boys can marry: jungkook+taehyung

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Boys Can Marry

- Aish, por que ela tem que ser tão bonita? - eu perguntei à ele, enquanto nós tomávamos sorvete no parquinho.

- Porque ela é a Hwasa-noona - meu melhor amigo me disse.

- Ela é tão legal - eu suspirei, admirando a garota mais bonita do nosso bairro.

- E bem mais velha - ele cortou meu barato.

- Você acha que ela vai rir de mim se eu chamar ela pra sair? - perguntei, internamente, sonhando em como eu a buscaria em sua casa e a levaria ao cinema.

- Que parte do "bem mais velha" você não ouviu, hyung? - ele debochou de mim. - Nós estamos no sétimo ano e ela está se formando... Não há a mínima chance de você sair com ela.

- Mas por que? - abaixei a cabeça, chateado.

- Porque é contra as leis - ele pousou a mão em meu ombro, para me confortar. - Contra as leis do governo e da vida.

- Mas ela pode me esperar, não é? - busquei uma última esperança. - Ela pode esperar eu ser adulto pra casar com ela, certo?

- Hyung - ele bufou. - Quando você for adulto, ela já vai estar casada, com filhos, coisas do tipo. Isso que ela é a Hwasa-noona, você é uma pulguinha ao lado dela.

- Obrigado - rolei os olhos. - Mas ela é a mulher da minha vida.

- Procure outra - ele sugeriu.

- Eu não posso, é ela - insisti, sentindo meu coração se desmanchar. - A noona é a mulher da minha vida.

- Hm, se ela é a mulher... - ele parecia ponderar sobre algo, e me olhou. - Então, quem é o homem da vida do hyung?

Eu fiquei sem palavras, totalmente paralisado. A pergunta era absurda.

- Não há um homem - respondi o óbvio.

- E por que não? - ele sorriu.

- P-porque não - lhe disse. - Isso não existe.

- Ah, existe - ele riu. - O primo da minha mãe é casado com outro homem.

- Mas não pode - disse. - Mamãe falou que é errado.

- Ya, meu pai disse o mesmo - ele deu de ombros. - Mas minha mãe disse que não há nada de errado com dois meninos ou duas meninas se gostarem.

- Será? - fiquei confuso.

- Acho que não tem problema - ele também pareceu perdido por um momento. - Dizem que a Hwasa-noona gosta de outra menina.

- Oh... Você acha que ela vai casar com essa menina? - perguntei.

- A noona vai casar com qualquer um, menos com você - ele disse, e eu acertei um tapa em sua cabeça. - Quem é o homem da sua vida, hyung?

- Aish, eu não sei - resmunguei. - Eu nem sei se meninos podem mesmo casar.

- Eu acho que podem.

- Tá, mas e como faz pra ter bebês? - o questionei.

- Eles podem adotar as crianças sem pais - ele explicou, e então eu pude compreender um pouquinho. - Aquelas que moram no orfanato.

- Okay - pensei em mais uma pergunta. - E tipo... Como é que faz aquela coisa?

- Ah - ele riu, com suas bochechas ficando rosas. - Eu não sei, hyung. Mas eles fazem.

- Entendi - desviei o olhar, para pensar no caso. - Mesmo assim, não tem nenhum homem para ser o da minha vida.

Aí, nós ficamos em silêncio.

- E eu? - ele perguntou, e eu o olhei, mas ele evitou me olhar. - Eu posso ser o homem da sua vida.

- Você? - meus olhos saltaram.

- Sim, hyung - ele sorriu, tranquilo.

- Jesus Cristo - eu ri, nervoso. - Não!

- Ah, eu nem queria mesmo - ele se levantou, aparentemente irritado.

Eu me levantei e fui atrás dele, porque não queria que ele ficasse bravo comigo.

- Não fica triste - pedi, e segurei seu pulso, para que parasse de andar. - Acho que você pode ser sim o homem da minha vida.

- Está falando a verdade, hyung? - ele me perguntou, com um biquinho nos lábios.

- Sim - fui sincero. - Não tem outro menino que eu goste mesmo.

- Ah, mas isso é demais - ele me abraçou. - Nós vamos casar então, hyung.

- Tá, mas ainda temos só 14 anos - devolvi seu abraço.

- Eu sei - ele sorriu, com seus dentinhos salientes à mostra. - Mas agora você não pode mais chamar a Hwasa-noona de bonita.

- Mas ela é - deixei escapar.

- Eu tenho que ser mais - ele me disse, suspirando. - Tanto faz, você nunca iria conseguir casar com ela mesmo.

Nós nos sentamos sob a sombra de uma árvore vasta, e ele se encostou em mim, como de costume.

- E se minha mãe ficar brava de eu estar namorando você? - perguntei, brincando com os dedos da mão dele.

- Nós não estamos namorando - ele me olhou. - Estamos noivos.

- Ah sim - entendi.

- A gente convence ela, de que não há nada errado - falou. - Minha mãe pode conversar com ela.

- Tudo bem - sorri.

- O que noivos fazem? - ele perguntou, parecendo perdido nos pensamentos.

- Acho que... - pensei também. - Acho que eles trocam beijos. Mas eu não quero te beijar.

- Claro que quer - ele segurou meu rosto, com as duas mãos, e aproximou-se. - Você tem que querer.

- Se você diz - suspirei.

Senti os lábios dele nos meus, apenas uma pressão leve, e foi o suficiente para fazer meu estômago gelar. Que sensação estranha!

- Sua barriga gelou? - ele me perguntou, com os olhinhos arregalados.

- Sim - confirmei.

- A minha também - ele voltou à se sentar onde estava. - Deve ser fome.

- É - concordei. - O que fazemos agora?

- Quer ir soltar pipa? - me perguntou, segurando minha mão. - Aí, depois a gente beija mais.

- Tudo bem - me levantei, e o ajudei a se levantar.

- Hyung, eu acho que vou querer usar véu de noiva no nosso casamento - ele me disse, enquanto caminhávamos.

- Jeon Jungkook, você me aceita como seu legítimo esposo? - eu falei, e ele riu.

- Aceito - ele me disse, com um sorriso enorme no rosto. - Eu te disse, Kim Taehyung, meninos podem casar.

//uma one shot pequeninissima aí pra vocês

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No Panic {one shots}Onde as histórias ganham vida. Descobre agora