isso pode ser a droga de uma armadilha.- Ralhou Gally com os braços cruzados. Newt abriu a boca para responder mais pareceu optar pelo silêncio.
- Não discordo disso. - Falou Minho.- Pode ser sim, uma armadilha. Mais devemos pensar com calma, Coordenadas ou não estamos presos aqui e não a muito que possamos fazer agora.
A palavra presos Criou um nó na garganta de Thomas. Ele observou Newt se afastar, aparentemente chateado e Minho também o observou partir.
- E se isso levar a Melissa? - Perguntou Thomas baixinho quando os clareanos se afastaram.
- Olha, se tivermos alguma certeza que ela está viva, não serei contra ir procura-la, mais temos que ter certeza.- Minho falou e um brilho de receio passou pelo seus olhos.
- O que vocês estão cochichando? - Perguntou Winston, Minho exitou mais estendeu o diário.
- O que você acha? - Perguntou Thomas após o garoto analisar o caderno.
- Olha eu nunca vi a Melissa tão afetada como na vez em que Clarisse morreu, todos vimos ela levar um tiro, mais talvez ela não tenha morrido. - Pausou como se pensasse algo e suspirou devolvendo o diário. - Acho que tem haver com a segunda fase essas coordenadas, como Newt disse.
- Tem razão.- Falou Minho, Thomas esperava algo mais sarcástico mas o coreano parecia realmente estar levando a sério a possibilidade.
- Vou levar isso para o Newt. Talvez ele queira ler.- Thomas folheou o caderno se afastando indo em direção ao garoto loiro que o observava com indiferença, mas uma frase o fez parar e a releu, varias vezes para confirmar que não estava ficando louco.
Namorados...
Mal viu que já estava em frente a Newt, paralisado com o que tinha descobrido.
- Por que isso agora? - Perguntou Newt. A voz baixa e desgastada segurando o diário em mãos com um olhar baixo.
- Achei que gostaria de ficar com isso. - Thomas explicou cautelosamente, engoliu em seco, se sentando na cama a frente com as pernas cruzadas. Newt deu um riso sôfrego e com um maneio de cabeça negou.
- Isso não importa mais. Ficar comigo ou não.- Ele observou as páginas e entre elas havia um desenho que Melissa havia feito dos clareanos a algum tempo atrás. Ele sorriu tristemente com a lembrança, Thomas suspirou.- Ela não está mais aqui.- Completou fechando o diário e o guardando no bolso lateral.
Thomas estralou um dos dedos e suspirou se deitando optando por mudar o rumo da conversa.
- Ah cara, sinto meu estômago se retorcendo a cada minuto.- Resmungou mudando de assunto.
- Hei Clint o que houve? - Perguntou Newt olhando para o garoto parado na porta do dormitório.
Ele tinha uma maçã em mãos e Thomas se levantou imediatamente. Newt o seguiu e ambos viram o que Clint tanto olhava.
Tinha surgido do nada um homem no canto do refeitório. Ele lia alguns papéis e nem se dava ao trabalho de olhar em volta - É ele. - Newt exclamou o rosto se transformando em uma máscara de incredulidade.
- É o cara da aeronave, o que nos trouxe para cá.- Explicou o loiro.
- Quem é você ? - Chamou Thomas se aproximando para pegar uma fruta da estranha cesta de frutas que havia surgido junto ao homem.
Ele mordiscou a fruta e observou que o senhor não havia se mexido nem um centímetro.
- Qual é a desse Idiota? - Perguntou Gally cruzando os braços.
- Quem é você? - Perguntou Thomas novamente desta vez decidido a se aproximar.
- Se eu fosse você não fazia isso.- Falou Stan. E derrepente ele bateu com uma parede invisível o fazendo recuar.
Algumas risadinhas foram ouvidas.
- Você está legal?- Perguntou Newt se aproximando para checa-lo e Thomas concordou com um manear de cabeça.
- Da para vocês calarem a boca? Tenho alguns papéis para entregar antes do meio-dia. - A voz rouca, fria e desinteressada do homem ecoou assustando os clareanos.
Thomas e Newt se entreolharam.
- Não respondeu minha pergunta.- Falou Thomas.
- Eu tenho um horário específico para falar com vocês. Agora calem a boca e esperem. - Pediu impaciente. Newt foi o primeiro a se afastar e se sentar a uma certa distância do homem, com as pernas cruzadas, Minho se sentou ao lado do amigo e logo os outros fizeram o mesmo.
Thomas não se aguentava de ansiedade e a cada página desfolhada pelos dedos ágeis do homem o dava voltas na barriga e ele não era o único. Newt também parecia impaciente assim como Gally.
- Mais que trolho insuportável.- Murmurou Minho em Alto e bom tom.- O gato comeu sua língua seu Shank? - Perguntou irritado.
Newt o deu um tapa atrás da cabeça.
- Cala a boca.- Mandou.
Derrepente o homem se levantou e com passos lentos caminhou até a frente do grupo de clareanos com um relógio antigo aberto em mãos.
- Que grosseria a minha não é mesmo? Me chamo Jason e o restante de mim não importa muito.
- E quanto ao...
- Shh, sem perguntas sou só eu que falarei por aqui.- Jason exclamou, fechando o relógio e o guardando no bolso do jeans, sorriu com zombaria antes de prosseguir.
- Devo parabeniza-los apesar de não esperarmos tantos sobreviventes.- Falou exibindo um pequeno sorriso.
- Nossa que grande honra onde estão as medalhas de ouro por esse mérito?.- Perguntou Minho sarcástico.
- Vocês estão oficialmente na fase 2 então como estou com pouco tempo, vou resumir para vocês. Viram nossos amigos Crancks? Todos sem exceção, estão infectados com o vírus. Vocês tem no total apenas 2 semanas para atravessar o deserto e chegar ao abrigo seguro onde receberam a cura. - Derrepente um portal bem surreal surgiu a direita dos garotos.
- Se ficarem terão uma morte dolorosa, e cuidado com as distrações e com os suprimentos, eles são escassos. - Alertou apontando para a pouca comida que sobrou.
- Nós não temos escolha? - Perguntou Clint e Jason negou com um manear sutil.
Alguns clareanos começaram a se levantar ao som macabro de um pequeno relógio na parede soar.
- Eu vou primeiro, caçarola você pega os suprimentos. - Falou Minho dando uma ultima olhada no homem com ódio antes de entrar naquele portal peculiar e logo os outros o seguiram. Newt se deixou ficar para trás dos outros e sem exitar e se voltou para o homem que os fitava com desdém.
- Eu tenho uma pergunta.- Falou e Jason o encarou com desdém, como se não visse nada além de um pequeno parasita que apenas era essencial em uma pequena parte de toda a grandiosa causa do Cruel.
- Eu disse que não deviam fazer perguntas.
- E quanto aquelas coordenadas?
- Perguntou calmamente ignorando o aviso, Jason suspirou.
- Não sei o que significam.
- Estas mentindo, eu sei que você sabe o que tem lá e onde elas levam, mas por algum motivo está ocultando isso da gente.- Falou Newt franzino as sombrancelhas.
- Você tem 3 minutos para sair da sala. - Cantarolou o homem com um pequeno sorrisinho. O loiro olhou em volta e ignorou a advertência.
- Onde elas levam? - Perguntou novamente se aproximando do homem com os olhos sérios, o pequeno relógio começou a apitar com mais força.
Jason suspirou e concordou.
- Vou te contar. Por que não dou a mínima para a sua existência e pelo visto você também não.
- Onde elas iram levar?- Perguntou mais Alto.
- Ah alguns prédios denominados pela letra "D" vá em algum deles e descubra. Mais lembre-se quanto mais perder tempo com isso. Menos tempo vocês tem para chegarem ao abrigo seguro. Agora saía.
- Isso bom, só mais uma pergunta.- Pediu impedindo o mais velho de prosseguir.
Jason ergueu uma das sombrancelhas e piscou perplexo antes de se virar para o garoto com um pequeno sorriso.
- Certo. Vou responder mais uma pergunta. - Ele gesticulou com os dedos minuciosamente para o loiro e prosseguiu.- Simplesmente por estar admirado com a sua coragem. Rapaz.
- Quero que me diga. A Melissa. O que houve com ela? - Perguntou desta vez se mostrando um pouco mais ansioso com sua voz falhando vergonhosamente. Newt pôs as mãos em ambos os bolsos do jeans.
- Achei que o tiro tivesse sido uma resposta clara sobre essa pergunta para você. - Disse Jason franzindo a testa.
- É mais não foi. Ela já sobreviveu por muito mais que apenas isso.- Reclamou o loiro e o relógio soou novamente fazendo um eco macabro pairar em volta do lugar.
Jason ergueu os olhos do garoto para o relógio.
- 1 minuto...- Observou com a voz calma e debochada.
- Se não me responder, eu juro a ti que fico e acabo com a minha miserável vida, aposto que vocês não tem outro... Como disseste mesmo? "Grude" disponível no estoque. Ou estou enganado? - O pequeno sorriso de Jason que pairava sobre seus lábios por longos minutos diminuiu se transformando em uma expressão seria.
Newt se sentiu um pouco satisfeito ao ver que havia pego o homem de surpresa.
- Tudo bem, eu vou apenas te dizer uma coisa, se tiver coragem de se sacrificar tanto assim;
Vá nos prédios. Lá você achará essa resposta.- Jason se sentou aparentemente não mas a fim de dizer algo a mais.
Por uma fração de segundos observando Jason minunciosamente, o loiro viu no homem certa semelhança com um rato.
Olhou para o relógio que faltava apenas 30 segundos.
- Obrigado.- Murmurou de má vontade, apesar da "ajuda" do homem.
Newt não esperou uma resposta e se aproximando do portal ouviu o pequeno "tic" soar anunciando que agora faltava apenas 10 segundos.
(...)
O loiro surgiu poucos segundos depois e o portal se fechou, ele caiu no chão devido a escuridão e piscou várias vezes.
- Newt? Newt? É você cara? - o garoto ouviu a voz De Tommy, ele engoliu em seco os olhos aos poucos se acostumando com a escuridão.
- Sou eu. - Respondeu. Se levantando e se apressando a alcançar a silhuetas dos amigos.
- Mais que Diabos seu Shank imbecil! Como você pode demorar tanto? - Perguntou Minho claramente irritado, Newt mancou até a frente do grupo de garotos na intensão de alcançar o coreano.
-Tens sorte que estamos presos nesse corredor pequeno e não posso lhe revidar, quero poupar-me de gastar minhas energias.- Falou Newt olhando em volta.
- O que fazia lá? - Perguntou Minho curioso olhando de relance para o loiro.
- Eu...
- Ouviram isso? - Gritou um garoto que estava mais atrás dos outros.
Todos fizeram silêncio e uma voz fraca e longínqua de uma garota chegou ao ouvido dos garotos.
logo a esquerda Minho viu o relance de uma fechadura de onde provinha uma estranha e fraca luz vermelha.
- É a Melissa.- Falou Gally com os olhos arregalados, Newt aguçou a audição tentando ao máximo distinguir o som daquela voz tão semelhante.
- Esta vindo daqui. - Concluiu o mais velho se aproximando da porta.
- Não é ela.- Gritou Newt quando Gally estava prestes a abrir a porta.
- Como tem certeza? - Perguntou, Newt se aproximou do garoto.
- Ela pode estar precisando de ajuda. - Tentou persuadir mais Thomas negou.
- O homem rato disse para não prestarmos atenção nas distrações, então preste atenção Gally. Não. É. Ela.- Falou pausadamente com tanta certeza que, Newt chegou a duvidar que ele mesmo tivesse tanta certeza daquilo.
- Não estamos mais no labirinto menininhas, vamos continuar, quero sair desse inferno.- Reclamou Minho de mal humor.
Continuaram andando, dessa vez em um estranho silêncio, talvez todos estivessem receosos demais sobre o que esperar daquele lugar escuro.
- Tem uma escada logo a frente.- Observou Newt com certo alívio após andar ao que parecia horas.
- Então vamo... - A voz de Winston foi cortada por gritos grotescos e dolorosos, os clareanos se afastaram confusos.
- O que ta havendo? - Gritou Newt procurando a fonte dos gritos.
- Winston! Winston! - Gritou Gally e o mesmo teve um relance de algo acima do garoto que gritava.
Era Thomas.
- Winston você precisa me ajudar cara. - Gritou Thomas agarrando a cabeça do garoto.
- No três! Um, dois, três! - A gosma metálica caiu a vários metros de ambos e formando uma esfera metálica rolou até o pé de Clint que pegou a bola ainda tremendo.
- Mais que plong é isso? - Perguntou Minho encarando a esfera que parecia pesar alguns bons kilos.
- Winston? Você ta bem? Ta me ouvindo? - Perguntou Newt lutando para não por pra fora o pouco que comera ao ver o rosto deformado do nariz para cima.
Winston tremia e chorava tanto que o loiro teve de desviar o olhar.
- Clint retire o lençol das frutas.- Mandou com a Voz baixa.
- Mais as comidas vão estragar e...
- Clint, Agora! - Mandou mais alto, o garoto entregou o pano que rendeu uma careta de caçarola que insatisfeito cobriu os alimentos com a camisa reserva que tinha.
Newt pegou o pano e com cuidado envolveu a cabeça de Winston.
- Precisamos nos apressar, esse machucado só irá piorar. - Sussurrou Clint para Minho que concordou e se virou para a escada.
- Isso bom, vamos sair daqui antes que uma dessas coisas nos faça perder a cabeça, literalmente.- Falou Minho subindo as escadas.
- Newt pode me dar uma mão aqui? - Perguntou o coreano, Newt subiu em seguida e ao abrirem a portinhola foi como se o bafo de um Dragão os envolvesse.
A claridade do sol era tão intensa que alguns minutos se passaram até finalmente um a um eles saírem do túnel.
- Mais que Droga, que mertila de forno é esse? - Indagou Minho cobrindo-se com a blusa.
- Então você queria sair do inferno ou entrar nele? - Perguntou Caçarola sarcástico e Minho o lançou um olhar irritado.
- É chegamos ao maldito inferno, Sempre imaginei que você viria parar aqui. Minho. Mais eu não.- Falou Newt com um pequeno sorrisinho.
Minho revirou os olhos.
- Da pra as duas melhores amigas largarem do meu pé? Eu sou um anjo comparado a vocês. - Falou cheio de si esquecendo por um momento da situação e abrindo um singelo sorriso, Newt riu fraquinho e Thomas ofegou antes de dar um tapa amistoso no ombro do coreano.
- Talvez o Gally ganhe da "sua áurea angelical".
- Eu ouvi isso.- Gritou Gally saindo de dentro do túnel subterrâneo.
- Ora,ora então são vocês os sobreviventes. - Uma voz feminina e divertida falou quebrando o raro clima normal que tinha se formado por poucos segundos, Newt se virou e fitou a garota de cabelos negros que segurava uma arma distraidamente enquanto um rapaz alto e loiro atrás dela tinha uma expressão séria no rosto, examinando com os olhos cada um do grupo.
- Quem é você? - Perguntou Minho tomando a dianteira.
- Teresa?- Perguntou Thomas aparentemente assutado.
Ela abriu um sorriso cheio de dentes.
- Olá Tom.Hello pipous!!!
Sim eu sumi
e eu me culpo sempre por demorar tanto ksks
Mas espero que tenham, de verdade, gostado do capitulo, eu reescrevi ele umas 3 vezes ( sem brincadeira foi isso mesmo ksksk) pois a cada versão dele eu achava algum defeito ou algum "ponta solta" com o que condiz com a história.
Lembrando que a votação do "casal principal" ainda esta em aberta então se você não votou vai lá da tempo ainda, Já que não aprofundei muito o romance (ainda).
Ah e a Mel não vai demorar a aparecer eu juro ^.^
Bom meus fedelhos.
Nos vemos no próximo ep
Beijinhos e que o Cruel os acompanhe.
ESTÁ A LER
The Maze Runner --- Is It Love? --- [Interrompida]
Science Fiction"Amor, uma palavra pequena mais tão cheia de significados, uma simples palavra que, quase esta extinta nos dias de hoje, mais não para mim, ali tinha encontrado um novo lar, uma razão pela qual lutar, alguém por quem lutar, uma família mesmo que c...