Capítulo 2

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Ao chegar em casa, encontrei Dona Olária e Joana, nossa ajudante de cozinha, começando a organizar a mesa do almoço. Estavamos com quase vinte hospedes naquele fim de semana.

– Oi menina! – Dona Olária me cumprimentou com aquele sorriso maternal de sempre. Tenho certeza que ela esperava me ver apaixonada por Gael.

– Oi... Querem ajuda? – Perguntei ao jogar minha bolsa sobre um aparador na entrada.

– Pode pegar o restante da louça lá na cozinha? – Joana perguntou, enquanto Dona Olária tentava a todo custo não me encarar com aqueles olhos inquisidores.

– Claro. – respondi, indo em direção à cozinha.

O cheiro que vinha da panela era delicioso. O famoso frango com quiabo da Dona Olária que os gringos amavam. Não resisti em pegar uma colher e provar. Estava como sempre, uma delicia.

– Mas que gatuna! – Fui surpreendida por Dona Olária. – Além de assaltar a geladeira de madruga, agora também furta comida de minhas panelas!

Eu ri, seguida de sua risada acolhedora.

– Não resisti... – confessei.

– Sirva-se de um prato e nos deixe trabalhar. – ela disse, pegando as louças que eu deveria ter levado.

No inicio da tarde, após o almoço, ajudei lavar a louça usada pelos hospedes. Me sentia ansiosa, de uma forma estranha. Após mais de um mês desde a última vez que eu o vi, fora a primeira vez que tive qualquer vislumbre de sua voz. E, de alguma forma eu sabia que ele estava voltando para mim.

Eu me banhei, vesti um biquíni branco de crochê e me aconcheguei em uma das espreguiçadeiras à beira da piscina com um livro de romance. No entanto, adormeci sem notar.

Eu estava nadando na piscina de minha casa... Completamente nua, me exibindo. Um lindo homem usando terno negro me observava do lado de fora, era noite e a lua iluminava o jardim.

'Acorde!' A voz sussurrou em minha mente. Despertei com o por do sol. Olhei para a varanda que contornava toda a minha casa e vi alguns dos hospedes a conversarem aconchegados nas redes e poltronas de vime. Era inicio de uma noite de verão tranquila, perfumada, e misteriosamente convidativa ao pecado.

Pela primeira vez em mais de um mês, eu me sentia extremamente feminina.

Levantei da espreguiçadeira e segui para meu bangalô. Iria tomar um banho, vestir algo confortável e checar os emails.

Deixei todas as portas francesas do meu bangalô abertas, deixando que a brisa fresca que vinha do jardim, invadisse meu quarto e trouxesse o delicioso perfume das plantas. No banheiro, acendi inúmeras velas e apaguei a luz... Relaxando em minha banheira repleta de óleos aromáticos.

Fechei os olhos e deixei-me ser seduzida pelos aromas da noite... Algo em mim estava desperto. Me senti tão feminina, consciente de todo o meu corpo e dona de uma sensualidade única. Era como se todos os meus hormônios estivessem em ebulição naquela noite. Minhas mãos sentiram o desejo de explorar meu corpo... Como aconteceu nos dias que se seguiram após a sedução sombria de Samael.

Das duas vezes em que fui possuída por Samael, eu me masturbei inúmeras vezes, pois seu sangue... Seu encanto... Sua presença ainda estava em mim de forma poderosa.

Mas, aquela noite estava sendo diferente de todas as que estive consciente de meu corpo e me toquei.

Meus mamilos estavam rígidos... Minha pele quente enquanto arrepios tomavam conta de mim. Quando meus dedos escorregaram por entre minha carne, separando meus lábios e acariciando meu clitóris, um gemido involuntário saiu de meus lábios e eu suspirei.

Ele passou a explorar meu sexo com as duas mãos. De olhos fechados, entorpecida por um prazer mágico.

Um frenesi tomou conta de mim, e simplesmente não conseguia parar. Num ritmo acelerado, introduzi dois dedos e me deliciei com o toque, enquanto estimulava de forma ininterrupta meu pequeno botão pulsante.

A cada segundo que me aproximava do eminente orgasmo, eu me perdia em mim mesma e estava entorpecida em meu desejo. Por fim, eu gemia alto, livre de qualquer censura... Sabendo que de meu bangalô, ninguém iria ouvir meus gemidos de suplica.

Quando fui atingida pela força do orgasmo, meu ar faltou, forcei-me a respirar e entre gemidos e soluços abri meus olhos e eu o vi... Parado bem a minha frente, completamente nu, tocando-se de forma despudorada enquanto sorria para mim...

A água da banheira derramou quando no susto, meu corpo sobressaltou, ficando sentada, ereta, encarando-o.

Apaixonada por um Incubus (Série Incubus - VOLUME 3)Where stories live. Discover now