Capítulo 3

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A água da banheira derramou quando no susto, meu corpo sobressaltou, ficando sentada, ereta, encarando-o.

– Você fica tão linda quando esta gozando... – ele começou a dizer com aquela voz cínica, sussurrada, grave... Como eu estava com saudade de ouvir sua voz, apenas sorri para ele. – Eu devia tê-la obrigado a se masturbar para mim nas ultimas vezes que estive aqui...

Uma lágrima desceu por meu rosto. Suas palavras... 'nas últimas vezes que estive aqui... ' tocaram profundamente meu coração.

Eu o queria tanto... Mas um novo sentimento me açoitou. 'Será que eu resistiria novamente sua partida?'.

– Minha doce Clarice... – ele lamentou e foi se aproximando de mim, até que estava dentro da banheira, à minha frente. – Não chore por mim.

Foi à gota d'água. Me entreguei ao choro que estava contido a mais de um mês.

– Samael... Não posso mais suportar tudo isso. – Chorei, sendo abraçado por ele. Meu demônio me abraçava e me acolhia como um anjo noturno. – Não posso ficar esperando por você desse jeito... Não dá mais.

Ele então me beijou como nunca havia me beijado. Minha tensão e angustia fora desaparecendo conforme seu beijo me consumia.

Samael afastou os lábios dos meus e encarou meus olhos... Vi no exato momento, pela primeira vez, quando seus olhos fora tomado pela escuridão.

– Nunca poderei ser para você, o que você precisa... Me perdoa.

– Porque você desaparece, sempre?

– Sua dor, a forma como sempre me perco em você e lhe deixo no final, me deixou em um estado catastrófico... Sou um sugador de energias, Clarice. Eu te mataria se lhe possuísse todas as noites.

– Então venha vez e outra... Me encontre a luz do dia, como fez naquela tarde chuvosa... – implorei.

Samael baixou a cabeça. Afastou-se de mim, ficando do outro lado da banheira.

O silencio se estendeu por segundos intermináveis. E então, ele ficou de pé.

– Irei embora, não voltarei mais. – Ele saiu da banheira e me encarou, seus olhos voltaram à forma humana. – Me perdoe Clarice.

Ele não poderia simplesmente sumir da minha vida deste jeito. Não sei o que seria da minha vida. Com ele, eu poderia morrer, e sem ele eu estava minguando a cada dia.

Imediatamente fiquei e de pé e me joguei em seus braços quentes.

– Não vá embora... – fui abraçada por ele, beijada. – Encontraremos um jeito... – murmurei ainda com meus lábios colados aos dele.

Suas mãos percorreram minha pele molhada.

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Apaixonada por um Incubus (Série Incubus - VOLUME 3)Where stories live. Discover now